Por Aleksei Ramm e Ivan Scheberko
Instalado em mísseis balísticos intercontinentais, projétil “4202” é capaz de atingir até 7 km/s. Devido a sanções, todos os componentes de ogiva foram nacionalizados.
Os testes de uma nova arma hipersônica capaz de viajar a uma velocidade de Mach 15, ou 7 km por segundo, foram concluídos com êxito.
O projétil, designado como “produto 4202” (ou 15Y71), foi lançado a partir de uma área de lançamentos em Dombarovski, na região de Kamtchatka.
A arma hipersônica 4202 será instalada em mísseis balísticos intercontinentais de longo alcance, em vez de ogivas tradicionais. Começa a funcionar a cerca de 100 quilômetros de altura e voa em direção ao alvo a uma velocidade de 5 a 7 km/s.
Antes de entrar nas camadas atmosféricas mais densas, o projétil executa uma manobra complexa diretamente sobre o alvo, dificultando sua interceptação por sistemas de defesa antimíssil.
O projeto de ogivas hipersônicas Albatros teve início na URSS em meados da década de 1980; foi uma resposta à tentativa dos EUA de ampliar sua defesa antimíssil com o programa de defesa “Star Wars”.
Abandonado anos depois devido a complicações técnicas, foi reavivado pela NPO Mashinostroyeniya durante os anos 1990, já sob o nome 4202.
100% russa
Devido às sanções de EUA e União Europeia, a fabricante NPO Mashinostroyeniya, sediada na cidade de Reutov (região metropolitana de Moscou), conduziu um amplo programa de substituição de importações para construir o 15Y71.
Entre os desafios, a fabricante teve de substituir o sistema de orientação antes produzido pela empresa ucraniana Kharton.
“O equipamento a bordo e os sistemas eletrônicos são agora totalmente feitos com componentes russos”, disse um especialista da Corporação Roscosmos ao jornal “Izvêstia”. “O produto [4202] não tem mais peças estrangeiras”, completou.
No início de outubro, a NPO Mashinostroyeniya enviou uma carta a todas as empresas que participaram do projeto, solicitando um relatório sobre o trabalho feito no âmbito do programa de substituição de importações.
A empresa russa se negou a fazer comentários sobre a arma.
FONTE: Gazeta Russa – Izvêstia
Amigos… essas novas unidades de ataque nuclear russas chamadas HGVs serão muito mais difíceis de interceptar… na minha concepção apenas o sistema GBI americano será capaz de lidar com essa ameaça, e olhe lá… talvez voltemos a era dos mísseis anti aéreos nucleares… somente uma outra carga nuclear detonada fora da atmosfera pode deter objetos com trajetória de cruzeiro exoatmosférica a 7km por segundo.
É impressionante a capacidade dos dos russos de de resistir, superar e ultrapassar suas reais capacidades. Parabéns a este povo!
Sistemas atômicos como este e o satã 2 não estão sendo desenvolvidos ou aprimorados por acaso.
Alguem pode me explicar ogiva hipersonica por acaso não é o missel que voa a velocidades hipersonicas? a ogiva trabalha em algum modo de ondas sonoras para atrapalhar os radares de defesa do oponente, se for o missel tanto faz a carga nuclear ou convencional.