A fabricante de aviões russos MiG anunciou que já começou a desenvolver o novo avião de interceptação MiG-41, que irá futuramente substituir o caça MiG-31. “O veículo será baseado nos princípios do avião militar moderno”, anunciou o diretor da empresa Serguêi Korotkov.
Embora a fabricante não tenha divulgado detalhes sobre o projeto, o comandante-geral das Forças Espaciais russas, Víktor Bôndarev, prevê que o novo interceptor seja concluído em 2020.
Segundo o piloto de testes Anatóli Kvotchur, o novo modelo manterá as qualidades de seu antecessor, o MiG 31, com a promessa de superar a velocidade Mach 4 (quase 4.248 km/hora).
“Era preciso realizar essa modernização há 20 anos. O novo avião tem que ultrapassar a velocidade Mach 4.3”, acrescenta Kvotchur.
Especialistas acreditam que o MiG-41 também será baseado no projetos conhecidos como 301 e 321, da década de 1990. A ideia é que o modelo concorra com os projetos da Sukhoi, cujo interceptador de baixo custo em desenvolvimento poderá alcançar velocidades de até 2.700 km/h.
O Ministério da Defesa russo planeja iniciar a substituição dos aviões Su-27 e MiG-31 ainda este ano. A expectativa é que o MiG-31BM, versão atualizada e mais eficaz do MiG-31, sirva nas Forças Espaciais russas até 2028, até que seja completamente substituído pelos novos MiG-41.
Não devemos esquecer que na realidade dos fatos não existe mais MIG ou Sukhoi como unidade independentes de produção e ou projeto, já que desde 2006 todas as indústrias de aviação da época soviética foram fundidas numa gigantesca empresa de capital misto denominada United Aircraft Croporation ou somente UAC, assim ainda que se mantenha a mística da sigla MIG, não temos mais um OKB independente da MIG e sim uma parte de um conglomerado financeiro e industrial administrado por uma holding, que apesar de ser uma empresa mista com capital aberto é controlada majoritariamente pelo governo russo.
Quanto a hipervelocidade do suposto sucessor do Mig-31, não devemos esquecer que desde a década de 80 a URSS já fazia pesquisa sobre hipervelocidade, possuindo inclusive um centro de pesquisas especializado no estudo de materiais, formas e projetos em hipervelocidade, sendo ainda que em 2003 foi divulgado que a antiga URSS estava trabalhando numa aeronave capaz de alcançar mach 5 e voar na mesosfera, ou seja entre 160.000 e 279.000 pés ou entre 50 e 85 km, a esta aeronave denominada de Ayaks se reputava missões de bombardeiro nuclear armado com misseis, já que teoricamente poderia atingir os EUA partindo de Moscou em menos de 1 hora e meia, bem como versões para espionagem, transporte de tropas ou lançador de satélites, é certo que esta aeronave Ayaks nunca foi confirmada, vista ou se sabe o estágio deste projeto, que se tem é que desde 2006 a Rússia retomou as pesquisas na área de hipervelocidade, aproveitando todos os avanços e conhecimento obtidos pela antiga URSS.
Da mesma forma, ainda que seja rotulado como imprensa parcial e braço da propaganda pró russa, na MAKS de 2015 a empresa russa CIAM demonstrou o prototipo de um motor ramjet capaz de alcançar mach 7,5 ou cerca de 9.187 km, sendo alardeado que este motor já estava em testes na Rússia e que em ambiente de testes teria alcançado com segurança e resistência velocidades entre 5 e 7,4 mach.
Neste sentido é arriscado afirmar-se que não há tecnologia para o desenvolvimento do sucessor do Mig-31 e que este jamais obteria a velocidade de mach 5, da mesma forma como é prematuro reputar-se como verídicas e confiáveis as publicações de projetos secretos com base em pseudos informantes e relatórios vazados.
O certo é que em termos de tecnologia sensíveis, tanto russos, como americanos e chineses escondem o jogo ou fazem manifestações bombásticas e somente o tempo responderá as questões da viabildiade ou não de determinados projetos.
Para quem desejar saber mais sobre o Ayaks basta pesquisar na net no site nortatlanticblog.wordpress.
Creio eu que será na casa dos 2700 km/h no máximo, mas se for rolar um sistema tipo ramjet vai ser interessante.
A Mig necessita urgentemente de um novo projeto para se manter ativa ao menos, já faz mais de três décadas que o seu último produto foi lançado o Mig-29 e de lá para cá todas as suas tentativas foram frustradas e a Sukhoi tomou grande parte do seu mercado merecidamente ao meu ver.
Sem novos ou interessantes projetos foi perdendo espaço e seus tradicionais clientes foram procurando outras alternativas, é só ver rapidamente como outros fabricantes ocidentais até foram crescendo nas custas de seu enfraquecimento. Seu Mig-35 até agora não consegui emplacar e acho difícil que compras expressivas ocorram, então este novo projeto pode ser a salvação da lavoura.
