Em cerimônia presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), Almirante de Esquadra Airton Teixeira Pinho Filho, despediu-se do serviço ativo da Armada, no dia 18 de novembro, o Navio Varredor (NV) “Anhatomirim” (M 16).
A mostra de desarmamento foi realizada na Base Naval de Aratu e também contou com a presença do Comandante de Operações Navais (CON), Almirante de Esquadra Sergio Roberto Fernandes dos Santos, do Comandante do 2º Distrito Naval (2ºDN), Vice-Almirante Cláudio Portugal de Viveiros, além de ex-comandantes do navio e convidados.
Acumulando 1.541 dias de mar e 210.053 milhas náuticas navegadas em mais de quatro décadas de serviço, o NV “Anhatomirim” adestrou muitas gerações de marinheiros nas operações de contramedidas de minagem, uma vez que foi desenvolvido para varrer minas de contato e de influência. Para esse propósito, o navio foi construído em madeira, com baixa assinatura magnética e equipado para tarefas de varredura mecânica, acústica, magnética e combinada.
O atual Comandante da Fragata “Defensora”, Capitão de Fragata Ricardo Augusto Corrêa Netto Guimarães, comandou o NV “Anhatomirim” entre os anos de 2003 e 2004 e esteve presente ao evento. “Fiz questão de vir a esta cerimônia, por causa do amor que tenho pelo navio. Vivi um período muito feliz da minha vida na Marinha no comando do ‘Anhatomirim’, quando tive a oportunidade de operar bastante e viajar para vários portos”, declarou.
O Comandante da Força de Minagem e Varredura, à qual o NV “Anhatomirim” esteve subordinado, Capitão de Fragata Marcio Gonçalves Martins Assumpção Taveira, refletiu sobre a relevância da solenidade. “Apesar de ser um evento de despedida, esta cerimônia também se reveste da felicidade do dever bem cumprido. Estamos reverenciando um navio que prestou relevantes serviços à Marinha e ao Brasil, operando por mais de 45 anos”, ponderou.
Integrante da classe “Aratu”, composta por um total de seis navios varredores, o “Anhatomirim” foi construído pelo estaleiro Abeking & Rasmussen, na cidade de Lemwerder, na Alemanha, e teve a quilha batida em 2 de abril de 1969, sendo lançado ao mar no dia 4 de novembro de 1970. Foi incorporado à Armada em 30 de novembro de 1971, quando passou à subordinação do Comando do 2º Distrito Naval.
FONTE: Nomar
André, concordo que o submarino é o meio mais adequado para negação do uso do mar e temos que tê-los, mas não necessariamente um SSN, a menos que se observem as condições do meu post anterior. SSK’s com AIP podem muito bem executar a missão a um custo de aquisição e operação bem menores. Também concordo que a FAB tem responsabilidades sobre o mar, por isso conta com o 7º GAv e, quando os Gripen chegarem, terá também uma aviação de caça dotada de mísseis anti-navios. Abraço.
ZorannGCC, de onde você tirou a informação de que os militares não pagam previdência? Eles não fazem parte da previdência oficial, do INSS, mas eles contribuem sim. Só para exemplificar, um coronel do EB, com aproximadamente 30 anos de serviço, recebe, bruto, sem os descontos, R$ 16.427,10. Desse valor, são descontados 574,94 para o fundo de saúde (isso varia conforme os nº de dependentes) e 1478,43 como pensão militar. Somando outros descontos como IRRF, dá um valor líquido de aproximadamente 11.000,00. Então, v^-se que eles possuem um sistema próprio de previdência e contribuem para o mesmo. Esse dados foram retirados do Portal da Transparência.
O problema da MB é excesso de pesoal.
Um MB que não tem navios e tem 80k de militares + alunos e cujo efetivo continua aumentando. Isto é simplesmente mais que a soma do efetivo da Marinha Britanica, Francesa e Alemã. E lá eles tem navios e aqui não temos.
