A espanhola Navantia deverá auxiliar o Synergy Group, do empresário Germán Efromovich, a melhorar a performance de dois estaleiros do grupo no Brasil: o Estaleiro Ilha S.A (EISA), do Rio, e o EISA Petro 1, de Niterói (RJ). A Navantia é uma empresa pública pertencente à Sociedade Estatal de Participações Industriais (SEPI) e reúne um conjunto de estaleiros no mar Mediterrâneo e no Oceano Atlântico, na Espanha. A assessoria técnica da Navantia será importante para os estaleiros do Synergy aumentarem a produtividade e conseguirem entregar as obras no prazo e no custo acordado com os clientes. O EISA, por exemplo, ficou parado por mais de dois meses este ano e retomou as operações em outubro definindo um novo cronograma de entrega para os navios de seu principal cliente, a Log-In.
O novo presidente do EISA, Diego Salgado, disse ontem que a parceria com os espanhóis busca atender encomendas da Marinha do Brasil, mas existe também a intenção de desenvolver o acordo para outros contratos. Salgado disse que há um contrato de consultoria com a Navantia, válido por dez meses, que prevê que equipes de engenheiros da Espanha trabalhem no estaleiro para melhorar a performance, a qualidade e o cumprimento dos prazos com a Marinha. O EISA, afirmou, tem contrato com a Marinha para construir cinco navios-patrulha de 500 toneladas.
Navantia e Synergy anunciaram, em abril, acordo para atuarem juntas na área de defesa, no Brasil. As duas empresas assinaram memorando de entendimento com o objetivo de criar uma Empresa Estratégica de Defesa (EED). O acordo busca combinar a tecnologia dos espanhóis em construção naval militar com a capacidade de construção do Synergy Group. A ideia é ser um fornecedor de referência da Marinha do Brasil. Segundo Salgado, a assistência técnica da Navantia pode ser estendida para outros navios na carteira do EISA, caso dos navios de contêineres encomendados pela Log-In. O Valor não conseguiu contato com a Navantia no Brasil.
Vital Jorge Lopes, presidente da Log-In, elogiou o acordo feito pelo estaleiro com a Navantia. Para a Log-In, é importante que o estaleiro consiga cumprir os novos prazos com os quais se comprometeu. Log-In e EISA assinaram, no fim de novembro, aditivo ao contrato original para concluir quatro navios em atraso no estaleiro (três de contêineres e um de bauxita). A Log-In terá de fazer investimentos adicionais de R$ 74,5 milhões para concluir os navios. O novo cronograma definido por Log-In e EISA prevê a entrega dos navios entre outubro de 2015 e outubro de 2017.
A Navantia deverá dar suporte ao Eisa e ao Eisa Petro 1 na revisão de processos com o objetivo de melhorar índices de produtividade e reduzir ineficiências na construção de navios. No caso do EISA, depois de ficar mais de 60 dias parado, o estaleiro retomou as operações em 25 de outubro graças a um empréstimo internacional de US$ 120 milhões, sendo que uma parte dos recursos ainda não foi liberada. O estaleiro vinha tendo desempenhos irregulares em termos de produtividade, medida por um indicador que considera homem-hora por tonelada. O índice apresentou melhorias, disse Salgado, ontem, em apresentação a um grupo de investidores no estaleiro. O executivo afirmou que o índice de reparação de soldas em blocos de aço que formam os navios caiu, o que também é um bom sinal.
Salgado disse que o EISA está em tratativas para chegar a acordos com outros clientes, incluindo as empresas Brasil Supply, Swire e Astromarítima. Se chegar a bom termo nessas discussões, o EISA deverá garantir carteira de construção de 17 embarcações. O número inclui os navios-patrulha da Marinha, as unidades da Log-In e navios de apoio às atividades da indústria de petróleo para outros clientes.
Essa carteira em construção deve assegurar um faturamento entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões por ano em 2015 e 2016, disse Salgado. Mas para manter essa receita a partir de 2017 o estaleiro precisará correr atrás de novos contratos já a partir de 2015. Segundo Salgado, o EISA deve receber R$ 35 milhões em investimentos até 2017 para modernizar a sua planta industrial.
FONTE: Valor Econômico por Francisco Góes
Apenas como curiosidade…a Navantia também assinou um
contrato com a US Navy de manutenção dos 4 DDGs classe
Arleigh Burke que ficarão permanentemente baseados em
Rota Espanha…2 já estão lá e outros 2 seguirão em 2015.
Isso reforça ainda mais o prestígio da Navantia.
Complementando a info do Dalton: http://www.defesaaereanaval.com.br/navantia-e-us-navy-assinam-contrato-para-a-manutencao-de-quatro-arleigh-burke/
Sabemos o que queremos, agora vamos buscar, tudo tem seu tempo. Só não podemos demorar.
Pois é Samuel, porém, contudo, entretanto, nossa indústria naval só veio se recuperar nos últimos 10 anos, quando depois de quase vendida a Petrobras, sem o “x” no final, voltou a dar condições da indústria naval se reerguer … havia pessoal especializado, mais se foi … os estaleiros de outrora agora estão voltando … vamos ter que esperar mais um pouco, fortalecer a indústria naval, ter especialistas formados novamente para depois sim, pensar no reaparelhamento da nossa MB … estamos indo, com o Prosub e vamos muito mais … temos que esperar …
falta educação
Um país que quer construir submarino nuclear reformar porta-aviões 35000 toneladas não consegue ter estaleiro competente para gerenciar e construir um navio patrulha 500t , tá faltando seriedade ,honestidade ,capacidade entre outras coisas mais as nossas autoridades quanto a nossa defesa e segurança, precisamos investir em capacitação gerenciamento humano e tecnologia se não cada dia ficamos mais para trás no mundo.