Por Virgínia Silveira
A Thales vai produzir no Brasil dois radares primários de banda L, para controle do espaço aéreo, que estão sendo fornecidos dentro de um contrato histórico com o governo da Bolívia, avaliado em € 185 milhões. A empresa vai implantar o sistema completo e integrado de controle de tráfego aéreo na Bolívia por meio de radares, o que ainda não existia, informou o vicepresidente da Thales na América Latina, Ruben Lazo.
Os radares, com alcance operacional de aproximadamente 220 milhas náuticas de raio (401 km), permitirão à Bolívia fazer o monitoramento de todos os voos naquele país, além de poder detectar aeronaves ilícitas e controlar melhor o tráfico de drogas e o contrabando. O contrato prevê um total de 13 radares. A partir de dezembro, segundo Lazo, a Thales começa a implementar a segunda fase de transferência de tecnologia para o Brasil, para um radar secundário, envolvendo tecnologia mais avançada de controle de tráfego aéreo, a ser exportada daqui.
Em 20 de janeiro, a empresa inaugura um centro de acústica, dedicado à transferência de tecnologia de sonares, para o programa de submarinos da Marinha. O centro, que terá investimento de R$ 15 milhões, está sendo instalado na fábrica da Omnisys, braço industrial do grupo francês no Brasil, localizada em São Bernardo do Campo (SP).
Apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor de defesa no Brasil, com cortes de verbas, o vicepresidente da Thales afirma que o grupo francês mantém os planos de expansão para o país e segue adiante com a missão de dobrar o tamanho da empresa na América Latina nos próximos cinco anos.
Com 50 anos de operação na região, a Thales tem 650 funcionários na região. “Trabalhamos com mais de 30 países da região e somente este ano conquistamos projetos em 14 deles”, disse o vicepresidente. A empresa está reforçando sua base na América Latina, sediada em São Paulo, e já iniciou um processo de busca e capacitação de novos talentos para desenvolver seus negócios na região.
“Acabamos de assinar com a Embraer o contrato comercial de fornecimento do sistema inercial do jato militar KC390”, comentou. Na América Latina, segundo Lazo, a Thales Brasil comemora a assinatura de novos contratos com o México, El Salvador, Honduras, Nicaragua e Costa Rica.
Outro contrato relevante no Brasil é o do satélite geoestacionário de defesa e comunicações estratégicas (SGDC), que está sendo produzido para o governo brasileiro. O fornecimento do satélite, dos sistemas de apoio terrestre e o seu lançamento estão avaliados em R$ 2,2 bilhões.
Este ano, segundo o executivo, a empresa exportou do Brasil dois radares de banda L para a Bulgária, 4 para a China, um para Omã e outro para a Jamaica. A filial também fez a modernização de 18 radares de trajetografia instalados em território francês.
Em 2014, a Thales renovou o contrato para a manutenção dos radares de controle de tráfego aéreo instalados no país, para apoiar os grandes eventos esportivos Copa do Mundo e Olimpíadas. “Até o momento foram feitas 466 manutenções e reparos e a expectativa é de que até o final do contrato, em 2016, sejam realizadas um total de 600 manutenções”, explicou.
No período da Copa do Mundo, segundo o executivo, 116 radares fornecidos pela empresa estavam instalados e em funcionamento em todo o território brasileiro. A empresa também fechou contrato com a Cidade do México para a renovação do projeto Cidade Segura (dobrou o número de câmeras usadas no controle da criminalidade) e de fornecimento de radares de controle de vigilância costeira para a Jamaica.
Ele destaca ainda o contrato de fornecimento do sistema de serviços e radares para a América Central, via Cocesna (Corporação Centroamericana de Serviços de Navegação Aérea), da qual fazem parte Bolívia, Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua e Costa Rica.
A expansão na América Latina está centrada em quatro pontos: melhoria da cobertura geográfica (novos escritórios no Panamá, Bolívia e Equador); nova reorganização das operações com a criação de subregiões; novos produtos e acesso ao mercado via parcerias. Uma delas, com a Avibras.
FONTE: Valor Econômico
Sempre fui a favor da total parceria estratégica com os franceses eles estão dispostos em apoia a modernização das forças armadas e transferir tecnologias más o Brasil não soube aproveitar o grande oportunidade.
Sempre fui a favor da total parceria estratégica com os franceses eles estão dispostos em apoia a modernização das forças armadas e transferir tecnologias más o Brasil não soube aproveitar o grande oportunidade.
Opa! Ao que me parece a parceira com os franceses não está sendo tão ruim assim.
CM
Opa! Ao que me parece a parceira com os franceses não está sendo tão ruim assim.
CM