Em 2015, o Grupo de Inspeção em Voo (GEIV) realizou 1.220 inspeções de auxílios à navegação em aeródromos brasileiros. O balanço inclui os voos de homologação dos procedimentos de chegada e saída na reestruturação das áreas de controle terminal de Brasília, São Paulo e Belo Horizonte. As modificações estruturais foram realizadas para ampliar a capacidade de circulação de aeronaves.
“Houve um acréscimo no número de inspeções em função das melhorias no sistema de controle do espaço aéreo. As novas tecnologias que possibilitam voo com trajetórias mais curtas e economia de combustível, por exemplo, trazem benefícios para os usuários. Cada implementação efetuada precisa ser homologada”, explica o comandante do GEIV, Tenente-Coronel Marcelo de Lima Pinheiro.
O oficial se refere aos novos procedimentos que envolvem as novas tecnologias implementadas no controle do espaço aéreo, como a navegação baseada em performance (PBN) que marcaram o trabalho da unidade no ano passado. Além disso, o número abrange todas as inspeções periódicas de rotina e as efetuadas após manutenção dos equipamentos de solo, além de voos de homologação para a implantação de novos auxilios, como radares e equipamentos utilizados em procedimentos de aproximação por instrumento ou visual.
“Estamos garantindo a confiabilidade dos auxílios. Utilizamos equipamentos e processos de inspeção de padrão internacional, estabelecidos pela ICAO [Organização da Aviação Civil Internacional]”, afirma. “Uma maneira segura de voar dentro do espaço aéreo brasileiro”, complementa.
O GEIV é responsável por medir, aferir e calibrar equipamentos auxiliares à navegação aérea instalados em aeroportos de todo o País. Para este ano, o foco de homologação está na ampliação do PBN para a região Sul, envolvendo as principais áreas terminais da região.
Legacy 500 – O GEIV está na expectativa de receber o primeiro Legacy 500 no primeiro semestre deste ano. A aeronave laboratório vai ampliar a capacidade embarcada e permitir que o Brasil realize com plena autonomia a homologação de procedimento de aproximação nos aeroportos chamado de RNP-AR (Required navigation performance). O procedimento de aproximação faz parte do conceito de navegação baseada em performance.
As novas aeronaves-laboratório vão substituir os atuais IC-95 Bandeirante, vão trazer diversos ganhos operacionais às tripulações. Esse vai ser o único avião do mundo com tecnologia “fly by wire” (comandado eletronicamente) a ser utilizado para inspeção em voo. O papel também será eliminado da cabine: o check list dos pilotos será feito através de um tablet.
FONTE: Agência Força Aérea
O GEIV é uma das unidades da FAB menos conhecidas do público mas de fundamental importância para a aviação nacional, mantendo todos os sistemas que auxiliam o voo dentro dos padrões de aferição e calibração internacionais. Com todo o respeito as outras unidades da força aérea mas ao meu ver esta é a unidade mais técnica, indo das aeronaves,laboratórios e unidades móveis chegando até as tripulações e outros integrantes .
Uma missão gigante diga-se de passagem porque manter os variados sistemas instalados no Brasil funcionando corretamente e sem oferece risco a aeronavegabilidade é louvável,gostaria muito de ver uma matéria especial sobre o trabalho do GEIV a primeira e última que vi e li foi a da Revista Força Aérea N°20 do ano de 2000 e de lá para cá muita coisa mudou. Temos que lembrar que mesmo com escassos recursos esta unidade é uma das mais ativas da força, e dificilmente observamos todas as suas aeronaves no pátio.
O GEIV também já prestou auxílio a países vizinhos que não tem equipamentos como os nossos, isso eleva mais ainda a capacidade instalada que temos, e coisa que nem toda força aérea tem por ai,sendo assim é muito bem vinda e esperada a chegada dos Embraer Legacy 500 que vai ser um salto qualitativo e quantitativo para as tripulações e para a unidade como um todo. Sei que os IC-95 já estão ai com mais de três décadas de uso mas não seria o caso manter eles por mais alguns anos passando eles pelo processo de modernização também?
Isso deixaria o GEIV com mais de dez aeronaves possibilitando uma maior cobertura do território nacional,mas ai envolve custos e tudo mais então vamos ver como vai ser a chegada dos Legacy 500 e qual decisão a FAB vai tomar após a implementação total da nova aeronaves.
E que o GEIV tenha um ótimo ano de 2016 com muitas inspeções Brasil a fora!
Espetacular, avanço significativo.