Governo australiano escolheu três estaleiros para participarem da próxima etapa do concurso para o fornecimento de 9 fragatas de mísseis.
BAE Systems, Fincantieri e Navantia foram escolhidas para participar da fase final do concurso, que vai selecionar um fornecedor para 9 novas fragatas de mísseis. A empresa eliminou as licitantes que haviam sido previamente classificadas e eram tidas como favoritas da competição, incluindo o grupo francês DCNS e TKMS (ThyssenKrupp Marine Systems). A seleção do fornecedor dos navios australianos será feita em 2018.
A decisão do governo em Canberra para a escolha da futura fragata da Marinha Real Australiana (Royal Australian Navy – RAN) será baseada entre os projetos Type 26 (Global Combat Ship) da BAE Systems ainda em desenvolvimento, FREMM (Fregata Europea Multi-Missione) italiana, já em uso pela Marina Militare (Marinha Italiana) e Álvaro de Bazán (F100), que também já estão ao serviço da Armada Española (Marinha Espanhola). Os navios serão construídos no estaleiro ASC South, em Adelaide, onde atualmente estão sendo construídos 3 contratorpedeiros de mísseis, classe Hobart.
Os estaleiros favoritos dos australianos para o concurso são considerados Navantia e BAE Systems. Ambas as empresas já estão comprometidos com a construção dos contratorpedeiros de mísseis classe Hobart. Além disso, o estaleiro da Península Ibérica já construiu os cascos de 2 porta-helicópteros e navios de desembarque classe Canberra, que foram então adaptados no estaleiro BAE Systems Australia em Williamstown. Além do mais, há algumas semanas, a empresa espanhola recebeu outra encomenda para entrega à Austrália de 2 navios de suprimentos, que serão baseados no projeto SPS Cantabria (A15) e irão substituir as unidades atuais, HMAS Success (OR 304) e HMAS Sirius (O 266).
No entanto, a possibilidade de vitória no concurso não pode ser negado também à italiana Fincantieri. A empresa da península italiana tem uma vasta experiência na concepção e construção de modernos navios, e tem pedidos em carteira da própria Marina Militare. Além das unidades FREMM, a frota italiana também tem pedidos de 7 novas fragatas de patrulha/mísseis (Pattugliatori Polivalenti d’Altura), um novo navio de suprimentos e suporte de helicópteros. A Fincantieri vai desenvolver os projetos individuais e construir seus cascos. Os elementos de equipamentos de bordo serão fornecidos pelas empresa subsidiárias pertencentes ao grupo Finmeccanica.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO:Junker
FONTE: Altair.com
A ideia original era construir 8 novas fragatas para substituir na base de uma para uma as 8 atuais, mas, como já anunciado,
a meta mudou para manter uma força de 12 combatentes de superfície e como apenas 3 “Hobarts” serão construídos a solução foi aumentar de 8 para 9 o número de futuras fragatas.
Pelo meu ponto de vista seria mais lógico a navantia com a F-100, para manter a logistica com os hobart
Padilha,
Compartilho da mesma opinião tua quanto a qualidade do T26 e aos seus concorrentes, penso que os ingleses podem valer-se do fato de ainda ser papel e diminuir no valor da aquisição, por compartilhar o risco do desenvolvimento e produção com a marinha compradora.
Talvez aí estaria a resposta para nossa MB a médio-longo prazos.
Mas de imediato não consigo ver solução…
CM
Pelo histórico de cooperação a NAVANTIA sai na frente. Contudo, iria gostar que a Type 26 fosse a escolhida. Qual a sua opinião Padilha?
Veja, os produtos da Fincantieri e da Navantia já existem e estão pra lá de testados e aprovados. O da BAE no papel é maravilhoso, mas não existe ainda. Na verdade nem seu custo é real ainda (o que existe é projeção), então eu concordo que a Navantia leve uma pequena vantagem.
Não desgosto do T26, e sei que os ingleses sabem fazer navios bons, o problema deles é que os concorrentes também sabem fazer e como os seus produtos já possuem escala, creio que eles podem oferecer mais vantagens do que o projeto inglês.
Essa é apenas a minha opinião. Vai saber o que rola nas mesas de negociação, não é mesmo?