O míssil ar-ar A-Darter da Denel passou por críticos testes em voo guiado nas últimas semanas e a produção deste sistema de mísseis de quinta geração está previsto para começar antes do final de 2015.
O A-Darter, um produto de colaboração entre a indústria de defesa do Brasil e Sul-Africana, estará em exibição na Exposição Internacional de Defesa e Conferência (IDEX 2015) em Abu Dhabi no final deste mês.
Riaz Saloojee, chefe do executivo da DENEL, está confiante que o A-Darter será um líder global em sua classe quando entrar em serviço nos próximos 18 meses.
O A-Darter foi projetado para enfrentar os desafios do futuro combate aéreo contra caças de última geração em um ambiente hostil de contra-medida eletrônicas (ECM). O projeto é da Denel Dynamics, a divisão do grupo responsável pelos sistemas de tecnologia avançada nos ambientes de mísseis e de UAV.
A participação da Denel na IDEX de 22 a 26 de fevereiro, voltará a demonstrar a qualidade e variedade de seus sistemas de armas guiadas de precisão para uma audiência global, especialmente nas regiões importantes do Médio Oriente e Norte de África, disse a empresa.
Componentes para o míssil são fabricados na África do Sul e no Brasil e a Denel Dynamics é a Original Equipment Manufacturer. O Brasil já investiu 300 milhões de reais no projeto, metade dos quais tem ido para as empresas brasileiras, como a Mectron, Avibrás e Optoelectronics, que têm trabalhado com a Denel Dynamics no projeto desde 2006. Um dos principais motivos do Brasil se envolver no projeto é a transferência de tecnologia, e engenheiros brasileiros têm vindo a trabalhar em estreita colaboração com os da África do Sul.
Testes de integração do A-Darter no JAS 39 Gripen usado pela Força Aérea Sul Africana já foi feito, e ele vai, no futuro, também ser integrado no Gripen NG, que serão entregues para a Força Aérea Brasileira em 2018.
O A-Darter é destinado a ser instalado em ambas as aeronaves da Força Aérea Sul-Africano, o Gripen e o Hawk. Fala-se também de integrar o míssil no AMX do Brasil. O Brasil irá inicialmente comprar uma centena de mísseis para seus Gripens, como parte de uma produção inicial de cerca de 250 mísseis.
Além da utilização pelas forças aéreas do Brasil e Sul-Africana, o A-Darter também será oferecido para exportação, com as vendas sendo compartilhadas com a Força Aérea Brasileira, disse o coronel Júlio César Cardoso Tavares, gerente do projeto A-Darter no Brasil.
O projeto de mísseis sem asas envolve um processo de integração de baixo risco em aeronaves de geração mais recentes e mais antigas. A Denel Dynamics pode ser contratada para a integração de mísseis na plataforma de escolha do cliente, fazendo do A-Darter uma solução de custo eficaz.
A agilidade do míssil lhe permita lidar com situações de combate a curta distância com facilidade, e também dispõe de capacidade lock-on após lançamento e memória de rastreamento. Entre suas características estão as capacidades de processamento digital avançado para garantir um melhor desempenho em termos de detecção de imagem, rejeição de alvo falso, contra-medidas eletrônicas, orientação e controle.
A Força Aérea Brasileira disse que o A-Darter é dez vezes mais manobrável do que um avião de caça, capaz de realizar manobras que geram até 100 g, enquanto a maioria dos aviões de combate modernos só pode suportar cerca de 9 g. Medindo 2,98 metros de comprimento e pesando 90 kg, o novo míssil é notável por causa da ausência das pequenas asas utilizadas para controle, no lugar delas o A-Darter é capaz de dirigir o seu motor de foguete. O alcance máximo é de 12 km, de acordo com a Força Aérea Brasileira.
“Heat-seeking, o A-Darter tem um sistema de orientação tão sensível que após o seu lançamento pode fazer uma curva acentuada e atingir alvos. Hoje, mísseis de quarta geração podem atingir alvos que são, na melhor das hipóteses, próximos do avião lançador. O sensor de orientação também pode “ver” mais da faixa de frequências do infravermelho, e, assim, evitar ser enganado por flares , isca incandescente usada para confundir mísseis “, disse Tavares.
Após o sucesso do projeto A-Darter, Brasil e África do Sul planejam continuar a colaborar no desenvolvimento de mísseis ar-ar all-weather Marlin, com 100 km de alcance guiado por radar, que será um míssil superfície-ar (SAM), que poderá ser usado pelos Marinhas Sul Africano e brasileiras.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval
FONTE: Defenceweb
Quero muito ver o Gripen E voando armado com A-Darter e Meteor + apoio do KC-390 e do E-99 modernizado… 🙂
Que ótima notícia sobre o desenvolvimento conjunto do míssil ar-ar BVR Marlin,que terá versões terra-ar naval e terrestre. Já fico imaginando o míssil Marlin sendo usando pela FAB,MB e o EB. Espero que esse desenvolvimento seja bem rápido e que se desenvolva uma versão naval do radar Saber M-200 para integração com o Marlin dando as futuras fragatas da MB uma defesa de área de 100 km e vislumbro também sendo usado pelo EB na plataforma Astros 2020 para defesa anti-aérea de longo alcance.
Afinal,o “marlin” será um míssil ar-ar ou terra-ar?
iRAN,
O míssil Marlin é ar-ar BVR e terá versões terra-ar naval e terrestre ai pode possivelmente ser adotado pelo EB também.
Terra-ar…
Fred,
Em alguns sites se fala que ele é ar-ar e terá versões terra-ar e em outros sites diz que é terra-ar mais vamos esperar mais adiante para saber mais notícias sobre o Marlin
É possível, uma família de mísseis…Neste caso não seria “míssil”, más sim “programa” Marlin…
http://www.janes.com/article/43439/marlin-nears-first-test-aad143
http://www.engineeringnews.co.za/article/new-sa-missile-technology-development-project-2013-04-10
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Esta é a primeira “confirmação” da participação brasileira no Marlin que é uma ótima notícia, mas que vai contra tudo que a MB tem noticiado sobre vetor naval anti-aéreo.
Adotar o Marlin na FAB é até óbvio e esperado pelo sucesso do A-Darter quanto ao uso na MB acho que ainda precisa de uma confirmação melhor…
Espero que esse ultimo paragrafo seja verdade.
O Brasil não pode parar . . . . . .
Gostei da notícia, especialmente do último parágrafo!!!