Chineses terão dificuldades para acabar com o duopólio da Airbus e da Boeing, mesmo com forte apoio estatal
Desde os anos 90, o mercado global de aviões comerciais de grande porte é um duopólio. O segmento, que, segundo alguns analistas, movimentará US$ 4,6 trilhões nos próximos 20 anos, é dominado pela europeia Airbus e pela americana Boeing. Mas dentro em breve as companhias aéreas terão, pelo menos em tese, mais opções na hora de adquirir suas aeronaves.
Na segunda-feira, a estatal chinesa Comac apresentou seu modelo C919, desenvolvido para competir com o A320, da Airbus, e com o 737, da Boeing, os dois aviões mais populares em atividade. Os executivos da Comac dizem que o C919 fará seu voo inaugural no ano que vem – dois anos antes do inicialmente programado – e estará pronto para ser utilizado comercialmente por volta de 2019.
Os chineses não são os únicos que se julgam capazes de romper o duopólio. Depois de muitos atrasos no cronograma, a Irkut, subsidiária da estatal russa United Aircraft Corporation (UAC), espera colocar seu MC-21, outro potencial rival do 737 e do A320, em operação em 2017.
Muitos analistas do setor continuam duvidando de que, mesmo com generoso apoio estatal, essas concorrentes consigam roubar uma fatia significativa das encomendas de Airbus e Boeing.
Grande parte dos componentes usados na fabricação do C919 é produzida no Ocidente, – incluindo seus motores, que continuarão sendo ocidentais enquanto a China não obtiver sucesso num esforço paralelo: o de se tornar uma fabricante de motores de primeira linha para aviões comerciais. De qualquer forma, os analistas preveem que, se e quando voar, o C919 terá um consumo de combustível pior do que o das novas versões do Boeing 737 e do Airbus 320.
Mesmo que demonstrem competência para projetar aviões, russos e chineses têm pouca experiência na criação dos complexos sistemas produtivos e cadeias de suprimentos necessários à fabricação de aeronaves com os níveis extremamente elevados de confiabilidade e segurança exigidos pelas companhias aéreas. A necessidade de aperfeiçoar seu histórico de segurança impedirá que eles se tornem um “risco de curto-prazo” para fabricantes como a Boeing, diz Jason Gursky, analista do segmento aeroespacial do Citigroup.
Credibilidade. Até a canadense Bombardier, cujas aeronaves menores apresentam bom histórico de segurança e qualidade, enfrenta dificuldades para entrar nesse mercado lucrativo. Menos de 250 unidades de seus aviões CSeries, cuja fabricação vem sofrendo inúmeros atrasos, foram encomendadas. Em compensação, a Boeing já entregou mais de 8,7 mil unidades do 737, em suas muitas versões, e tem pedidos para fabricar outras 4,2 mil.
Recentemente veio à tona a notícia de que a Bombardier tentou, sem sucesso, vender uma participação no projeto dos modelos CSeries para a Airbus. Em 29 de outubro, os canadenses anunciaram que o governo da província de Quebec, onde fica a sede da empresa, pagará US$ 1 bilhão por uma participação de 49,5% no projeto, cujo desenvolvimento custou US$ 5,4 bilhões até agora.
Os portões de embarque também parecem fechados no mercado de jatos regionais (aviões menores, com um total de aproximadamente 100 assentos), que é dominado pela Bombardier e pela brasileira Embraer, muito embora seja igualmente cobiçado pela Comac, assim como por sua compatriota Sukhoi (outra subsidiária da UAC) e pela Mitsubishi, do Japão.
O jato regional da Comac, o ARJ21, realizou seu primeiro voo de teste em 2008, mas, por conta de rachaduras nas asas e defeitos no sistema elétrico, ainda não foi certificado para voar comercialmente nos Estados Unidos. O MRJ, da Mitsubishi, e o Superjet, da Sukhoi, também tiveram seus lançamentos adiados por problemas técnicos. Já há unidades do Superjet voando com a bandeira de algumas companhias aéreas, mas as encomendas são poucas. O MRJ deve fazer seu voo inaugural em breve.
