Por Sérgio Barreto Motta
Em 2012, a presidente Dilma criou, com ótimas intenções, o sistema de Empresas Estratégicas de Defesa (EEDs). No entanto, o mercado é dinâmico e o que se observa é que a desnacionalização do setor ainda não foi revertida. Segundo especialistas, isso tende a continuar agora, na depressão brasileira. O Ministério Público está mais atento ao caso Petrobras, mas com um olho no ramo da defesa. Os promotores ficaram de orelha em pé ao saberem que, na venda de 36 caças ao Brasil, todos os candidatos tinham como uma das supridoras locais a AEL Sistemas, tradicional fornecedora da Embraer. Não só a vencedora, a sueca Saab, como a francesa Dassault e a norte-americana Boeing citavam a AEL como fornecedora.
A AEL é da gigante israelense Elbit, com 25% de participação da brasileira Embraer. AEL, Embraer e Avibrás são donas da Harpia, também uma Empresa Estratégica de Defesa (EED). A Elbit igualmente possui as ex-brasileiras Ares Aeroespacial e Periscópio Equipamentos. Outra israelense, a IAI, já tem 40% da brasileira Iacit, de equipamentos para tráfego aéreo e marítimo. A israelense Rafael Advanced Defense System controla 40% da Gespi Aeronáutica. A italiana Iveco fornece os blindados do Exército. A norueguesa Siem Consub supre os sistemas computadorizados da Marinha. O governo bem que tentou fortalecer o capital nacional, mas a força estrangeira é ponderável, até nas EEDs. Os cortes no orçamento estão atingindo diretamente as nacionais, que têm menor porte para resistir. Com a palavra, o ministro da Defesa, Jacques Wagner, que poderá tentar alguma cartada para evitar essa desnacionalização gradual.
De 14 a 17 de abril, o Rio receberá a maior feira do setor da América Latina, a décima edição da Laad Defence & Security, com 700 expositores nacionais e estrangeiros. O diretor da feira, Sergio Jardim, informa que o Brasil concentrou, nos últimos anos, nada menos de 41,2% dos investimentos militares da América Latina, o que é expressivo. Segundo Jardim, o lançamento da Estratégia Nacional de Defesa (END) ressaltou a necessidade de modernização e reaparelhamento das Forças Armadas do Brasil, por meio de projetos estratégicos. Em 2013, vieram à Laad 128 delegações oficiais de 61 países e, para este ano, a perspectiva é maior. Em meio aos esperados 40 mil visitantes há ministros da Defesa de importantes países, que às vezes optam pelo anonimato, para melhor poder escolher suas armas, no complexo jogo das estratégias militares. Um seminário paralelo ao evento abordará os projetos estratégicos da Marinha, do Exército e da Força Aérea, a guerra eletrônica e o papel das instituições de fomento na indústria brasileira de defesa.
FONTE: Monitor Mercantil
as empresas brasileira de defesa deveriam ter regras especiais de relações com empresas do mesmo ramo estrangeiras ….. empresas comuns produzem e comercializam juntas por exemplo numa “joint-venture” porém mesmo não ocorre numa “aquisição” onde a empresa compradora decide como o que fazer com os produtos da empresa adquirida e o que estes representam para a defesa do país da empresa comprada …O Governo ao criar as EED deveria ter traçado regras mais claras concernentes à produção de armas para a Defesa nacional às empresas que as fabricam..venda de empresas que produzem tecnologia de armamento é o mesmo que dar sôco em ponta de faca…. tecnologia brasileira deve ser para o Brasil!!..
Esse Governo acabou com a industria nacional em geral, esta mais que comprovado, essa conversa de desenvolvimento nacional de material bélico e so pra ter apoio popular , porque não existe nenhum incentivo real a industria nacional, a própria embrear que nasceu com dinheiro do governo agora nada mais e que uma montadora de pecas americanas, ate a matéria prima e importada, tudo lorota política pra desviar dinheiro. Falo com toda certeza pois minha vida toda trabalhei com nacionalização ( ENGESA, CAB SP, CELOG, ).E meu pai desde 1940 trabalhou na FAB.
Não foi esse governo que acabou com a indústria nacional. Foram todos os governos civis, após 1985. Destes os que mais desnacionalizaram a indústria brasileira foram : o fernando color e o fernando henrique cardoso. Um acabou com a reserva de mercado, e outro vendeu subfaturado as nossa Grandes Estatais. Historicamente só o agronegócio , tem dinheiro a juros baixíssimos, a indústria não. Assim jamais seremos um País industrializado.
O BRASIL é um país que exporta commodities, ou seja vende matéria prima que um dia acabará, e o país ficara em uma miséria maior, pois não gerou tecnologias próprias que agregariam valor as commodities !
Uma nação inteligente tenta sempre ser o mais independente possível,protege sua indústria,copia, rouba tecnologia,busca no mercado negro,mas sempre busca a autossuficiência mas aqui é diferente,vamos ficar igual Portugal essa é a verdade !
Acredito ser importante a parceria estratégica, para obtenção de novas tecnologias, mas estamos vendo que a capacidade da indústria nacional, tem muitas diculdades para absorver a grande quantidade de projetos que se fazem necessários.
Vou dar um exemplo, com o Presuper, falta escala, economicamente fica inviável, fazer um ou dois navios, como um NAe, ou um navio anfibio, e depois ficar 30 anos sem fazer um equivalente.
Nao vejo problema nenhum em estrangeiros acho ate bom unica coisa que na minha opniao seria bom é nacionalizar projetos como o sisfron eo sisgaaz assim como a fabricação de satelites o resto é investir no que ja temos como a avibras ao inves de focar em reiventar a roda como o prosub e outras tecnologias que agente ainda nao tem
O BRASIL concentrou 41% dos investimentos militares da América Latina nos últimos anos, e ainda esta capengando desse jeito ?
Falaram que iam revitalizar a indústria bélica nacional,mas era tudo lorota estão é comprando tudo de empresas estrangeiras, não estão dando chances nenhuma as empresas nacionais !
Há um tempo atrás uma empresa brasileira em conjunto com universidades desenvolveu um projeto para modernizar os blindado M-113 , o projeto culminou em em sucesso, mas estranhamente o exército contratou sem licitação uma empresa dos EUA, para que fosse feito a modernização desses carros !
Ai fica a pergunta como iremos ser autossuficientes agindo desse jeito ?
Suponha que dos 100% dos recursos disponibilizados para defesa dentro da AL o Brasil efetiva 41%. No entanto dentro dos 100% dos recursos das Forças Brasileiras muito pouco é para investimento em equipamentos, cerca de 90% folha de pagamento de ativos e inativos/pencionistas, 7% manutenção dos meios existentes e 3% equipamento novo, parece conta de padaria mais esclarece muita coisa!! enfim e melhor rir do que chorar xD .
um abraço!
O problema eh que o governo brasileiro só paga o que deve ao estrangeiro, pois olha o que aconteceu com Avibras. Por outro lado,é melhor ter uma participação de estrangeiro do que ser vendida por completo. A participação estrangeira traz dinheiro e tecnologia, podendo-se sustentar a empresas com outros produtos fabricados. As estrangeiras, pode perceber, geralmente são holdings, enquanto que as brasileiras só possuem um produto e medo de investir devido ao atrasos do governo e sua falta de cumprir compromissos/promessas.