O outro problema é o seu sistema de previdencia, onde os militares não colaboram para suas aposentadorias. Um segundo tenente que tenha 43 anos de idade, passa automaticamente para a reserva remunerada, pois esta é a idade limite para combatentes desta patente no serviço ativo. Ao ser reformado, vai receber o soldo total referente à sua patente que no caso de um segundo tenente é de R$ 6.295,00. Ou seja um militar pode ir para a reserva remunerada e posteriormente ser reformado com menos de 20 anos de serviço ativo e sem jamais ter pago um centavo para isto. Hoje a MB gasta cerca de 40% de seu orçamento somente com inativos. Mas este numero deve aumentar em 70% quando o efetivo que vem sendo aumentado desde 2009 (de 50.000 – incluindo alunos – para 80.000 – sem contar alunos) começar a ir para a reserva.
Para mim, cidadão normal me aposentar com o teto do INSS que é de R$5.189,00 , preciso trabalhar por 49 anos e ter no minimo 65 anos de idade. E além disto, tenho de contribuir para isto. O governo vai reformar a previdencia e vai deixar de fora a previdencia dos militares. Simplesmente por falta de coragem.
Resumindo, a situação só vai piorar.
Então Flanker, a resposta todos nós sabemos que são os sucessivos governos que temos. Citei o exemplo do Osório, mas poderia citar o caso (ou descaso) da Barroso ter levado mais de uma década para ser construído! Independente da plataforma que discutirmos aqui eles esbarrarão no mesmo problema que é nossa classe política. A marinha pode ter o melhor programa de modernização de sua esquadra, mas se o governo não der dinheiro para por em prática não adianta. Eu por exemplo gostaria que a fragata alemã ou italiana fosse vencedora do prosuper, mas…
Portanto, Flanker, não é que a marinha não consegue substituir essas unidades, não lhe é dado o consentimento para fazer isso.
Adriano, baseado na resposta ao Flanker, mais do que dinheiro temos que ter um governo que leve a sério a soberania do país, o que nunca tivemos e jamais teremos. É claro que com governos socialistas isso é pior ainda, nisso concordo com o Tireless. Essa rejeição ao uso de submarinos é que me chama atenção. Navios são alvos muito fáceis para aviões e submarinos, ja que se expõe demais. A própria marinha britânica sentiu na pele ser alvo de aviões argentinos onde eles mesmos se atrapalharam no caso do Sheffield.
Alem disso não esqueça que a FAB também tem responsabilidade com o espaço aéreo do oceano, ja que o Brasil não acaba na praia. Poderia se pensar em um caça naval para a FAB como especialista em função anti-superficie com autonomia e armas compatíveis. O custo de operação é bem menor ja que a guarnição em relação ao navio é bem inferior. Além de helicópteros! Mas é só uma hipótese. Talvez o patrulhamento de superficie não seria tão preocupante para a marinha contando com uma força aérea dissuasória. Mas também haja aeronave em rsrs!
É isso aí senhores.
Só uma pergunta, a Marinha do Brasil vai existir só no papel? quem vai proteger a Amazônia Azul? os golfinhos?
André, a análise do HMS_TIRELESS está correta, é questão do que vem antes: ovo ou galinha? O SubNuc deveria ser o último objetivo da MB, depois dela dominar o ciclo de projeto e construção locais de NaPas, NaPaOcs, varredores, fragatas, SSKs, e, mais importante, cacife para operar e renovar esses meios. Sem mencionar NAe e aviação embarcada. Alguém quis dar o passo maior do que a perna…
Caro Andre, você discorreu dois parágrafos colocando, com absoluto direito, sua opinião contrária à do HMS TIRELESS. Mas no último parágrafo você acabou dando razão à ele, pois disse que a MB não tem previsão se sequer terá corvetas. Pois então caro colega, como uma marinha que não consegue manter os meios que tem, está se desmantelando dia após dia ante os nossos olhos, não consegue construir um navio de superfície de pequeno porte (os NaPa de 500 ton foram contratados em estaleiros particulares e esses não conseguiram terminar a construção dos cascos encomendados). O AMRJ está sendo literalmente sucateado e seu pessoal especializado se esvaindo dos seus quadros…..Me explique como uma marinha assim consegue almejar um sub nuclear, se não consegue sequer substituir navios varredores, corvetas e outros bem mais baratos de construir, manter e operar?
