Fontes do ministério da defesa da Federação Russa informaram extra-oficialmente que o estado começou a testar os mísseis hipersônicos Zirkon (GRAU: 3M22). A conclusão do desenvolvimento está prevista para o próximo ano. Se não houver sérios problemas, o Zirkon terá a produção em massa iniciada já em 2018, após a conclusão de um novo contrato do Ministério da Defesa com o bureau de desenvolvimento.
O desenvolvedor e fabricante dos mísseis hipersônicos Zirkon é a Corporação para Mísseis Táticos (Korporatsiya Takticheskoye raketnoye vooruzheniye – KTrv). Os parâmetros táticos e técnicos dos mísseis ainda não foram divulgados. Extra-oficialmente, de acordo com fontes diversas, se sabe que o Zirkon foi planejado para atingir entre 400-1500 km, em velocidade de Mach 5-6. Analistas estimam que o projeto Zirkon use a mesma tecnologia que será exportada no projeto construído em conjunto com a Índia, o míssil Brahmos II.
O Zirkon está em trabalho de desenvolvimento desde, pelo menos, 2011. Os mísseis dessa classe irão, em princípio, substituir os mísseis supersônicos pesados Granit. O plano é armar desde navios básicos, da classe de patrulhas oceânicos, até os cruzadores nucleares modernizados do projeto 1144 Orlan (Almirante Nakhimov e Petr Velikiy).
Talvez o primeiro meio a ser armado com o Zirkon será mesmo o cruzador nuclear Almirante Nakhimov (conhecido como Kalinin até 1992). Sua reforma começou em 2014. Não parece, portanto, que o Zirkon será capaz de municiar o cruzador antes de seu re-lançamento. A mudança do armamento deve ocorrer apenas mais tarde.
Outras fontes dizem que o primeiro navio armado com o Zirkon será o cruzador Petr Velikiy, do mesmo projeto Orlan. Sua renovação está prevista para começar apenas em 2019. É esperado que o trabalho se estenda até 2022. Já foi revelado anteriormente que os cruzadores nucleares do projeto Orlan terão capacidade para até 80 Zirkon nos lançadores universais 3S-14-11442M (bem como mísseis Oniks e Kalibr).
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Junker
FONTE: Altair.com
Alguém tem alguma notícia sobre o 14x?
Os EUA também testam com muita dificuldade o seu míssil hipersônico X-51 Wave Rider que a princípio pretende-se que seja utilizado na função ALCM (lançada do ar) ao contrário do Zirkon russo, que será um míssil de cruzeiro anti navio… A USAF já efetuou disparos com relativo sucesso onde seu artefato alcançou a velocidade hipersônica por cerca de 200 segundos ante de desintegra-se no ar… pelo visto ainda há muitas dificuldades para se controlar de forma segura e confiável a propulsão scramjet
Como eu já disse em comentários anteriores eu creio que o futuro da guerra esta em misseis como este e balísticos pois as defesas anti aéreas estão cada vez mais eficientes no entanto devido ao baixo custo de manutenção (onde é gerado o lucro para as industrias) este tipo de armamento caminha mais lento que os demais projetos.
Munhoz.
Acho que depende muito do adversário, por exemplo uma guerra entre Índia e China que sabemos que possuem grandes sistema de defesa anti aérea integrados (IADS) nesta situação o início das hostilidades certamente seria por meio de ataques a distancia com mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro visando anular o maior numero possível de pontos defensivos/ estratégicos (sites de mísseis, sistemas de radar, bases aéreas e a cadeia de comando e controle) do adversário para só depois que um corredor seguro estivesse assegurado e uma razoável parcela do poder defensivo do inimigo estiver sido eliminada a aviação de ataque possa entrar e neutralizar alvos específicos… como você mesmo disse os sistemas anti aéreos estão muito mortíferos e é quase impossível atacar diretamente com as aeronaves sem uma taxa de perdas insustentável… os mísseis serão a ponta de lança na busca pelo domínio do espaço aéreo e pelo controle do campo de batalha.
Porém o papel dos mísseis acaba aí, depois obrigatoriamente haverá luta pela superioridade aérea culminando na supremacia aérea que envolve não apenas o ataque em si mas também a logística, infiltração e transporte, apoio aproximado, reconhecimento, resgate.etc… coisa que só a aviação pode realizar visto que o inimigo agora na defensiva e sem capacidade de resposta aérea ainda estará em posição de combate no solo, ele passa então a ser caçado e aí a aviação é 100 vezes mais eficiente do que mísseis disparados de longe que são caríssimos e difíceis de repor…
Agora se o conflito for contra um inimigo desprovido de uma densa capacidade de defesa aérea é muito mais viável do ponto de vista econômico atacar diretamente com a aviação suprimindo primeiramente seus poucos pontos de defesa e sua cadeia de comando e após passando logo a fase de desembarque e invasão.
Os mísseis táticos são importantes mas nunca poderão substituir a aviação… a menos em caso de guerra nuclear prevista nos anos 50, centenas de ICBMs disparados de cada lado simultaneamente, aí é salve-se quem puder, literalmente.
Topol
Ou seja como eu disse os misseis farão o principal e mais sensivel trabalho, restando aos caças um trabalho secundário, se ocorresse um conflito localizado entre os EUA NATO e Russia seria igual, leve em conta que as horas de voo de uma caça ocidental variam de $ 50.000,00 a $ 70.000,00 fora o salario e treinamento do piloto, peças de reposição, salario das equipes de apoio etc sendo que um piloto tem que voar uma media de 25 horas mensal ai você faz a conta um caça plenamente ativo não sai por menos de 1,5 milhão por mês.
O custo de 1 míssil Tomahawk gira em torno de $ 1,6 milhão, faça uma conta de padaria e você vera o que é mais caro.
Mais um conto do reino da fantasia do Putin. Quer ver fazer isso com a economia na lona, com o preço do petróleo no chão.
A cadeia de produção já está toda instalada… a capacidade intelectual já existe, estas duas variantes é que determinam a maior fatia do custo de um novo projeto…
Como é do conhecimento de todos, os russos são líderes mundiais no campo de mísseis supersônicos, o maior desafio será apenas construir os protótipos (o que ja vem sendo feito a pelo menos 3 anos), homologar os testes de lançamento e aperfeiçoar tanto o sistema de propulsão quanto o de orientação do artefato.
Não se esqueça que este projeto é uma parceria de RUSSOS e INDIANOS portanto a julgar pelo volume de encomendas e desenvolvimento conjunto dos dois nos últimos anos não se poderia dizer exatamente que estão “na lona” em matéria de tecnologia militar.