Rio de Janeiro, 29 de junho de 2015 – A Itaguaí Construções Navais (ICN) avança na construção do primeiro submarino convencional (S-BR1) que faz parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil (PROSUB). A instalação do Soft Patch, também chamado de escotilhão, abertura na parte superior do casco para a retirada dos motores de combustão principais, está em fase de preparação. O objetivo desta abertura na seção 2A do S-BR-1 é facilitar a retirada dos equipamentos para reparos e manutenção, sem a necessidade de seccionar o submarino.
Os grandes desafios desta operação são o corte do casco sem prejudicar a estrutura e o posterior ajuste do escotilhão, que precisa ser soldado no local preciso. Um erro nestes processos pode causar a inutilização da seção em que serão executados. “Para este trabalho, a primeira etapa, que são os reforços no casco, já foi iniciada. Estes reforços, tanto internos quanto externos, garantem que o casco não sofra distorções devido à dimensão da abertura. Em seguida, são feitas várias verificações para garantir que a execução seja perfeita”, explica Claudio Branquinho, engenheiro mecânico da UFEM/ICN. Na primeira etapa, aproximadamente 10 profissionais estiveram envolvidos.
O Soft Patch é uma peça reforçada, com 3.650 mm de comprimento por 3.100 de largura, cuja solda é mais elaborada e possui uma geometria complexa. De acordo com Branquinho, todo o processo deve durar seis meses para ser concluído. Os técnicos também aguardam uma autorização da França para que o corte comece a ser feito. O engenheiro ainda destaca que este processo será realizado em todos os outros submarinos em fabricação para o PROSUB.
O projeto de Soft Patch dos SBR faz parte do processo de transferência de tecnologia entre a Marinha do Brasil e a empresa francesa DCNS, pois o S-BR é baseado na classe Scorpène. Os técnicos franceses estão transferindo a tecnologia deste processo aos profissionais brasileiros para a concretização do trabalho.
Pré-outfitting da calota de vante
Os avanços seguem com o pré-outfitting da calota de vante das seções 3 e 4, ambas do S-BR-1, que vieram da França. Esta fase envolveu uma equipe de aproximadamente 15 profissionais nas atividades de marcação, montagem, soldagem, preparação, pintura e inspeção.
Os principais desafios encontrados durante esta etapa foram a marcação e a instalação de cerca de 570 suportes e bases. Segundo Wander de Freitas, gerente de planejamento industrial da ICN, a soldagem de tais elementos demandou soldadores altamente qualificados para conseguir atingir os requisitos exigidos na construção de um submarino, em um ambiente com restrições de espaço. “Foi necessário um tempo de aprendizagem por toda a equipe pelo fato de ter sido a primeira atividade de pré-outfitting do S-BR-1”.
No início de junho, as seções 3 e 4 atingiram 30% de progresso e após esta fase, a sequência é o outfitting (acabamento) com as instalações de tubulação, válvulas, cabos elétricos, entre outros, cujo processo leva em média 30 meses, ou seja, até a fase final da construção do submarino.
FONTE e FOTOS: CDN Comunicação
Exatamente poorman. É nos pequenos detalhes que estão os grandes saltos. Abraços.
eu vejo muitos comentários negativos aqui. ninguém elogia o esforço da Marinha brasileira, o empenho em fazer algo de tarefa muito difícil e técnica, é sempre metendo o pau em tudo.
Eu vou na onda contrária, acho que o país está indo muito bem, vai demorar vai, mas vai sair.
se houver alguém mais capacitado para realizar a tarefa, que se apresente.
Olha que aqui não é tão ruim assim. Ainda tem uma galera que apoia.
