Aviões do Esquadrão Adelphi, desativado em Santa Cruz (RJ), seguem nesta quinta-feira para a cidade gaúcha onde dois esquadrões operam o modelo
Com a transferência das aeronaves A-1 e A-1M do Esquadrão Adelphi (1°/16° GAV), a Força Aérea Brasileira concentra, a partir desta quinta-feira (15/12), a operação do modelo no Sul do país. A Base Aérea de Santa Maria (BASM), no Rio Grande do Sul, abriga duas unidades aéreas, Centauro (3º/10º) e Poker (1º/10º), que já operam os mesmos vetores empregados em missões de ataque e reconhecimento armado, entre outras.
De acordo com o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, o local foi o mais adequado para concentrar as aeronaves que passam por processo de modernização. “A Base [Aérea de Santa Maria] reúne condições favoráveis pela região em torno, pelo fato de existir um estande [de tiro de Saicã] nas proximidades. Isso tudo facilita o uso do avião naquela região. Facilita mais do que se mantivéssemos em Santa Cruz [zona oeste do Rio de Janeiro], onde o tráfego aéreo é mais intenso”, explica o oficial-general.
O Adelphi, sediado na Base Aérea de Santa Cruz (BASC), no Rio de Janeiro, foi desativado na segunda-feira (12/12). A data foi marcada por uma cerimônia militar com a presença do Comandante-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), Tenente-Brigadeiro do Ar Gerson Nogueira Machado de Oliveira, ex-comandantes e ex-integrantes, além de todo o efetivo.
A ação é a primeira a ser concretizada, dentre as que envolvem mudanças em unidades aéreas, e segue a programação de reestruturação administrativa e operacional proposta pelo Comando da Aeronáutica com o objetivo de concentrar serviços para reduzir custos e aumentar o investimento de recursos humanos e financeiros na atividade-fim da instituição. De acordo com o programa, o esquadrão deve ser reativado em Anápolis (GO) com a chegada da nova aeronave de combate, o F-39 (Gripen NG). O efetivo de 162 militares também foi transferido para unidades da FAB em Santa Maria, unidades aéreas e administrativas no Rio de Janeiro, Brasília (DF) e região Norte.
Os hangares em Santa Cruz passarão a ser ocupados pelo Esquadrão Puma (3º/8º GAV) que opera helicópteros H-36 Caracal.
Histórico
Criado em 7 de novembro de 1988, com a missão de capacitar o seu efetivo em ações de ataque, reconhecimento armado, controle aéreo avançado, interferência eletrônica, entre outras, o Adelphi foi a primeira unidade aérea da FAB a ser equipada com aviões de caça A-1. Adotou a palavra Adelphi como designação oficial da unidade e do código de seus pilotos, perpetuando assim uma tradição e uma justa homenagem à vida e às glórias obtidas durante a campanha da Segunda Guerra Mundial na Itália. Neste ano, completou 28 anos de criação e completou 2 mil horas de voo com aeronaves A-1 modernizadas.
Para o Tenente-Coronel Aviador Roberto Martire Pires, último comandante da unidade, o sentimento que predomina no momento de despedida é o de “missão cumprida”. “Por conduzir a Aviação de Caça para a quarta geração e romper a paralisia tecnológica que vivíamos até a nossa criação e implantar uma aeronave totalmente nova para a Força Aérea Brasileira. Uma implantação operacional transcorrida dentre as mais seguras do mundo, expressado nos dois prêmios internacionais recebidos de segurança de voo. Missão cumprida por entregar Adelphis capacitados para as áreas operacional, logística, tecnológica e de ensino, que contribuem com suas competências em toda a Força Aérea”, afirmou o oficial sobre a trajetória da unidade.
O oficial também lembrou que o grupo foi responsável por iniciar conceitos operacionais de técnica de emprego, navegação e ataque advindos da inédita participação na Red Flag, exercício operacional realizado nos Estados Unidos. “Hoje esses conceitos estão traduzidos nos voos de pacote de toda a FAB e na figura do mission commander”, complementou.
FONTE: FAB
IMAGENS: Ilustrativas
LEMBRO O RUÍDO DAS TURBINAS SUPERSÔNICAS DE UM DOS DOIS APARELHOS QUE CONHEÇO NO PAÍS, O OUTRO É O F5M. ME DAVA ARREPIO NO CORPO DE TÃO LINDO, NAS ASAS HAVIAM MÍSSEIS GUIADOS A LAZER, USAVAM PARA AS MUITAS MISSÕES QUE EXISTIAM NAQUELE ESPAÇO AÉREO ( ESTAVAM NO ESQUADRÃO CENTAURO DA BASM – RS ). VISITEI AS INSTALAÇÕES DA BASE E GOSTEI DO QUE OBSERVEI, COMENTEI COM MILITARES PRESENTES QUE SOU A FAVOR DA AQUISIÇÃO DE CAÇAS DE ULTIMA GERAÇÃO PELO COMANDO DA AERONÁUTICA EM 2018! ASP OF R-2 BRASIL NPOR 24º BIL CMN 1996 EB.
Bruno, a ideia é recionalizar custos. A BASM tem uma excelente infraestrutura para operar o A-1. E espalhar os esquadrões vai contra a racionalidade hoje em implantação. E, em caso de necessidade, os A-1, assim como qualquer aeronave da FAB , pode se deslocar ao local que se fizer necessário em questão de horas. Os A-1 podem sair de SM e, com REVO, chegar a Manaus, por exemplo, em aproximadamente 5 horas de voo. A mobilidade é algo intrínseco à aviação, especialmente a de caça. Se for necessário, vão onde for preciso. E para o dia a dia, operam concentrados, baratenado custos de operação, pessoal, manutenção, etc.
Acho que os esquadrões dos A-1 devia ficar espalhados pelo territorio nacional e não concentrados em só um lugar, sei que é para economizar custos mas..
Interessante que em 2012 a Ágata 6 um AMX RA-1 decolou de Santa Cruz e fez reconhecimento Mato Grosso na Norte Fronteira com Bolívia. Conforme relata foram total de 7h de missão com 2 reabastecimentos. A concentração dos AMX em Santa Maria já estava sendo planejado e testados há tempo. Este deve ser o tempo de resposta aproximado de 3,¹/²h para eventos na fronteira com Bolívia e 7h com Colômbia. Parece ser um bom tempo de resposta considerando o SIVAM trabalhando redondinho antecipando todos os cenários na fronteira.
Efetivamente lembro, ainda na FAB, da espera pela chegada dos primeiros AMX a chegar na BACO. Lá se vão mais de trinta anos e hoje a espera de alguns fabianos é do nosso grifo. Ainda faltará muito para ocupar os angares do esquadrão Pampa. Assim espero que aqui em Natal no esquadrão Joker ou quem sabe substituir o papel do esquadrão Pacau, com os A1M, possam ainda ter longa vida na formação avançada de pilotos.