A Airbus Defence and Space, braço de aeronaves militares e de serviços aeroespaciais da multinacional francesa, se prepara para entregar à Força Aérea Brasileira (FAB), em junho, o primeiro dos dois aviões C295, de transporte tático militar, encomendados pelo governo brasileiro. O modelo é voltado a missões de busca e salvamento.
Empresa com faturamento anual da ordem de € 11,8 bilhões, a Airbus Defence and Space viu sua carteira de encomendas no Brasil encolher depois que a FAB decidiu cancelar a compra da terceira aeronave, do mesmo modelo, prevista no contrato original, de 2014 – a empresa não divulga valores do acordo.
Chefe da companhia para América Latina, Christophe Roux conta ao Valor, no entanto, que a empresa mantém sua estratégia de longo prazo no país. O executivo afirma que é difícil projetar quando o governo brasileiro voltará a contratar, porque as encomendas do setor de defesa e segurança são irregulares, mas destacou que as expectativas de recuperação da economia nacional sinalizam para a melhoria da capacidade de investimentos da Defesa.
“Muitos dos projetos no Brasil estão suspensos, mas para o futuro vemos um crescimento no país, talvez não em 2017, porque é um ano de transição, mas para 2018 e 2019…”, disse Roux, em entrevista exclusiva ao Valor, durante a feira internacional de defesa e segurança Laad, que terminou ontem no Rio de Janeiro.
A Airbus Defence & Space responde por cerca de 18% das receitas globais do grupo, que no ano passado totalizaram € 67 bilhões. A divisão de tecnologia de defesa e espaço da companhia europeia tem uma carteira de encomendas de € 41,4 bilhões espalhada pelo mundo.
A companhia atua em quatro segmentos: aeronaves militares; sistemas espaciais; tecnologias de comunicação, inteligência e segurança; e sistemas aéreos não tripulados. De acordo com Roux, o setor de aeronaves militares, que concentra as encomendas do C295 pela FAB, é o principal mercado da empresa no Brasil. A francesa também vê com otimismo o potencial de crescimento dos negócios de serviços espaciais.
“No Brasil, vemos importantes oportunidades na área de serviços espaciais, voltada para o setor de telecomunicações. O Brasil é muito importante para nós. É o topo da lista dos mercados mais importantes da América Latina. Não somos uma companhia interessada só numa abordagem de curto prazo no país”, comentou o executivo.
A FAB vai ter 30 KC-390… Acho que não será preciso comprar Kit REVO para os C-105… Com tudo isso é capaz dos KC-767 não saírem do papel, embora exista a necessidade por uma aeronave com tal capacidade de carga.
Satyricon, respondendo sua pergunta……
Não necessariamente, apesar de ser desejável que tenha. Com certeza seria um diferencial nas capacidades dá aeronave, dando a ela maior persistência na missão. Por que não optaram?! Não sei te afirmar, mas deve estar relacionado a custos, talvez quando forem fazer um MLU (extensão de meia vida) em todo o inventário dá FA, aí sim resolvam colocar, já que as 12 anteriores também não tem.
Outra coisa, também, seria interessante a aquisição deste novo kit REVO removível que a Airbus está desenvolvendo para colocar nos C-295, transformando-os em KC-295 momentaneamente. Isto eliminaria a necessidade do deslocamento de outras aeronaves KCs maiores, como o KC-390 e o, talvez, futuro KC-767, para apoiar em missões de menor envergadura, mas que necessitam de apoio REVO.
Até mais!!!
A existência do KC-390, não elimina a necessidade de se ter uma aeronave menor e menos custosa, como o C-295 e vice e versa.
No mais, esta é uma aeronave com função específica, mais não tão cara como o uso de outras aeronaves ainda mais especializadas como os R-99, por exemplo. Com certeza o KC-390 terá alguma capacidade SAR, mas não será sua missão principal.
Resumo da ópera, são aeronaves complementares e não concorrentes. A existência de uma, não elimina a necessidade de outra.
Até mais!!!
Dúvida: Em se tratando de aeronave SAR, não deveria contar com sonda de reabastecimento?
Ótima aquisição
Galitto, por favor explique melhor esse negócio de protótipos e essa quantidade de aeronaves.
Antecipadamente grato.
pq um so modelo nao pode nem deve fazer tudo! compara ai o valor de hora de voo de um c295 com um kc390! calma pessoal cada macaco no seu galho!
A compra é de 2014 e tem emprego específico. O 390 naquela e ocasião e atualmente é moutra classe…
Os dois protótipos também serão da FAB, totalizando 30 aeronaves, mais só depois de todas os testes.
não eram três as unidades compradas?
Porque não mais 2 unidades do kc-390?