Por Sergio Lamucci
Os EUA parecem ter continuado a espionar a presidente Dilma Rousseff, mesmo depois de deixarem de monitorar as conversas de vários outros líderes estrangeiros, segundo o jornal “The New York Times”. Em 2013, a presidente Dilma Rousseff adiou uma visita de Estado a Washington, marcada para outubro daquele ano, justamente devido às informações de que ela e a Petrobras tinham sido espionadas pela Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês). Nos últimos meses, o clima entre os dois países melhorou, e os EUA fizeram um novo convite para Dilma visitar o país neste ano.
O governo americano não comentou as informações do “NYT” até o fechamento desta edição. Uma fonte diplomática brasileira indicou não ter nenhum comentário a fazer neste momento.
Em reportagem publicada ontem, o jornal lembra que o presidente Barack Obama “ordenou publicamente o fim do monitoramento da chanceler da Alemanha, Angela Merkel”, na esteira da crise causada pelas denúncias sobre a atuação da NSA. “Obama nunca disse quem, além de Merkel, foi retirado da lista de líderes estrangeiros cujas conversas são monitoradas, mas pareceu que os programas no México e no Brasil continuaram, enquanto várias dezenas de lideres foram removidos”, afirma o texto, sem dar mais detalhes.
Segundo o “NYT, um alto funcionário do governo disse que “há agora um processo em curso que o Conselho Nacional de Segurança conduz”. No entanto, continua o jornal, os resultados desse processo, especialmente os nomes dos líderes que o país continua a monitorar, “permanecerão secretos”.
Quando surgiram as denúncias de que a NSA havia espionado Dilma e a Petrobras, as relações entre os dois países esfriaram bastante. Aos poucos, houve uma reaproximação. Em outubro do ano passado, saiu a solução do contencioso do algodão, que se arrastava havia 12 anos. Para confirmar os avanços, houve duas visitas do vice- presidente Joe Biden ao Brasil, uma em junho do ano passado, durante a Copa do Mundo, e outra na posse de Dilma, em janeiro deste ano. Biden reforçou o convite para uma nova visita de Estado em 2015.
A expectativa, por enquanto, é que Dilma visite os EUA possivelmente no terceiro trimestre deste ano, com os dois governos trabalhando nos próximos meses para que haja uma agenda mais robusta a ser anunciada. É prematuro avaliar se a reportagem do “NYT” terá algum impacto sobre a relação entre os dois países, até pela falta de mais detalhes sobre o caso.
Ontem, o governo americano anunciou algumas mudanças nas regras sobre as atividades dos organismos de inteligência. Informações privadas sobre cidadãos americanos que não sejam relevantes para a segurança nacional devem ser apagadas, assim como dados coletados sobre estrangeiros da mesma natureza devem ser excluídos depois de cinco anos.
Há um ano, Obama anunciou uma revisão das atividades da NSA, destacando que os EUA não iriam monitorar comunicações de chefes de Estado e governo “de nossos amigos e aliados próximos”, a não ser que houvesse “um motivo convincente de segurança nacional”.
O anúncio de alterações nas práticas de inteligência do governo americano ocorre uma semana antes da visita de Merkel aos EUA.
FONTE: Valor
O governo federal deveria implantar, pelo menos na área do Palácio do Planalto e Esplanada dos Ministérios, o sistema militar de comunicações por rádio seguro. Poderia compor um sistema dual de comunicações: Por telefone e quando necessário, por rádio seguro.
Com tecnologia totalmente nacional, utilizando saltos de frequência e criptografia, o ‘Rádio Definido por
Software de Defesa’ já está em avançado estado de desenvolvimento pelo CTEX/DCT e outras instituições de P&D.
Ao final de 2015, será testado o primeiro protótipo, tendo como propósito contribuir para a interoperabilidade das comunicações rádio seguras das Forças Armadas brasileiras.
Do jeito que estão as coisas por aqui, nem me incomodo com isso … e façam o favor de passar as informações para o judiciário e ministério público brasileiros.
Ingenuo seria o Estado Brasileiro de acreditar nas palavras de Obama,essas escutas não atingem a pessoa civil Dilma Rusself como alguns acreditam,mas sim o BRASIL e seu futuro como nação !
Cabe o BRASIL se precaver,e esse é o momento certo, já que a China propõe ao nosso país um acordo envolvendo tecnologias cibernéticas ,que poderiam muito bem mitigar a espionagem de nossos “aliados“ para conosco !
Cesar,
Esse tipo de tecnologia não se desenvolve com terceiros… Quem quer, tem que desenvolver por si mesmo, não importanto o quão caro fique e leve o tempo que levar…
Sim,mas vamos ver oque os chineses tem a oferecer,talvez agregue ao que já temos!
César,
Realmente não duvido que os chineses tenham muito domínio dessa tecnologia; e não resta dúvidas que poderiam contribuir de forma real. Contudo, no que diz respeito a comunicações seguras, essa é uma área simplesmente vital, que não pode admitir a participação de qualquer terceiro. Qualquer hardware e software tem que ser desenvolvido por mãos exclusivamente locais, com os recursos que temos. Pelo menos, entendo que tem que ser assim para se preservar a segurança.
Saudações!
_RR_
Concordo com você. Mas infelizmente no Brasil não temos engenheiros e nem técnicos capazes de desenvolver um sistema de telecomunicações confiáveis.
Caro Aurélio,
Essas empresas existem. O que falta é o incentivo financeiro para se fazer. Vide os trabalhos no Link BR2, que são uma amostra do que pode ser feito, se esse conhecimento for aplicado em um sistema mais abrangente.