A empresa francesa Dassault Systemes, especializada em soluções 3D para vários ramos da indústria, está disposta e colaborar com a Rússia na construção de um análogo do navio porta-helicópteros Mistral, informou o vice-presidente da Dassault Systemes para a indústria militar e aeroespacial, Michel Tellier.
A Dassault Systemes é uma das maiores empresas desenvolvedoras de soluções de design 3D para 12 setores da economia, nomeadamente para a indústria aeronáutica. Entre os clientes da Dassault Systemes estão a Boeing, Airbus, a Dassault Aviation (produtora dos caças franceses Rafale) e a empresa russa Sukhoi, que fabrica aviões militares. A Dassault Systemes também colabora com os estaleiros navais franceses DCNS, que recentemente construíram dois navios Mistral encomendados pela Rússia.
“De acordo com as nossas obrigações internacionais e de maneira a continuar o trabalho de 10 anos de parceria, estamos dispostos a propor as nossas mais modernas tecnologias e soluções na área da modelação naval 3D a uma empresa russa de construção naval e ser um valioso parceiro tecnológico em sua estratégia de desenvolvimento”, disse Michel Tellier respondendo a uma pergunta da RIA Novosti se a Dassault Systemes estaria pronta a ajudar a indústria naval russa com as suas tecnologias.
No entanto, Michel Tellier não quis responder à questão se a sua empresa participou ou não na projeção dos dois navios Mistral, embarcações que, devido à complexa situação geopolítica, a França se tem recusado a entregar à Rússia.
“A DCNS é nosso cliente em uma determinada área mas esta questão é confidencial”, disse o vice-presidente da Dassault Systemes esta segunda-feira na feira aeroespacial Paris Air Show-2015, em Le Bourget.
Moscou e Paris assinaram um acordo de US$ 1,3 bilhões para dois porta-helicópteros da classe Mistral em 2011. A entrega do primeiro navio à Rússia estava prevista para novembro de 2014, mas nunca aconteceu. O presidente francês, François Hollande, colocou a entrega em espera devido a alegada interferência russa na crise ucraniana. O Kremlin negou veementemente as acusações e exortou Paris a cumprir as suas obrigações contratuais.
O primeiro navio de desembarque, Vladivostok, deveria ter sido entregue pela França em 14 novembro de 2014. Já o segundo navio deveria ser entregue até o final de 2015.
FONTE: Sputniknews
colega Richard…o problema em si não seria a expertise que porventura falte à Rússia porque poderia mandar construir na China a qual está embalada construindo mais um Nae…..é certo que os chineses copiariam as plantas assim como copiaram os caças Sukhoi,no entanto, a China ,no momento é mais confiável que a França e valeria a pena pois ainda é o maior aliado russo…..porém parece que Putin iludiu-se com o Hollande,( fiel capachildo-mor de Obama na OTAN) e agora rumina o prejuízo de ter pago e não recebido os navios numa mostra clara de trairagem……é ate´possível que a Dassault,DCNS e outras firmas de armas francesas não tenham gostado da tramóia e estejam se “chegando” pra Rússia com “propostas”…..bem, o Putin acredite se quiser……Sds………..
Tenho muita simpatia tanto pelo Estados Unido como pelo Russos acho que as histórias da formação das duas sociedades fantásticas e muito parecidas, e fico me perguntando, a relação entre os dois países parecia ser muito cordial eu via até um emprenho de uma aproximação maior nas relações entre os Estados Unidos. Será que está compensando para a Russia manipular a situação na Ucrânia e bater de frente com o Ocidente, a Alemanha tentou conquistar a Europa por vias militares e se deu mau, após 80 anos conquistou e influenciou financeiramente da Europa inteira. Em minha opinião mesmo que a Ucrânia se torne membro da OTAN e estar localizada na fronteira com a Russia, ainda assim não seria um problema para os Russos, a história recente mostra isso, a maior potencia não consegue dominar países pequenos como Iraque e Afeganistão, quem dirá invadir e dominar um território do tamanho do Russo e mais de um país com o poderio bélico que tem.
Abs
mas nao se squeca q a dita Russia c territorio enorme, nao tem populacao q possa ocupa-lo regularmente ,. Q o digam os alemaes e tbm os franceses q tentaram ocupa-la, percebendo tardiamente q nao seria possivel manter milhoes de tropas nestes territorios (logistica). Nem Alexandre conseguiu isso por muito tempo…..a historia e rica nestes fatos do passado. Sds
Concordo,
Perder a Ucrânia foi um duro golpe na industria militar Russa.
…………………..a Rússia tem condições de projetar e construir um ou dois navios pra sua Marinha pra cobrir a falta dos Mistral…..se por acaso tiver as plantas daqueles, melhor ainda pois poderia até modificar o desenho ….estranha demais essa oferta da Dassault… os franceses parecem querer fazer os russos de “trouxas”….penso que o Putin, já “escaldado” da situação anterior, não entrará nessa…….
Caro Dilson
Desde a implosão da União Soviética, o “capital” intelectual da Russia se esvaiu muito, e o outro impecilho, os estaleiros capacitados estão alocados na Ucrania. Enfim, a Russia tem o expertise em construção de submarinos mas em navios de maior tonelada, acredito que terão a dificuldade de construir a partir do zero, vide que os maiores navios feitos para a marinha soviética eram feitos na Ucrania.
E um projeto desse porte demanda tempo e dinheiro.
Parece piada mesmo colega atirador 33…
Mas existe outra face nessa proposta que mostra que pode haver uma certa indigestão por parte das empresas fabricantes dos navios e dos sistemas a bordo para com a decisão do governo francês (leia-se governo americano) de não entregar os navios…
Essa é uma tentativa de mostrar aos russos que a decisão de não entregar os navios não partiu deles e sim por ordem superior, e assim quem sabe manter alguma coisa de contrato com os russos e evitar um prejuízo maior ainda… ou quem sabe pelo menos manter as relações
É muito complicado entender as relações entre os países, primeiro a França não entregam aos Russos os avios prontos, agora uma empresa francesa quer vender seus serviços de projeção desses mesmos meios.
É muita incoerência do governo francês que tem com a Dassault e a DCN um relação de quase estatal.
Se eu fosse os europeus, não cooperaria com o desenvolvimento de projetos de armamentos com os russos, pois eles poderão utiliza-los contra os europeus da OTAN.