Os equipamentos para reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz devem desembarcar de um navio vindo da China a partir de dezembro.
Ao custo de US$ 99,6 milhões, a nova base será construída pela empresa estatal Corporação Chinesa de importações e exportações eletrônicas (Ceiec, na sigla em inglês), vencedora da licitação.
Esta semana, o secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Elton Zacarias, acompanhou uma delegação composta por membros dos poderes Executivo e Legislativo até a base chilena na Antártida.
“O objetivo era visitar a região da base brasileira, mas, por questões climatológicas, fomos impedidos de continuar a missão. É interessante observar que vários países possuem bases lá e têm muito interesse em explorar e desenvolver pesquisas na região”, disse, ressaltando que a missão permitiu que os membros do governo e parlamentares tivessem a dimensão do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e da sua importância para o desenvolvimento de pesquisas.
Com uma área de aproximadamente 4,5 mil metros quadrados, a nova estação contará com 17 laboratórios, ultrafreezers para armazenamento de amostras e materiais usados nas atividades científicas, setor de saúde, biblioteca e sala de estar. A área de pesquisa científica foi projetada para atender a uma multiplicidade de exigências, com prioridade para os projetos do Proantar.
Em fevereiro de 2012, a base brasileira foi destruída por um incêndio que matou dois militares. A estrutura física teve cerca de 70% de suas instalações consumidas pelo fogo que teve início na praça de máquinas da unidade, onde funcionavam os geradores de energia elétrica da estação.
“Hoje, a base do Brasil lá é provisória. Foi contratada uma infraestrutura do Canadá e o contrato termina em dois anos. Com a chegada dos equipamentos da China, a meta é que a nova base esteja pronta até 2018”, afirmou Zacarias. Todo o custo da construção da nova base, desde a infraestrutura à logística, é financiado pela Marinha do Brasil e pelo Ministério da Defesa. O Ministério da Ciência financia as pesquisas e os cientistas mantidos na base.
Desde 1975, o Brasil faz parte do tratado estabelecido em 1959 por países que reivindicaram a posse de partes continentais da Antártida e se comprometeram a suspender seus interesses econômicos por período indefinido, e fazer uso somente de exploração científica do continente em regime de cooperação internacional. Nesse sentido, o Proantar, coordenado pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, e a reconstrução da estação, carrega também um peso geopolítico considerável, além das suas finalidades científicas.
“A Antártica detém, hoje, 80% da água doce disponível no planeta e tem reservas de gás e petróleo. Ou seja, além da questão ambiental, visto que a região é o maior regulador de clima do mundo, existem também interesses comerciais. Mas, como manda o tratado que rege a estrutura da Antártica, os países não podem explorar o continente comercialmente”, explicou Zacarias.
FONTE: sputniknews.com
Prezados, parabéns ao DAN pelas excelentes notícias e à MARINHA pelo trabalho.
É possível e permitido visitar as obras?
Estarei por perto em fevereiro.
Isso só quem pode te responder é a MB.
Que ótima noticia saber que a base vai para frente, pensava que era a “base do futuro” rs, como a maiorias dos nossos projetos. Espero que esse projeto não tenha cortes de verbas.
Do jeito que as coisas vem funcionando no nosso país vai levar, quem sabe, uma década para o Brasil cumprir com esta obrigação prevista no Tratado Antártico.
Salve a todos ,,,deixarei aqui uma pergunta aos colegas e agradeço antecipadamente a resposta e atenção ,,,já foi removido o C 130 da FAB que acidentou próximo a essa base ? Obrigado
Ainda não.
Uma pena que este obra não teve condições de ser executada por empresas nacionais.
Boa notícia. Uma pena que esta obra não teve condições de ser executada por empresas nacionais.
Valeu Padilha ótima notícia.
Valeu Padilha, pela materia.Por isso sempre passo no DAN !
Nem fala Fabricio, eu estava querendo saber como andava as obras da estação, mas pesquisando pela internet só consegui achar artigos antigos, o mais atual era da assinatura do contrato com a empresa Chinesa, infelizmente a nossa imprensa em sua grande maioria não passa de uma grande ctrl c + ctrl v de Reuters e AFP da vida. Menos mal que mesmo com todas as dificuldades financeiras pelo menos esse projeto aparenta que vai ser concluído
Excelente colocação Fabricio Tavares. Nossa mídia não passa de uma sucursal desnutrida das agências de notícia Reuters, AFP, BBC e do NYTimes.
Temos sorte de termos sites como o DAN.
É lamentável que dependamos da agência russa Sputnik para saber detalhes da construção da EACF. A imprensa brasileira está sempre a reboque da mídia estrangeira, depende de press-releases e não se interessa nem mesmo em apurar os fatos que nos dizem respeito. Se não for pelo DAN, nem se fica sabendo das obras na Antártida.
E ainda tem leitor que reclama que o DAN posta notícias do Sputunik.