Exército sul-coreano passará a integrar a rede Link16, usada pelos EUA. Países poderão ter imagens de satélite de reconhecimento em tempo real.
A Coreia do Sul vai passar a fazer parte de uma rede de informações militares que já é utilizada por Estados Unidos e Japão para compartilhar dados sobre os programas armamentistas da Coreia do Norte, informou nesta sexta-feira (22) o Ministério da Defesa em Seul.
O exército sul-coreano passará a integrar a rede Link16, que é utilizada principalmente pelos Estados Unidos e por outros países da Otan para a troca de dados militares táticos.
Isso conectará a interface de sua unidade de controle com a das forças americanas na Coreia do Sul, que, por sua vez, já estão ligadas ao exército japonês. Com isso, os três países poderão trocar praticamente em tempo real imagens como as captadas por satélites de reconhecimento do Programa de Apoio para a Defesa da Força Aérea dos Estados Unidos e arquivos relacionados com os programas de mísseis e armas atômicas do regime norte-coreano.
A troca de dados “não acontecerá sem o acordo explícito de cada uma das três partes e, quando acontecer, se limitará a temas relacionados com as armas nucleares e mísseis da Coreia do Norte”, comentou um porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano à agência “Yonhap”.
A medida faz parte do plano de ação do ministério sul-coreano para este ano, no qual também está previsto o desenvolvimento de cinco satélites de reconhecimento militar. Esses dispositivos fazem parte dos sistemas de defesa de mísseis Kill Chain e KAMD que Seul espera concluir em 2023.
FONTE: EFE