É bem verdade que as gigantes do setor também têm de suar a camisa quando querem pôr no ar um avião novo. Os gastos com pesquisa e desenvolvimento do mais recente projeto da Boeing, o 787 Dreamliner, chegaram US$ 28 bilhões, por conta de problemas na cadeia de suprimentos e em componentes eletrônicos. E as receitas geradas por um dos modelos mais novos da Airbus, o mastodôntico A380, mal dão para cobrir seus custos de produção – e menos ainda para reaver o capital enterrado em seu desenvolvimento.
Se até as duas empresas que dominam o setor têm de empreender um esforço prolongado e dispendioso para fazer novos aviões levantar voo, não admira que suas aspirantes a concorrentes estejam penando tanto.
FONTE: O Estado de São Paulo
Na minha modesta opinião, os dois grandes setores industriais tradicionalmente dominados pelo Ocidente e que quando forem desafiados pela China causarão o maior alvoroço serão a de alimentos (as duas maiores multinacionais que mantem o duopólio no ramo são a Kraft americana e a Nestlé europeia) e o outro ramo é justamente a essa pinçada na reportagem, a de aviões que replica a mesma situação da área alimentícia.
Mas, não desprezaria a capacidade de um pais de mais de um bilhão de almas que tem a história a China apresenta e, principalmente, que possui os cofres abarrotados como eles têm.
Na minha modesta opinião, os dois grandes setores industriais tradicionalmente dominados pelo Ocidente e que quando forem desafiados pela China causarão o maior alvoroço serão a de alimentos (as duas maiores multinacionais que mantem o duopólio no ramo são a Kraft americana e a Nestlé europeia) e o outro ramo é justamente a essa pinçada na reportagem, a de aviões que replica a mesma situação da área alimentícia.
Mas, não desprezaria a capacidade de um pais de mais de um bilhão de almas que tem a história a China apresenta e, principalmente, que possui os cofres abarrotados como eles têm.
………….os russos e chineses apenas esperam uma brecha no “bloco Boeing/Airbus” o que tem possibilidades de ocorrer ainda que seja muito difícil porém não impossível….lembremos que os russos tem cacife tecnológico e os chineses cacife financeiro….os russos podem desenvolver turbinas para aviôes comerciais e os chineses podem piratear complementos para a estruturas dos seus aviões comerciais…. para tanto compraram muitos aviões Boeing e Embraer para desmontarem e fazer engenharia reversa…tudo é uma questão de pouco tempo…..se a Boeing e Airbus “caírem do cavalo”, a Comac e a Irkut a reboque entram firme no mercado ocidental……….
………….os russos e chineses apenas esperam uma brecha no “bloco Boeing/Airbus” o que tem possibilidades de ocorrer ainda que seja muito difícil porém não impossível….lembremos que os russos tem cacife tecnológico e os chineses cacife financeiro….os russos podem desenvolver turbinas para aviôes comerciais e os chineses podem piratear complementos para a estruturas dos seus aviões comerciais…. para tanto compraram muitos aviões Boeing e Embraer para desmontarem e fazer engenharia reversa…tudo é uma questão de pouco tempo…..se a Boeing e Airbus “caírem do cavalo”, a Comac e a Irkut a reboque entram firme no mercado ocidental……….
Quero ver os pró vermelhos comentadores desta página tem coragem de voar nestes aviões russos e chineses???
Até eles provarem que são bons aviões, as respectivas empresas vão arcar muito prejuízos. Claro que vão vender dentro de seus países como China, Rússia, Irã, etc
Mas é muito pouco. Estas empresas me desculpem, nasceram mortas. Não tem como competir contra Boeing e Airbus, e contra Bombardier e Embraer. Olha aí a dívida chinesa só aumentando, invejtando dinheiro público nestas empresas que vão vender somente internamente.
