Aeronave foi desativada e será substituída pelo Legacy 500, em maio deste ano
Por Denise Fontes
O Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) iniciou nesta segunda-feira (18/04) a desativação gradual dos IC-95 Bandeirante para renovação da frota das aeronaves de inspeção em voo. A tripulação, composta pelos Capitães Aviadores Andrei Oliveira da Silva Santos e Rafael Santos Viana e pelo Terceiro Sargento especialista em Mecânica de Aeronaves, Rodrigo Pereira Goularte, realizou o último voo da aeronave, matrícula FAB 2328, que decolou do Aeroporto Santos Dumont com destino ao Parque de Material Aeronáutico dos Afonsos (PAMA-AF), no Rio de Janeiro.
Encarregada da tarefa de inspeção em voo e radiomonitoragem, a aeronave ficou 32 anos em operação, onde cumpriu mais de cinco mil horas de voo em diversas missões. Para o comandante do GEIV, Tenente-Coronel Aviador Marcelo de Lima Pinheiro, a aeronave atendeu todos os requisitos necessários enquanto esteve em operação. “O Bandeirante desempenhou várias funções, como localizar e identificar as fontes emissoras de interferências eletromagnéticas nas frequências dos auxílios à navegação aérea, muitas vezes causadas pelas rádios piratas, que operam sem autorização e que podem representar um risco para as operações aéreas”, lembra.
Nova aeronave
Esse processo de desativação ocorre em paralelo à chegada do jato executivo Embraer Legacy 500. Em maio deste ano, o GEIV receberá o FAB 3601, primeira aeronave denominada IU-50, de fabricação nacional e equipada para a atividade de inspeção em voo, que projetará internacionalmente a indústria aeronáutica brasileira por ser a primeira no mundo, a construir uma aeronave-laboratório.
As novas aeronaves-laboratório, que vão substituir os atuais IC-95 Bandeirante, vão trazer diversos ganhos operacionais à tripulação. O Legacy 500 vai ampliar a capacidade embarcada e permitir que o Brasil realize com plena autonomia a homologação de procedimento de aproximação nos aeroportos chamado de RNP-AR (do inglês “required navigation performance”). O procedimento de aproximação faz parte do conceito de Navegação Baseada em Performance (PBN).
“Outro aspecto importante que a aeronave vai trazer para o GEIV é o ganho de consciência situacional para a tripulação, em função dos modernos sistemas embarcados, mantendo o elevado nível de segurança de voo das operações e diminuição da carga de trabalho”, explica o Tenente-Coronel Pinheiro.
O GEIV é responsável por medir, aferir e calibrar equipamentos de auxílios à navegação aérea instalados em aeroportos de todo o País. Com mais precisão e confiabilidade nas inspeções, o maior ganho é da sociedade brasileira, que vai dispor de serviços de apoio à navegação aérea mais seguros.
FONTE: FAB
Esse bandeirante podia ser doado para o Museu da TAM, ou para o Musal para preservar esse avião que foi muito importante para o brasil e para nossa historia aeronáutica. Eu sei que já existe alguns bandeirantes espalhados pelos museos do brasil mas, esses estão em excelentes condições e são GEIV’s.
Bom dia Senhores!
Novamente digo que é uma oportunidade de o EB iniciar sua aviação de asa fixa…
NOTA:
Diferente dos modelos “A” e “B” do P-95, a deriva deste modelo possui diedro de 10º positivo, que ajuda a reduzir ruído na cabine dos passageiros (lembrando que o C-95 não é pressurizado), esta característica passou a ser incorporada a partir do “C”.
CM