Não existe lógica alguma na execução dos projetos da MB …. e isso não é culpa do Alm. Leal, atual CM…..isso é resultado principalmente da gestão do CM anterior, com seus projetos totalmente desatrelados da realidade……bem no estilo do governo federal de então, que usava da mesma política de projetar e gastar mal, e muito, do nosso dinheiro de contribuinte. Essa é minha opinião , mas respeito a sua.
Isso o que vc está dizendo caro HMS TIRELESS passa uma idéia de desinformação, ja que a Marinha tem tentado construir o submarino atômico faz tempo, independente do prosub. Existiu o projeto SNAC onde se tentou esse feito, mas não foi por falta de dinheiro e sim por desinteresse do governo – como aconteceu com o Osório. O Brasil tem dinheiro, o que não tem é um líder (e um Senado também patriota) que ponha em prática esses importantes projetos – não só os da marinha. Além disso o Brasil possui uma das maiores costas oceânicas do mundo e precisa sim de uma plataforma proporcional a esse cenário.
O KC390 e o Sisfrom também são “megalomaniacos” (longe de serem meros projetos de modernização) se considerarmos não o porte mas o custo desses trabalhos comparado ao prosub, ja que envolve não apenas a compra mas também o desenvolvimento de projetos – algo que parece inaceitável para os criticos do Prosub. Todas as pessoas que chamam o prosub de megalomania não aborda como resolver os problemas da dependência que a marinha teria se comprasse navios de prateleira, ou se os sobressalentes forem negados pelo fabricante. Apenas jogam a critica sem justificativa. É o famoso barato sai caro (e nem estou falando em situação de guerra!).
A marinha não tem previsão se terá corvetas o que dirá os outros projetos citados Tireless. Respeito sua opinião mas discordo. RIP Anhatomirim.
Vejo com tristeza está informação, após 45 anos ainda não somos capaze de projetar, desenvolver nada melhor
A idéia mais uma vez é comprar fora e o pior é que não tem dinheiro(45 anos perdido).
Acho que nem precisa apagar a luz, já está no escuro faz tempo.
Caro Giba, no que diz respeito à MB, é como já disse o poeta “O teu futuro é duvidoso”…….
Enquanto as outras forças (FAB e EB) desenvolveram programas de modernização sensatos a MB embarcou na megalomania do PROSUB na ilusão que teria de uma tacada só submarino nuclear, um novo NAe, novas escoltas e novos navios de apoio logístico. Mas como a Lavajato não cansa de mostrar, tudo isso foi um engodo destinado a financiar o projeto de perpetuação no poder de um ParTido e locupletar um cartel de empreiteiras. E enquanto o SubNuc, que ao que tudo indica irá demorar se é que um dia virá, fica nessa agonia ela vê os seus outros meios navais se acabar sem que sejam substituidos.
O ultimo apaga a luz ,,,,,,,,quantos Meios desativados e nada de reposição , e o Resto são quinquilharias
Só faltou comentar que o NV Anhatomirim M-16 foi o SEGUNDO da classe a dar baixa. O primeiro foi o NV Abrolhos M19 em 2015.
A MB tem previsão de próxima baixa na Classe Aratu entre as 4 restantes?
Houve algum desenvolvimento positivo com a SAAB KOCKUNS sobre os dois navios suecos remanescentes da Classe Landsort ?
Ou vamos ter de enfrentar o perigo de uma desativação/suspensão das atividades da Força de Minagem e Varredura da MB?
A proposta inicial era oferecê-los modernizados com o novo patrão da Classe Koster em serviço na Suécia, ou estaremos tão por baixo que com a situação da MB talvez se aceite recebê-los AS IS e sem modernização no padrão original ?