Ajustes orçamentários implementados desde o ano passado reduziram o ritmo de trabalho no Estaleiro e Base Naval de Submarinos (EBN), da Marinha do Brasil, em Itaguaí, região metropolitana do Rio de Janeiro. Os cortes provocaram demissões por parte da empresa Odebrecht, que trabalha para a Marinha no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub).
O diretor do Centro de Comunicação Social da Marinha, contra-almirante Flávio Augusto Viana Rocha, disse que, diante da restrição de verbas, a prioridade é a implantação do estaleiro de construção e do ship lift (elevador para navios). A ideia é que a conclusão da infraestrutura coincida com a entrega do primeiro de quatro submarinos convencionais que serão produzidos na base. Três deles já estão em fabricação.
Projetos
Implantado em dezembro de 2008, em acordo com a França, o Prosub envolve três grandes empreendimentos: construção da infraestrutura industrial e de apoio para construção, operação e manutenção dos submarinos; construção de quatro submarinos convencionais (S-BR); e projeto e construção do submarino com propulsão nuclear (SN-BR).
Os primeiros submarinos convencionais estão em fabricação. A construção do modelo com propulsão nuclear deve começar em 2017 e durar dez anos, segundo Viana. O cronograma do projeto está passando por “criteriosa análise”, para adequá-lo ao orçamento disponível, de acordo com o contra-almirante.
A implantação da infraestrutura industrial engloba a construção da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas e de dois estaleiros, um de construção e um de manutenção, além de uma base naval que abrigará a estrutura de comando e controle de submarinos. O projeto também incluiu o Centro de Instrução e Adestramento de Tripulações e um complexo radiológico. Parte dessas estruturas já foram entregues.
Novas demissões
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro (Sindimetal), Jesus Cardoso, disse que a expectativa é que ocorram novas demissões de trabalhadores da Odebrecht a partir do segundo semestre deste ano, caso a empresa não receba aporte da Marinha. “O sindicato está atento”. A Odebrecht informou que, em 2016, não houve demissões nas empresas do grupo em Itaguaí.
FONTE: Agência Brasil
Ricardo, submarinos não são navios de projeção de poder e sim de negação do uso do mar.
A opção pelo submarino não está equivocada, porque em um pais como o Brasil que não é uma ameaça a ninguém e não tem meio de projeção de poder o certo é negar o uso do mar por ser uma área imensa, o que dá toda liberdade de opções ao inimigo. Como ele pode ter opção se o ambiente oceânico que pretende usar é infestado de “crocodilos” a espreita que podem esperar o tempo que for necessário para dar o bote? Aliás a própria estratégia nacional priorizou esse primeiro conceito á marinha (negação).
Por isso temos que ter uma consciência estratégica antes de criticarmos as forças armadas apenas por criticar. Por exemplo, a FAB também deve proteger o espaço aéreo oceânico (e não maritimo) usando inclusive os Orion que tem função anti-submarino. A estratégia consiste em defender o espaço aéreo do Brasil, principal finalidade da fab, o que abrange o mar territorial também. Portanto a marinha não esta sozinha nessa proteção oceânica. O comdabra é um importante centro de gerenciamento do espaço aérea nacional, onde a própria marinha e exército apoiam a fab no patrulhamento desse espaço. Veja a responsabilidade da fab nessa questão de defesa da região amazônica azul! As pessoas esquecem que a força aérea também combate navios (o Tirpitz que o diga!). Aliado aos caças e helicópteros de ataque, a costa brasileira ja dispõe de uma defesa razoável. Afinal, de que serve uma força aérea que protege e fiscaliza apenas o continente? Isso sem falar do alcance dos astros a partir da costa. Mas aí vc vai dizer: mas os caças dependem de navios ou aviões cargueiros para abastecer. O que reforça a importância de termos submarinos de fato independentes do ar!
Submarinos aip tem mais autonomia que submarinos diesel, mas menos autonomia que submarino atômico – tanto é que os próprios scorpenes serão alongados para receber mais combustivel. O uso dos nucleares é em mar aberto longe da costa e ninguém se dá conta disso, só sabem criticar. Quanto menos apoio logístico um meio naval precisar, menos interrupções operacionais e estratégicas o comandante do navio ou almirante terão.
“Submarinos não foram feitos para defender reservas de petróleo”, mas sim para defender os interesses do país que os tem: o que inclui reservas de petróleo, e portanto para defender reservas petrolíferas também! Seria muita ingenuidade achar que o unico objetivo do projeto é defender esses recursos, ainda mais de um programa que ja existe a mais de década, portanto bem antes do achado desse minério em questão. Se um submarino convencional ja é convincente, o que dirá um nuclear!
Para finalizar, o problema não são os meios e sim a gestão. Submarinos a diesel, nitrogênio ou atômicos tem suas vantagens e desvantagens, mas todos só sabem ver as desvantagens desse último.
