Em 20 de abril, o estaleiro Damen deu uma prévia de sua segunda geração de Navios Patrulha Offshore (OPV), durante a conferência anual OPVs&Corvettes Asia Pacific em Cingapura. Piet van Rooij, diretor de Design & Proposal da Damen, explicou como que este novo OPV foi configurado para cumprir várias missões.
Esta nova geração de OPVs re-configuráveis da Damen é altamente eficiente e extremamente versátil. O casco, no já famoso e eficiente formato de machado da Damen foi usado para estes OPV segunda geração. Devido ao design do casco, estes navios demonstraram uma capacidade marinheira superior, incluindo excepcionais acelerações com baixas elevações. Isso faz com que a embarcação seja muito confortável, mesmo em estados de mar elevados. Uma vez que o casco é projetado para reduzir a resistência à água, os novos OPVs também são muito eficientes economicamente, consumindo menos combustível e capaz de atingir velocidades de até 25/26 nós.
Sua versatilidade foi reinventada baseada em três pontos, que são a nova ponte, hangar e o Multi-Mission Bay (MM Bay) na pôpa. O MM Bay pode ser equipado com módulos para missões tais como, contra pirataria, combate ao tráfico de drogas, guerra anti-mineração (AMW), busca e salvamento (SAR), e etc. O MM Bay também é equipado com um RHIB (barco inflável de casco rígido) de 9 metros, que pode ser lançado sobre uma rampa de lançamento através da parte traseira do navio enquanto o OPV está navegando. Nos navios de patrulha classe Holland para a marinha holandesa, este sistema já provou ser seguro em operações com condições de mar 5.
Ao contrário de outros OPV, o Centro de Comando e Controle (C2 Centre) está localizado logo atrás da ponte. Damen chama este o seu desenvolvimento de Multi-Mission Bridge (MM Bridge). Ambos os espaços podem ser separados por meio de uma parede deslizante cega. Os OPV são menos propensos a participar em situações de combate, tais como os enfrentados por uma fragata. Durante uma missão, ao abaixar a parede deslizante, a percepção da situação no Centro de Comando e Controle é melhorada, permitindo aos oficiais observar a situação com seus próprios olhos.
Van Rooij comentou: “Hoje os OPVs não entram em situações de combate frequentemente como as fragatas fazem, no entanto, a coordenação rápida e eficaz durante a ‘perseguição’ é essencial para um OPV.”
O Multi-Mission Hangar (MM Hangar) é capaz de armazenar um helicóptero de 11 toneladas e um UAV (veículo aéreo não tripulado), como o Boeing ScanEagle ou o Camcopter da Schiebel. O MM Hangar foi concebido de modo a que a tripulação do navio possa operar o helicóptero ou o UAV sem ter que mover um ou outro. Além disso, há espaço para armazenar peças de reposição e uma oficina tanto para o helicóptero como para o UAV.
Os novos OPVs de 2ª geração da Damen estão disponíveis em quatro tamanhos:
• 75 metros – 1.400 toneladas
• 85 metro- 1.800 toneladas
• 95 metro- 2.400 toneladas
• 103 metros – 2.600 toneladas
Navio Patrulha Stan Patrol 5009 (500 ton)
Além desses novos OPVs, a Damen também possui um modelo muito interessante de Navio de Patrulha com deslocamento de 500 toneladas. O Stan Patrol 5009 foi escolhido pela Marinha do Equador (2 unidades) e será construído localmente pelo estaleiro Astinave sob supervisão da Damen. Este modelo foi oferecido também à Marinha do Brasil pela Damen, e ficaria como na ilustração abaixo.
O modelo maior, de 103 m. e 2.600 ton. seria perfeito para a MB, mas….
Padilha, concordo com a seu último comentário, mas na atual conjuntura se saírem as classe Macaé em construção em um prazo aceitável já é lucro.
Abraço.
Lucro? Desculpe mas não concordo.
Lucro teríamos com um projeto moderno e com ToT.
Lucro teríamos com um estaleiro sério assumindo o contrato.
Lucro teríamos se nos associassemos com estaleiros sérios.
A realidade não preciso relatar.
Estamos chovendo no molhado….. não sei como não cansamos ainda… 🙁
Esse modelo de 500 ton. parece interessante. seria melhor que os Macaés?
Anos luz a frente. Este é um projeto moderno e atual.
O Macaé é um projeto de 40 anos atrás. Apesar do navio ser novo seu projeto não é.
A Emgepron pediu ao Centro de Projetos de Navios para desenvolver um novo Navio de Patrulha em 11 meses. E o mesmo será um Macaé improved.
Em minha opinião o caminho correto seria optar pelo modelo Stan Patrol 5009 da Damen (como o da ilustração) com construção local sob supervisão deles, como está sendo feito no Equador. Lá está ocorrendo ToT para o estaleiro equatoriano e eles terão um navio realmente moderno. Nós, eu já não sei
Pois é, até os equatorianos terão embarcações mais modernas que as nossas. Vamos torcer primeiro para o EISA concluir as 5 Macaés já encomendadas e que as Improved sejam melhores.
Os Bolivarianos tem suas OPVs prevendo a instalação de mísseis MM-40, entendo que estamos contratando torretas de 40mm para os NaPinhas prevendo telemetro ou diretoras, então com um belo e rápido navio desses não prever, um UPgrade para Corveta com Instalação dos MM-40, lançadores de chaff e flare e quiçá até um Simbad , seria um sacrilégio. Depois que os Hermanos dispararam aqueles dois Exocets desde uma praia perto de Porto Argentino naquela gambiarra montada toda a noite com caminhão Munk sobre um chassis de Unimog e mandarem o HMS Glanmorgan para casa, acredito muito em transformar OPV em meia Corveta…
Depois que os Argentinos disparam aqueles dois Exocets adaptados em chassis de UNIMOGs desde as praias de Porto Argentino, acho que OPV tendo velocidade e canhão de proa com diretora de tiro, porque não prever a instalação de MM-40? Not with but fitted to como as OPV bolivarianas. Pelo que entendi nossas novas contratações de torretas de 40mm dos Napinhas estão prevendo telemetria ou diretora de tiro. Eu gostaria de ter uma dupla de navios destes a frente da frota reabastecendo e rearmando os Linces. Seria numa emergência uma missão impossível dotar um navio destes de MM-40 com lançadores de chaff e flares e quiçá um Simbad?
Tem uma coisa que me angustia nesses últimos tempos, pois se observarmos a quantidade de notícias relacionadas aos OPVs, percebemos que caminhamos mais para ser uma Guarda Costeira do que para uma marinha de águas azuis. Obviamente o programa de submarinos, se e quando entregar cada um dos convencionais e o nuclear, será parte importante de uma marinha de guerra, mas como a parte das escoltas caminha para o esgotamento, ficaremos uma GC por alguns anos até que se invista realmente na espinha dorsal da esquadra.
Estou sozinho nessa impressão?
Sds o/
Infelizmente não.
uma pergunta, essas embarcações de patrulha poderiam receber algum armamento anti-navio ou anti-submarino em caso de conflito?
Que tipo de armamentos vc quer dizer?
misseis e torpedos
Entenda que esses navios não conseguiriam se aproximar de navios de guerra para que fossem eficientes.
Lançar torpedos anti submarino com qual sonar?
Mísseis com qual radar de direção de tiro?
Perceba que para colocar esses armamentos é preciso a instalação de sensores o que faria o preço disparar e neste caso é melhor uma corveta.
não estava pensando neles atuando sozinhos mas sim em rede com belonaves maiores que iluminariam os alvos