Reconhecidamente como o berço de aeronaves de alto desempenho como os Mig-25 e agora o substituto do Mig-31 é uma tarefa e tanto que eles vão dar conta porque a expertise eles tem de sobra e o ânimo nas pranchetas por desenvolverem algo realmente novo deve estar em alta. E que isso sirva de recado para os seus concorrentes porque a qualidade empregada nos antecessores muito provavelmente vai se repetir e a dor de cabeça dos analistas militares devem aumentar nos próximos anos.
Que venham novidades e que a Mig recupere ao menos uma parte do mercado.
Essa velocidade é real? Não acredito que esse caça passa de 4.000 km/h e que o outro vai superar, alguém pode explicar como isso pode acontecer?
Mach 4,3 ??? Serio isso?… O SR-71 fazia mach 3,3 e para isso era feito em titanio e usava combustível especial… tinha até folgas na fuselagem para serem compensadas pela dilatação a altas temperaturas…
Acelerar o caça a essa velocidade é até possível, talvez com turbinas com supercompressores e combustíveis especiais mas manter essa velocidade em um caça tripulado é um desafio de engenharia imenso…
As temperaturas geradas pelo atrito são altíssimas e tem que haver um combustível com elevado ponto de ignição para o mesmo não explodir quando a fuselagem inevitavelmente se aquecer
Pensem em todo o isolamento que tem de haver para impedir combustão acidental, nos caríssimos materiais necessários e nas tecnicas construtivas distintas… e quanto de combustível seria necessário para sustentar um voo a essa velocidade?
Até 2020 isso…. duvideodó… será que os russos também capturaram alguma nave alienígena?
Ou será que esse Mig-41 usará um motor Ramjet? A entrada de ar lembra a do P-800/ Yakhont (ramjet)…
Agora os caras forçaram a amizade : )
Com tecnologia, materiais modernos e fome de poder de Putin, essa aeronave vai ser pario duro para os F-22, F35, Rafale e Typhoon!!!
Ainda ouso dizer que a maioria destes projetos estavam engavetados no Kremlin, não se trtndo de nenhuma nova invenção, ou seja, os russos estão desengavetando os projetos parados ainda no tempo da URSS, adequando-os ao nosso tempo, de forma que, somente daqui uns 10 anos começaremos a ver os novos projetos da ciência russa. .
“concluido em 2020″……. nossa, quanto otimismo
Acabei por passear no google e encontrei mais imagens do Mig-41e nelas percebe-se que possuirá tubeira tipo a do F-22 e com base nos projetos atuais deve até vir a ser vetorado o empuxo.
É o retorno ao pódio em grande estilo!
Espero que esse desenho seja meramente conceitual, não gosto dessa entrada de ar frontal dos antigos MIGs, creio num desenho mais convincente.
Falem o que quiser sobre os produtos da Rússia, mas ela está dedicando um esforço enorme para estabelecer e conquistar uma boa fatia do mercado de indústria bélica mundial, gerando divisas e acessos a mercados alternativos mundiais. O marketing está plenamente ativo.
O desenvolvimento de diversos produtos navais, terrestres e aéreos, sistemas e dispositivos, além da demonstração de força em conflitos na Ucrânia e na Síria, demonstra algum sucesso ao extraordinário esforço de crescimento como ator mundial, apesar da crise econômica e dos embargos sofridos. Dentro e fora dos seus limites, estão sabendo lidar com certo louvor a arquitetura restritiva planejada pelo G7.
É um jogo de paciência a longo prazo. Não foi de uma década para outra que os EEUU e Europa conseguiram saturar os recursos econômicos da URSS e do Pacto de Varsóvia. Uma das diferenças está na estratégia política da Rússia, menos restritiva ao fornecimento e à participação de outras nações aos seus produtos de ponta (China e Índia) e o fornecimento de importante matriz energética à Europa. Aliás, fica muito interessante de imaginar se Rússia e China fundirem um pouco mais suas indústrias e economias, pois tem “inimigos” comuns.
Sobre o MIG 41, certamente vão chamar outros países a participarem do desenvolvimento, inclusive o Brasil. Distribui os custos, aumenta o mercado consumidor externo e combate a asfixia econômica promovida pelo Ocidente. O principal: mantem “turbinados” a indústria e os centros de pesquisas/desenvolvimento tecnológicos deles. Brevemente, devem anunciar também o desenvolvimento do projeto do caça hipersônico, o emissor de PEM e de laser. Se será propaganda exagerada/enganosa, ou não, o tempo mostrará.
Quando analisam fornecer à China o propulsor Lyulka AL-41 F, além do SU 35, mostram que estão dispostos a romper barreiras nunca antes vencidas.
Pela ilustração ,uma menção honrosa ao Mig-21, será um retorno em grande estilo desta histórica e excelente empresa desenvolvedora e construtora de aviões espetaculares. Ficou lindo e se vier a ficar como a ilustração, que beleza.
A MIG esta precisando de um projeto que recupere seu antigo prestígio, mas irá naturalmente precisar do apoio do governo Russo com novos pedidos. A ilustração hipotética é interessante e nostálgica, trazendo a tomada de ar frontal típica dos MIG’s até o modelo 21.