Norberto, so se pode afirmar isso quem ja vivenciou as inumeras vezes em q nosso pais esteve a beira da falencia e acho q nao eh o seu caso. Nao se tratam de comentarios negativos, muito menos fofoca ou seja la o q for. A realidade e nua e crua, contra fatos nao existem argumentos ou sera q devemos tapar o sol c a peneira e continuar no faz de conta, contos de fada, continuar c mentiras, noticias plantadas, etc……meter o pau e so na sua cabeca , ao contrario, eu e outros c certeza so desejamos e lutamos para o melhor em nosso pais, coisa q infelizmente nao vem ocorrendo….entao pqe ser otimista neste momento……..responda se quiser ou puder…mas nao se iluda…isso vai perdurar por pelo menos mais uns 7 anos…em tempo……7 bi de deficit primario so em junho…o q vc acha q vai acontecer rapidinho…….nem se fala de pagamento dos juros……..o Brasil esta praticamente falido sob qualquer angulo q se olhe e nao resiste a uma analise melhor sob a otica da boa pratica contabil. Sds
Srs., trabalho na área de usinagem e calderaria desde 1986. Faço leitura e interpretação de desenho, abertura de ordens de serviço, descrevo a sequência de operações, especificação de matéria prima, tratamento térmico, solda, pintura, PPAP, FMEA, PFD, CCP, FAI, acompanhamento na produção, controle e inspeção final, ou seja, toda a etapa de construção de uma peça ou equipamento.
Vejo muitos criticando a transferência de tecnologia, ela é válida mas se ocorrer a continuidade das operações. Uma geração de trabalhadores compartilhando informações com outra geração de trabalhadores. Sou testemunha viva que mesmo com desenho, normas, procedimentos e demais documentos muitas vezes passados alguns anos a informação ajuda mas não resolve. Tem um elo nesta cadeia que não consideramos, o operador. Sabe aquele macete, uma pequena mudança na fixação, um pouquinho a mais de corrente, um a menos de avanço, a improvisação na execução que não é percebido, registrado ou passado para outro? Este pequeno detalhe é o que faz a diferença.
Estamos recebendo informações valiosas dos franceses? Acredito que sim. O mais valioso é o que está em quem fez, quem está fazendo e se vai haver continuidade na execução e repasse para próximas levas de trabalhadores, engenheiros, fornecedores, etc.
Perfeito.
É exatamente isso poorman, e isso só se consegue com continuidade, com novas encomendas, com plano de carreira para os funcionários, com salários em dia… tudo para que os trabalhadores desde o engenheiro até o cara que solda ou que passa fiação mantenham-se na empresa e repassem o conhecimento para os novos funcionários que forem chegando…
A pior coisa é igual vai acontecer na Helibrás… dois anos sem encomendas, a empresa atrasa salário, o pessoal esparrama, daí perdeu-se tudo que tinha conseguido…
Poormann, compartilho c sua experiencia pois tbm do ramo metalurico , formado em des maquinas e tec ferramentaria……….o pior eh q esta experiencia ja se perdeu a tempos , tinhamois pror exemplo uma Elerometal q ja detinha relativos conhecimentos em metalurgia para inumeros usos na area de blindagem e detinha know how proprio para isso, tinhamos tbm a acos Villares…..enfim…..ja nem me lembro de qtas destas empresas tinhamos aqui no pais e q se perderam no tempo por falta exclusivamente de encomendas……..a mao de obra duramente conquistada se perdeu neste caminho…enfim….seu comentario eh bem o resumo da atual situacao e novamente vai custar o olho da cara pra todos.
excelente trabalho e parabéns a Marinha, pois seu sonho e nosso também esta se realizando, mas enquanto isso a carruagem continua a passar,
Os críticos deveriam dar-se conta que não trata-se uma fábrica de Fênemês, e sim, submarinos! Contam-se nos dedos os países que os produzem! A pressa da Espanha levou a fabricar o submarino convencional mais moderno do mundo, mas, que não submerge (S80). A Marinha sabe que em termos de submarinos, o apressado come cru!
