Órgãos dos dois países vão trabalhar juntos para avaliar a operação dos jatos
O Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), órgão do Comando da Aeronáutica, recebeu a visita, entre os dias 10 e 12 deste mês, da FLYGI, a autoridade militar de aeronavegabilidade da Suécia. O objetivo foi traçar planos para a certificação dos caças Gripen NG, futuras aeronaves de combate das forças aéreas dos dois países.
O IFI e o FLYGI apresentaram suas regras, regulamentos e formas de trabalho, de modo a permitir o reconhecimento mútuo de atividades relacionadas à certificação e à garantia da qualidade de produtos aeronáuticos. Foram discutidos os tópicos de um acordo bilateral a ser assinado entre as duas instituições.
“Espera-se que o acordo permita o reconhecimento mútuo das atividades e até trabalhos conjuntos entre o Brasil e a Suécia, tanto durante a certificação e produção, quanto na fase de operação das aeronaves”, explicou o assessor técnico do IFI, Tenente-Coronel José Renato de Araújo Costa. Também estiveram presentes Klas Johnson, diretor da FLYGI, e Magnus Johaness, responsável pela certificação da aeronave Gripen NG na Suécia.
A maior aproximação entre as autoridades militares de certificação dos dois países evitará repetições desnecessárias de atividades. Além disso, o acordo em negociação servirá de base para incorporar a certificação de outros projetos e aquisições, caso futuramente sejam assinados outros contratos de aquisição de aeronaves militares envolvendo as duas nações.
No dia 24 de outubro, o Comando da Aeronáutica assinou com a empresa sueca SAAB o contrato para a aquisição de 36 aeronaves Gripen NG.
FONTE: FAB
Eu acho muito adequado que as autoridades certificadoras brasileiras e suecas busquem esta sinergia já que o Brasil decidiu adquir um caça cujo o primeiro protótipo sueco só voará em 2016 e o primeiro Gripen E de produção para a Suécia só estará disponível no final de 2018 se todas as coisas sairem EXATAMENTE como previsto. O que quase sempre não ocorre…
Considerando que a COPAC ainda especificou substanciosas modificações no projeto para o Gripen E-BR qualquer previsão de recebimento operacional do primeiro caça F-X2 numa base aérea do Comando da Aeronáutica (Anápolis) é uma ação ACHOlógica com pouca lógica e muita esperança e crença na competência sueco-brasileira…
Oremos… COM FERVOR…. Quem sabe daqui a 6 ou 7 anos…. Rola uma aterrisagem…
Para mim a Embraer tem capacidade de sobra de absorver tecnologia, pois se até os Indianos dizem ter absorvido a tecnologia do PAK FA , por que a Embraer não vai absorver a tecnologia do Gripen Ng que é bem menos tecnológico que o PAK FA ?
Amigos,
Acho que estão continuando um trabalho que já começou há muito.
Durante a época do processo de seleção do F-X2, já existiam documentos sobre o assunto, como os requisitos da FAB e a oferta de cada participante.
Reuniões sobre o assunto foram certamente foram realizadas durante as fases “face-to-face” (no Brasil) e “visitas técnicas” (nos países ofertantes).
Como as definições dessa campanha de certificação tem grande impacto financeiro no Projeto (requisitos de controle de qualidade, documentação, ensaios no solo, ensaios em voo, por exemplo), tenho certeza que o assunto já foi tratado profundamente durante a negociação do contrato com a SAAB e provavelmente também com a Embraer.
Então, essa recente visita citada no artigo deve ser um detalhamento do que já havia sido tratado e contratado no passado. Se não for isso, podemos esperar por um atraso e aumento de custos no projeto.
Abraços,
Justin
Depois que o KC -390 voou dentro do prazo previsto no cronograma, acho que não haverá atrasos significativos no cronograma dos Gripen NG.
Olá, Aurélio.
É verdade. Quando há vontade política e os recursos são atribuídos a tempo, os projetos andam.
Mas o voo do protótipo é apenas um passo inicial. Há muito o que fazer para comprovar que o desempenho do KC-390 vai alcançar o que está contratualmente previsto.
Por outro lado, a certificação do Gripen NG tem alguns aspectos diferentes.
O primeiro é a negociação entre três partes. Brasil, Suécia (incluindo SAAB) e Embraer. A Embraer tem suas formalidades para “garantir qualidade”, principalmente quando tem que assumir responsabilidades sobre tarefas efetuadas pelos outros.
Quanto às regras de certificação adotadas pelos diferentes países, essas são bastante uniformes quando tratam de aeronaves destinadas ao mercado civil.
Para aeronaves militares, alguns países são mais rígidos, outros, mais flexíveis.
Mesmo com regras de padrões equivalentes, as agências certificadoras muitas vezes divergem quando o assunto é certificar por “similaridade” com projetos anteriores. É difícil concordar o que pode ser aceito, no Gripen NG, por já ter sido certificado em versões anteriores. Do mesmo modo, se houver um Gripen naval, será difícil concordar quanto ao que poderá ser “aproveitado” da certificação da versão de operação a partir de terra. Muita gente empurra para uma certificação mais completa, pricipalmente aqueles que têm menor interesse em encurtar prazos e custos.
Abraço,
Justin
Tomara que a embraer aprenda alguma coisa é n atrase o projeto
Somente uma palavra: Sinergia.