Apesar de todo o conhecimento e inovação que está por trás de se projetar e construir esse meio naval, tenho pra mim que a opção da marinha está equivocada. Submarino nuclear não foi feito para defender reservas de petróleo, como quer a marinha, criando zonas de patrulhamento em águas azuis próximas à zona costeira. Querer usar esse meio para almejar uma cadeira no Conselho de Segurança também é tolice. Muito melhor se tivéssemos uma força convincente de submarinos convencionais modernos, dotados de AIP e capacidade de lançamento de mísseis de cruzeiro e anti-navio, com pelo menos 15 a 20 unidades, criando uma cultura submarinista no seio da marinha, bem como forças de superfície modernas, com fragatas e contratorpedeiros dotados de capacidade tipo Aegis (30 a 40 unidades). Porta-aviões e submarinos nucleares são, acima de tudo, elementos de projeção de poder, coisa que destoa das aspirações do nosso país. Minha sincera opinião.
ricardo,
Um país como o Brasil, com um litoral tão imenso e posses além mar a proteger, precisa de uma força anfíbia respeitável; o que implica em navios aeródromo para proteger a frota, posto haver a necessidade do controle total de uma determinada zona de mar para conduzir esse tipo de operação com segurança.
A rigor, se o objetivo fosse somente proteger águas verdes e algumas zonas específicas em águas azuis, nem haveria necessidade de todos esses números… Uma força submarina convencional robusta e vasos de superfície que não excedessem as 5000 toneladas já estariam de muito bom tamanho… O
Continuando,
O que acredito que deveria ser feito, se se fosse somente manter águas verdes seguras:
– reforçar a dotação das forças subordinadas aos distritos navais com mais navios de patrulha oceânica; notadamente as forças do primeiro e do terceiro distritos, que deveriam contar com pelo menos dois NaPaOc disponíveis ao mesmo tempo.
– reforçar o número de escoltas para a esquadra até ser possível deter duas flotilhas com pelo menos seis unidades acima de 3000 toneladas operacionais ao mesmo tempo, cada uma…
– dotar a força de submarinos com vasos em número suficiente para se ter duas flotilhas com ao menos três vasos operacionais ao mesmo tempo. A variante brasileira do Scorpène, com suas 2000 toneladas, é sim interessante.
No mais, se o objetivo for o que descreve, também não creio que se precise de um submarino nuclear. Contudo, as necessidades de se levar poder naval ao mar são maiores no caso do Brasil, posto ser necessário ir além das águas territoriais para evitar a aproximação de uma força adversária.
Ao menos a base está construída e nos servirá por mais de século assim como a estrutura fabril
adquirida …o cancelamento do projeto é inaceitável e devemos continua-lo a todo custo( é uma questão de honra lançar este submarino nuclear)
As escolhas ficaram da seguinte forma:
1º – Mantem-se a economia mais ou menos próspera, mas com os casos de corrupção mais ou menos impunes;
2º – Levam o país para uma recessão e crise econômica nunca antes vistos, mas com apuração dos crimes até os infernos;
Dpendendo de q
Dependendo de quem for beneficiado ou prejudicado, as escolhas serão diferentes.
rsrs shara…..tenho certeza q nao estarei por aqui qdo e se este subnuc algum dia vier a navegar, qto mais a ficar pronto………quem sabe meus netos….rsrsrsrrs…..so da pra torcer mesmo eh para q pelo menos 1 destes 3 subs q dizem estar em construcao pelo menos esteja operacional……….ahhh e rezar um terco todos os dias para q nao venham muitos aditivos de contrato (tarefa impossivel no momento). Sds
Sr. Celso o sr. vera sim pode ficar tranquilo, pois se depender dos que desde 2008 comecaram a tirar estes grandes projetos de seguranca nacional do papel, o que ate entao NUNCA tinha sido feito para as 3 forcas, estes com certeza vingarao. O perigo e que pessoas que por la ja estiveram e sucatearam por completo nossas forcas armadas voltem, ai sim eu duvidaria muito do andamento de todos estes grandes projetos do nosso Brasil. O sr. como brasileiro como eu, certamente esta torcendo para que estes projetos, ainda que com certo atraso se concluam nao e mesmo sr. Celso? Certamente e o desejo de todos que frequentam este site, correto??? Ou nao????
Fernando, certamente eu quero ver todos os projetos das forças armadas, não somente saindo do papel, mas completos até o fim, os atrasos estão ficando tão frequentes que é melhor nem estipular data, deixa só a notícia para animar. Entendo o que você disse e não quero criticar a esquerda ou a direita pelos atrasos ou pelo o que não foi feito, apenas me entristece que o dinheiro que precisávamos agora, sumiu. Abç.
Pois é Celso Saad, é como se você recebesse a notícia que teria um aumento de 200% no seu salário, mas só receberá para daqui dez anos, e que atrasos poderão ocorrer… todo o tempo… indeterminado… rsrs
Dez anos para se construir um submarino nuclear? É isto mesmo? Mais tempo que um porta-aviões, agora tenho certeza que não estarei vivo para vê-lo, dez anos mais os atrasos…