Graças a Deus nem tudo está perdido, o PROSUB permanece caminhando, ainda que lentamente, rumo a vitória… Aos que desdenham, tenham cuidado com o que dizem pois vocês e até mesmo seus filhos terão orgulho desta semente que estamos vendo germinar.
Se tudo isso se deu às custas de corrupção e lesão ao erário público, jamais ficarei orgulhoso amigo Topol…
Ok, direito seu…
Eu não desisti do Brasil, se pudesse expulsava todos esses ladrões do governo… Eles não representam o povo brasileiro, isso vai mudar…
Mesmo que estejam levando dinheiro sujo nessa obra, o que certamente estão, precisamos dos submarinos, do estaleiro e da base… precisamos do know how e iremos fazer essa máquina funcionar, pode ficar tranquilo quanto a isso Tireless…
Como todo processo adquirido já pronto, o que pode ser importante, e que talvez possa fazer falta, são as informações das evoluções de todas etapas nos testes de desenvolvimento do projeto Escorpene num todo, de cada um dos módulos. Não é informado se os dados dos processos de pesquisa de desenvolvimento estão sendo disponibilizados.
Tão importante quanto saber como fazer é saber também o porque não deve ser feito determinados processos, assim como os resultados dos testes, quando se tira também uma visão geral do potencial.
Uma informação importante são os dados estruturais para o aço HLES 100, em comparação ao HLES 80 (este último utilizado no Escorpene, se não houve alteração). Essas informações são importantes nos processos de alteração e aperfeiçoamento, assim como futuros projetos.
Também não é informado se ou de que forma o domínio do processamento e siderurgia desse aço está sendo transferido.
Vamos ver se isso vai sobreviver à Operação Lavajato, ainda mais agora que o dono da Odebrecht foi preso…..
Muita trovoada e pouca chuva como de costume a índia já lançou o seu o nosso era em 2016 mudaram a data para 2018 . Eu não ficaria surpreso se o submarino nuclear ficasse pronto primeiro.
A construção de um submarino é um processo complexo que demanda muito conhecimento e técnicos especializados. Sua construção é uma boa forma prática, “colocando a mão na massa”…De forma a dominar estes conhecimentos e formar mão de obra especializada e engenheiros navais capacitados nesta área.
Muito bom!
…………realmente se privilegia o inglês em detrimento do português que não aparece nem entre parênteses………….acredito que este sub saia….nem que a vaca tussa! faço fé!!
Tudo isto é muito estranho…
Não temos um navio para transportar material para o Haiti…
Mas estamos construindo um Submarino Nuclear…
Por falar em ” Submarino Nuclear Brasileiro ” , e o reator nuclear naval ??? Não se fala mais nele ?
Em um cenário hipotético de escalada de violência entre países, o mais fácil de conseguir nos preparativos de uma guerra é um navio de transporte e não um Submarino Nuclear. Priorizar o mais difícil em tempos de paz é questão de lógica básica!!!
Porque todo termo técnico tem que ser necessariamente em inglês? Isso dificulta a compreensão do texto. Não se trata de ser leigo, mas de usar um vocabulário desnecessariamente bonito, ao invés de objetivo.
No mais, cada etapa do processo é um desafio.
Verdade… soft patch, pré outfitting, roll out… acho que se colocar os nomes em inglês parece que é mais difícil de fazer e pode-se cobrar mais caro
Bem típico do Brasil. Muita propaganda e pouco submarino. Cada parafuso fabricado é um alarde enorme.
Mas ninguém fala que os submarinos estão atrasados, que vão atrasar ainda mais por falta de verbas, que somente um dos atuais submarinos que possuimos está de fato operacional.
Mas a base de submarinos de 007 está lá, quase pronta. Oque falta mesmo são um meros detalhes, faltam submarinos.
Com a comprovação de favorecimento das empreiteiras na Petrobrás, resta saber se o PROSUB não vai atrasar ainda mais, já que boa parte destas mesmas empreiteiras estão envolvidas no PROSUB.