A única que pode dar dor de cabeça para a Embraer é a Mitsubishi. Que fabrica um dos melhores carros e camionetes do mundo. Eles tem tradição.
Sds
Lei, nao se esqueca dos ZERO hemmmm….rsrsrrsr e outras aeronaves bimotoras q ainda ai estao voando mundo afora. Sds
Quero ver os pró vermelhos comentadores desta página tem coragem de voar nestes aviões russos e chineses???
Até eles provarem que são bons aviões, as respectivas empresas vão arcar muito prejuízos. Claro que vão vender dentro de seus países como China, Rússia, Irã, etc
Mas é muito pouco. Estas empresas me desculpem, nasceram mortas. Não tem como competir contra Boeing e Airbus, e contra Bombardier e Embraer. Olha aí a dívida chinesa só aumentando, invejtando dinheiro público nestas empresas que vão vender somente internamente.
A única que pode dar dor de cabeça para a Embraer é a Mitsubishi. Que fabrica um dos melhores carros e camionetes do mundo. Eles tem tradição.
Sds
Lei, nao se esqueca dos ZERO hemmmm….rsrsrrsr e outras aeronaves bimotoras q ainda ai estao voando mundo afora. Sds
Eu acredito que a ideia dos aviões comerciais chineses é concorrer com os Boeing e Airbus dentro da China e não fora dela. Já são mais de 500 encomendas chinesas, o que não é pouco. O mesmo para o MS-21 russo, depender menos dos aviões ocidentais. Uma estratégia, um por que de ser absolutamente diferente da Embraer, que faz aviões regionais focados para o mercado americano e europeu, afinal a aviação regional brasileira é quase inexistente.
Pois então Bolovo, tenho o mesmo entendimento, ou seja, o objetivo é se posicionar internamente, até para servir como laboratório de problemas operacionais que surgirão, pois surgirão, além de entrar em outros mercados menos exigentes (Oriente Médio, Sudeste Asiático, África e alguns da América Latina), para depois, talvez até com a segunda geração deste avião, tentar mercados mais exigentes.
Até mais!!!
P.S: Sumiu do FBM, reapareça. 😉
Hoje acabar com o duopólio das gigantes Airbus & Boeing é uma missão quase impossível, mas dar uma incomodada no mercado até vale a tentativa.
Principalmente se o governo chinês colocar alguma cláusula obrigando que no mercado interno um % das aeronaves sejam de fabricação nacional ai o C919 mesmo em teoria sendo “inferior” aos A320-737 ganharia tal visibilidade e sabemos que manobras deste tipo podem ocorrer.
O C919 pode não ser páreo com os seus rivais ocidentais porém demonstra que a China tem potencial de produzir qualquer tipo de aeronaves sejam elas civis ou militares. A exploração do mercado internacional vem de encontro a uma necessidade de imposição pelo governo de Pequim este que vem nas últimas três décadas pegando pesado em pesquisa e desenvolvimento aeroespacial.
Muito se brinca com a imagem dos materiais chineses usando como base o passado que “soltava peças” mas hoje eu particularmente encaro como algo que pode mesmo vir a ser tendência num futuro para quem quiser fugir do eixo EUA-RUSSIA-EUROPA tendo ai um novo player no mercado internacional principalmente no bélico.
O C919 ou o ARJ-21 são apenas expoentes de uma nova era de um novo jogador mas que demonstra a capacidade organizacional de uma nação que quer ser auto suficiente e ainda exportar sem restrições, o seu maior pesadelo são os motores estes que em pesquisa e desenvolvimento já investiram grandes parcelas e deram bons avanços mas algo para ser produzido ainda em larga escala não esta sendo cogitado.
Focando mais no mercado militar podemos perceber que somando todos os fabricantes chineses temos opções literalmente para todos os segmentos dando largas opções de escolhas isso falando apenas no segmento aéreo se formos para o terrestre e naval vamos ver que é maior ainda.
