“Não queremos uma Armada que não navegue e nem uma Força Aérea que não voe”
Por: Edgardo Aguilera
Assim se expressou o Ministro da defesa Julio Martinez durante a cerimônia de passagem de comando do novo comandante da Força Aérea Argentina – FAA, Brigadeiro Enrique Amreim.
“Estamos conscientes dos problemas de nossa capacitação de nossos meios militares, por isso temos que ter uma firme decisão de avançar para reverter as deficiências herdadas”. Martinez fez essa declaração em resposta ao discurso do Brigadeiro Mario Callejo que passava o cargo, onde chamava a atenção do Executivo sobre às necessidades da FAA.
O Ministro da Defesa reconheceu que as dificuldades no funcionamento das forças devido à falta de orçamento, equipamentos e peças de reposição “não só é atribuível ao governo passado, mas também a um declínio gradual no passado”. A referência genérica feita para os ouvintes acreditam que vieram de Alfonsin até a último gestão Kirchner. A único grande aquisição foi em 1994, durante o governo de Carlos Menem, 36 aviões de combate A-4AR Fightinghawk, adquiridos junto aos EUA. Atualmente, só 4 ou 5 são capazes de voar. O restante, oficialmente a Força Aérea diz estarem “preservados” em envelopes lacrados na base de Villa Reynolds, San Luis.
A Força Aérea perdeu a capacidade de interceptação supersônica com a baixa dos caças Mirage. Eles voaram pela última vez em novembro do ano passado. O governo de Mauricio Macri está estudando todas as alternativas apresentadas para a substituição do Mirage. Existem ofertas de Israel, Estados Unidos, França, Rússia e China. Na semana passada, o embaixador dos EUA Noah Mamet, visitou Martinez e um dos temas discutidos foi o status de um pedido de disponibilização de um esquadrão de F-16 levantada pela Força Aérea Argentina junto ao Pentágono. A iniciativa está em processo de avaliação no Departamento de Defesa.
A velocidade de avanço do processo está ligado a gestos mútuos sobre política externa com os Estados Unidos e o resultado do conflito com os fundos abutre. Em Davos, o vice-presidente americano, Joseph Biden, ofereceu a Macri a colaboração com a Argentina em todos os campos, especialmente em inovação, tecnologia, defesa e segurança. A chanceler Susana Malcorra e seu homólogo americano John Kerry, estão trabalhando para um encontro entre Macri e Obama no âmbito da Cúpula sobre Segurança Nuclear, a ser realizada de 31 de Março à 1 de Abril no Centro de Convenções Walter E . Washington, na capital dos EUA.
O ministro disse que a prioridade é melhorar o trabalho conjunto nas Forças Armadas e cumprir as tarefas da política de cooperação descritas no plano para proteger a fronteira contra o tráfico de droga (Operação Fronteira do Plano de Emergência de Segurança Nacional). É uma política central da Macri que tem Luís Verde como secretário de Fronteiras do Ministério da Segurança. Uma figura institucional que nunca viu uma ação militar.
O Ministro visitou o navio polar russo Vasily Golovnin, que está atracado no cais do porto. O navio foi alugado pelo governo anterior a um custo de US$ 16,7 milhões para fornecer suporte às bases antárticas. “Por causa da violação dos compromissos assumidos pelo governo anterior, incluindo o cancelamento do pagamento do contrato com antecedência, o navio deve atrasar a sua partida da Rússia para a Argentina”, disse o ministro.
“Ao invés de partir em 23 de novembro passado para chegar ao nosso país a primeira semana de janeiro, como indicado no caderno de encargos, o navio partiu mais tarde e, só chegou ao porto de La Plata em 21 de janeiro passado”, acrescentou Martinez.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Ámbito Financiero
Boa tarde Senhores!
Fico feliz com tal possibilidade pois é triste ver a condição deplorável em que se encontra a FAA.
Se o Macri continuar trilhando o caminho dos sábios no tocante as Falklands, existe sim a possibilidade de vermos os porteños de F-16.
CM
A venda de caças F-16 é boa para os EUA e para a Argentina. O novo governo precisa reaproximar as duas nações, outro ponto é achar que a posse destes caças seria uma ameaça aos Ingleses, não há condições nenhuma de tomar as ilhas Malvinas a força, se e “se” realmente isto fosse prioridade para o governo portenho, levaria décadas e bilhões de dólares ( coisa que esta em falta por lá) para colocar as forças armadas em condições de tentar a aventura, e com risco de perder novamente.
Pois é Bardini eles precisam urgentemente de caças (nem velhos F-5M eles teem pra ir segurando) estão em uma situação bem pior q a nossa, mas se não melhorarmos na administração de nossas forças armadas ……
Nem precisam vir armados… Os Argentinos precisam é do caça, ponto.
Mísseis eles podem muito bem empregar seus Sidewinters e Pythons ou até mesmo comprar outros armamentos do Tio Jacob.
O importante, como disse antes, é o caça, e com FMS e a sede Libertaria de Macri tudo fica mais fácil.
Bardini, concordo, se a Argentina conseguir o aval do Pentágono para aquisição de caças F-16 os ingleses vão ter noites mau dormidas, pois o nível que Israel pode elevar esses caças é surpreendente, tornando-os os mais avançados da América Latina (claro, se os argentinos quiserem pagar). Penso que infelizmente não venderão os F-16, pois Washington está consciente que se forem vendidos os israelenses tornarão esse caça uma dor de cabeça pros ingleses, e obvio, os filhos da rainha vão ficar nada felizes.
Arc,
Depende da configuração a ser escolhida…
Pressões políticas podem muito bem fazer com que ambos, israelenses ou americanos, ofereçam fechar a configuração com armas ar-ar e ar-solo, deixando o elemento ar-mar de lado… Aliás, o fator financeiro pode acabar pesando em prol de algo até mais austero… Se forem células do AMARG, então mais fácil ficarem só na revitalização e algumas modernizações pontuais, deixando apenas uma limitada capacidade para mísseis ar-ar de curto alcance e bombas de emprego geral…
RR, creio que a melhor opção ocidental para a Argentina é o F-16, mas eles viriam tão limitados que fico em dúvida se realmente valeria a pena, talvez valesse pelo fator manutenção da operacionalidade, fora isso nada mais, pois um caça hoje sem capacidade BVR é apenas um caça de ataque ao solo e alvo pra outros caças.
se os americanos venderem aos argentinos vão chegar pelados se boa parte de suas capacidades e sé armamentos acho que china e rússia são melhores opções