Por Nelza Oliveira
A Operação Culminating envolve manobras conjuntas dos dois exércitos entre 2017 e 2020, quando será realizado um exercício combinado em Fort Polk, Luisiana, e uma análise pós-operação em 2021.
O Exército Brasileiro (EB) está em meio a uma preparação para cinco anos de intercâmbio com os Estados Unidos. A operação batizada de Culminating, tem por objetivo estreitar a cooperação com a força terrestre norte-americana e envolve manobras conjuntas entre os anos de 2017 e 2020, com uma análise pós-operação em 2021. O auge será um treinamento combinado entre os dois exércitos, no segundo semestre de 2020, no Centro de Formação de Prontidão Conjunta (JRTC, por sua sigla em inglês), na instalação militar Fort Polk, no estado de Luisiana, um dos principais centros de treinamento do Exército dos EUA.
“A Operação Culminating está incluída no Plano Quinquenal, que é um documento entre o Brasil e os EUA para melhorar nossas relações, aumentar a compreensão e aprimorar as capacidades de interoperabilidade”, afirmou o EB à Diálogo, por meio de seu Centro de Comunicação Social. Segundo a nota, atualmente está sendo realizado o planejamento do preparo e da logística para as atividades previstas na operação, que envolverá a participação de 470 militares brasileiros.
“Em 2018 e 2019, será realizada a capacitação dos oficiais e sargentos observadores, controladores e avaliadores e a conclusão da preparação logística”, afirmou o porta-voz da instituição. “Em 2019, será estruturada a organização militar e realizada a preparação específica para a participação no exercício do ano seguinte”, detalhou o comunicado enviado pelo EB.
Fortalecendo laços e trocando experiências
No lado norte-americano, a operação está sendo realizada junto ao Exército Sul dos Estados Unidos (ARSOUTH, por sua sigla em inglês), responsável por conduzir e dar o suporte a operações multinacionais com países da América Central e do Sul, além do Caribe. O General-de-Brigada do Exército dos EUA Clarence K.K. Chinn, comandante do ARSOUTH, esteve no Brasil em março e em abril, a fim de ampliar parcerias e estabelecer acordos com o EB.
“Tem sido uma oportunidade fenomenal para aprendermos sobre o Exército Brasileiro. Porém, o mais importante é a parceria e trabalhar em conjunto. Nós temos sido parceiros desde a Segunda Guerra Mundial, então é uma grande oportunidade e uma honra ouvir sobre as grandes coisas que o Brasil tem feito na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti e sobre o grande trabalho realizado durante a Copa do Mundo e as Olimpíadas”, afirmou na ocasião o Gen Brig Chinn, que se reuniu com o General Eduardo Villas Bôas, comandante do EB, em Brasília, no Distrito Federal, e também foi para Manaus para participar de atividades no Comando Militar da Amazônia.
Ajudando na preparação do combatente brasileiro
Segundo o EB, a preparação dos militares brasileiros para a Operação Culminating será direcionada pelos militares dos Estados Unidos. Os detalhes da parte logística da operação estão sendo definidos na fase atual de planejamento. “A principal vantagem é ter os militares brasileiros trabalhando em conjunto com o principal exército do mundo, compartilhando suas experiências em combate, tendo a chance de aperfeiçoar sua doutrina,” disse o EB. “O adestramento específico para este tipo de missão também é fundamental e de extrema importância na preparação do combatente brasileiro”, agregou.
O EB finalizou, dizendo que militares brasileiros e norte-americanos podem colaborar entre si na área do planejamento e da execução da manobra, nas áreas de logística, inteligência, comunicações e no intercâmbio de materiais de ambos os exércitos. O comunicado do EB à Diálogo informou também que, em 2021, último ano do Plano Quinquenal, haverá uma análise pós-operação, como também um planejamento dos próximos passos de intercâmbio entre o EB e o Exército dos EUA, antevendo que a parceria entre os dois países na Culminating acena para além dos cinco anos previstos no plano.
FONTE: Diálogo Américas
pgusmao, sem entrar em detalhes, mas oficiais-generais não vão para o combate. Ficam nos centros de comando, decidindo as ações e tomando as decisões. Ficaria bonito se todos fossem atléticos e joviais? Pode ser, mas não é premissa alguma. Um abraço.
Tomara que dê bons frutos, pois o que observo é de um lado da mesa alguns velhinhos em uniformes de combate, mas que já estão longe da forma há muitíssimos anos, diferentemente do outro lado da mesa que nitidamente vê-se um exército de combatentes.
Bom dia senhores ! Impressão minha , ou nos últimos meses esta parceria com os EUA , se ” afloraram” de vez ? Será que teremos novidades em breve, em termos de equipamentos militares também pra nós ?