Aos que gostam dos equipamentos Russos me desculpem agora quem em pouco anos pode despontar loucamente são os chineses vindo em muitos cenários de vendas a rivalizar com os “amigos” de Moscou.
É tudo uma questão de ponto de vista.
Concordo, acredito que isto seja um primeiro passo.
Eu acredito que a ideia dos aviões comerciais chineses é concorrer com os Boeing e Airbus dentro da China e não fora dela. Já são mais de 500 encomendas chinesas, o que não é pouco. O mesmo para o MS-21 russo, depender menos dos aviões ocidentais. Uma estratégia, um por que de ser absolutamente diferente da Embraer, que faz aviões regionais focados para o mercado americano e europeu, afinal a aviação regional brasileira é quase inexistente.
Pois então Bolovo, tenho o mesmo entendimento, ou seja, o objetivo é se posicionar internamente, até para servir como laboratório de problemas operacionais que surgirão, pois surgirão, além de entrar em outros mercados menos exigentes (Oriente Médio, Sudeste Asiático, África e alguns da América Latina), para depois, talvez até com a segunda geração deste avião, tentar mercados mais exigentes.
Até mais!!!
P.S: Sumiu do FBM, reapareça. 😉
Hoje acabar com o duopólio das gigantes Airbus & Boeing é uma missão quase impossível, mas dar uma incomodada no mercado até vale a tentativa.
Principalmente se o governo chinês colocar alguma cláusula obrigando que no mercado interno um % das aeronaves sejam de fabricação nacional ai o C919 mesmo em teoria sendo “inferior” aos A320-737 ganharia tal visibilidade e sabemos que manobras deste tipo podem ocorrer.
O C919 pode não ser páreo com os seus rivais ocidentais porém demonstra que a China tem potencial de produzir qualquer tipo de aeronaves sejam elas civis ou militares. A exploração do mercado internacional vem de encontro a uma necessidade de imposição pelo governo de Pequim este que vem nas últimas três décadas pegando pesado em pesquisa e desenvolvimento aeroespacial.
Muito se brinca com a imagem dos materiais chineses usando como base o passado que “soltava peças” mas hoje eu particularmente encaro como algo que pode mesmo vir a ser tendência num futuro para quem quiser fugir do eixo EUA-RUSSIA-EUROPA tendo ai um novo player no mercado internacional principalmente no bélico.
O C919 ou o ARJ-21 são apenas expoentes de uma nova era de um novo jogador mas que demonstra a capacidade organizacional de uma nação que quer ser auto suficiente e ainda exportar sem restrições, o seu maior pesadelo são os motores estes que em pesquisa e desenvolvimento já investiram grandes parcelas e deram bons avanços mas algo para ser produzido ainda em larga escala não esta sendo cogitado.
Focando mais no mercado militar podemos perceber que somando todos os fabricantes chineses temos opções literalmente para todos os segmentos dando largas opções de escolhas isso falando apenas no segmento aéreo se formos para o terrestre e naval vamos ver que é maior ainda.
Aos que gostam dos equipamentos Russos me desculpem agora quem em pouco anos pode despontar loucamente são os chineses vindo em muitos cenários de vendas a rivalizar com os “amigos” de Moscou.
É tudo uma questão de ponto de vista.
Concordo, acredito que isto seja um primeiro passo.
Na boa, não embarco nesses aviões genericos nem a pau, somente Boeing, Airbus e Embraer, graças a Deus não voou mais com a droga do Fokker!
e olha que as duas grandes sao as que mais estao dando problemas kkkkkkkkk
Na boa, não embarco nesses aviões genericos nem a pau, somente Boeing, Airbus e Embraer, graças a Deus não voou mais com a droga do Fokker!
e olha que as duas grandes sao as que mais estao dando problemas kkkkkkkkk