No final de Fevereiro de 2015 o ministro da Indústria da Defesa do Azerbaijão Yaver Jamalov disse em uma entrevista com o canal de TV ANS Baku, que o Azerbaijão está em negociações com empresa brasileira GESPI para a produção conjunta de mísseis anti-tanque.
“Num futuro próximo, os representantes da empresa virão para a próxima fase das negociações no Azerbaijão. Mas os resultados serão conhecidos em abril deste ano. O ministro da Defesa do Brasil convidou seu contraparte do Azerbaijão para participar de uma exposição internacional de armas, a ser realizada em abril, e lá serão assinados os documentos relevantes”, – disse Y.Jamalov
De acordo com o site azeri AZERBAIJANI ARMED FORCES (UTAG)., estamos falando do sistema de foguete manual descartavel ALAC, produzido pela GESPI.
A empresa privada GESPI é uma empresa brasileira com sede em São José dos Campos, fundada em 1974 e dedicada principalmente na produção de componentes e peças para aeronaves, bem como a reparação e manutenção de motores de aviões, mas nos últimos anos tem estado ativamente expandindo suas atividades no campo da produção militar. Em particular, a GESPI está envolvida na produção de munição, foguetes, sistemas eletrônicos, sistemas de segurança, alvos e reparação de barcos. Dos novos projetos da GESPI vale ressaltar a modernização de tanques leves SK-105A2S Kürassier para o Corpo de Fuzileiros Navais brasileiro. Desde 2012, 40% GESPI pertence ao famoso grupo de defesa israelense Rafael, que tem um acordo de parceria com outra empresa famosa controlada pela Rafael, a Dynamit Nobel Defesa.
O RPG ALAC (Arma Leve Anticarro) é um desenvolvimento da indústria militar brasileira e foi iniciado sobre as instruções do Exército Brasileiro no início de 1990, do Centro de Tecnologia do Exército (CTEx). O projeto tem sido repetidamente retrabalhado e ficou pronto, eventualmente, em 2006, quando foi delegado pelo CTEx para a empresa GESPI e para a Indústria de Material de Bélico do Brasil (IMBEL), eleitos para grande parte de sua produção.
Desde 2007, o ALAC passou por testes com modificações repetidas, sendo concluídas em fevereiro de 2014. Em seguida, o exército do Brasil emitiu para a GESPI e a IMBEL uma ordem para a entrega do primeiro lote de 180 desses RPGs.
No final de 2014, a mídia brasileira informou que as negociações sobre a exportação do ALAC estava bem encaminhada em quatro países – Um africano, dois do Oriente Médio, e um asiático (que seria, talvez, o Azerbaijão).
O fato é de que o RPG ALAC 84 milímetros é um análogo do já conhecido RPG Saab AT4 sueco, de mesmo calibre. Com um peso total de 7,5 kg o ALAC dispara granadas-foguete com ogiva HEAT pesando 2,4 kg, com poder de penetração em armadura homogênea de mais de 300 mm. O comprimento do tubo de transporte-lançamento é de 1.020 milímetros. De acordo com a empresa, a granada percorreria até 300 m, levando 1,5 segundos para percorrer essa distância.
FONTE:Bmpd
Sem querer ser preciosista, mas já o sendo, o ALAC adota o princípio do “canhão sem recuo” e não de uma “granada autopropulsada por foguete”.
Apesar de na prática dar no mesmo, saber a diferença interessa aos “puristas” (chatos) como eu. rsrsrssss
No primeiro caso uma carga de projeção, que faz parte do tubo, deflagra e “empurra” a granada pelo tubo, havendo a emissão do sopro pela outra extremidade, o que estabiliza a arma e compensa o recuo.
No segundo caso, a granada é autopropulsada por um foguete (a carga de projeção está afixado à granada, e não ao tubo) que consome seu propelente antes dela sair pela boca do tubo de modo a não ferir o atirador. Como a arma é autopropulsada, não há recuo.
qual dos dois tipos apresenta melhor desempenho?
Pedro,
Acho que não faz diferença. Os dois conceitos são capazes de levar uma ogiva portátil à distância requerida para esse tipo de arma que gira em torno de 300 a 500 metros.
Vale salientar que se for requerido um alcance maior, seria necessário um motor foguete adicional que seria acionado já com a granada em voo, o que prejudica a precisão (ex: RPG-7), salvo se for combinado com um sistema de estabilização giroscópica (ex: NLAW, Spike SR, FGM-172 Predator, etc.).
Só de curiosidade, há um terceiro “conceito” usado nesse tipo de arma, que se soma ao “foguete” e ao “canhão sem recuo”, que é o sistema de “contra-massa” (usado por exemplo no “MATADOR”), onde uma massa equivalente à da granada é lançada em direção contrária, massa essa composta geralmente de flocos plásticos, que aprontam uma sujeira no local do disparo, rsrsrs, mas elimina o recuo e reduz o sopro.
Um abraço.
Engraçado o possível diálogo:
– Nós queremos o ALAC e ToT irrestrita, e queremos uma fábrica aqui no Azerbaijão, com mão-de-obra nativa, para não dependermos dos estrangeiros.
– Tot não!!!! Nós brasileiros queremos ToT em tudo, mas não entregamos nossa tecnologia bélica a ninguém, ela é estratégica, nossa tecnologia é avançadíssima, levamos décadas copiando o AT4, desmontando e refazendo tudo, gastamos centenas de milhões de reais com pirataria, vocês que comprem de prateleira!!!!
180 no primeiro lote. Virão outros lotes
tem mais informações dessa arma, eu gostaria muito de ver vídeos mostrando esse “bicho” trabalhando!!
no youtube tem video, no site cetex tbm
180? Deveria ser arma de defesa aproximada contra viaturas blindadas e ponto fortificado para cada GC ou no máximo a cada 4 GC´s …. Ou estou falando besteira! Tratando-se de senário moderno! deveria não deveria!
Ainda é capaz de comprarmos de volta eles montados do Azerbaijão…não duvido nada…
Pois com 180 “AquiElesNãoEstão” …. kkkkk
Cenário … o dedão! Desculpem.
justo…so 180…mas nao esqueca q serao fabricados e montados aqui mesmo, nao dependendo de terceiros fora do Brasil. Entao e pelo fatop das contingencias atuais e futuras nao tem pqe comprar e manter um estoque tao elevado……..pra brincar um pouco ate q eesta bom……mas c certeza para ou diante de um conflito iminente isso eh merreca………mas ja eh um comeco……da pra arrebentar alguns veiculos de infantaria mas nao p um tqe moderno…enfim….
esse lote de 180 deve ir pra instrução, creio eu, mas acho que um estoque deveria ser feito e a arma ser difundida pela tropa
Apesar do tempo q levou para ser concluido, nao deixa de ser uma boa aquisicao para o EB. O q nao pode eh deixar de evoluir.