Brasília, 02/09/2014 – Uma delegação de executivos da indústria de Defesa da África do Sul, acompanhados de autoridades estatais, visita o Brasil ao longo da semana para conhecer a base industrial de defesa nacional, prospectar novos negócios e aprofundar parcerias bilaterais nas áreas de Ciência, Tecnologia e Defesa.
Nesta segunda-feira (01), a comitiva esteve no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), complexo industrial que abriga empresas dos seguintes segmentos: aeroespacial, saúde, tecnologia da informação, energia e de tratamento de água.
A comitiva também visitou o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), onde trataram de temas relacionados à ciência e tecnologia na área de Defesa, particularmente sobre cooperação conjunta em programas de desenvolvimento de mísseis, propulsão de foguetes e intercâmbio técnico – científico.
Segundo o coronel Álvaro Koji Imai, do Departamento de Ciência e Tecnologia Industrial do Ministério da Defesa, a visita pode render bons resultados.
“O encontro foi muito interessante pelas oportunidades, já que o Parque Tecnológico congrega grandes empresas como a Boing, a Embraer, a Vale e também possui universidades com boas chances para o desenvolvimento de negócios”, disse.
Brasil e África do Sul tem um histórico de boas relações na área de Defesa. Os dois países mantém intercâmbios de formação de oficiais, realizam exercícios militares conjuntos e desenvolvem, há quase uma década, projetos comuns de equipamentos de defesa.
“O local oferece excelentes condições para instalações de novos empreendimentos e estabelecimento de parcerias com os interesses sul-africanos”, afirmou o Secretário de Desenvolvimento Econômico e de Ciência e Tecnologia da prefeitura de São José dos Campos, Sebastião Gilberti Cavali.
Desde a sua criação, em 2009, o Complexo Tecnológico teve um investimento total de U$ 833 milhões vindos da iniciativa privada e dos governos Federal, Estadual e Municipal.
Estiveram presentes no encontro representantes do Ministério de Defesa e do Conselho de Ciência e Institutos de Pesquisa do Ministério de Ciência e Tecnologia, ambos da África do Sul, da ARMSCOR e da empresa DENEL. Também participaram o diretor-geral do Parque Tecnol ógico, Horácio Forjaz e o ex-ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp.
A comitiva da África do Sul fica no Brasil até o dia 05 de setembro cumprindo agendas e identificando oportunidades de parceria para o desenvolvimento de programas de tecnologia na área de Defesa. Nesta terça (2), os sul-africanos foram recebidos pelo secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Murilo Marques Barboza. Logo em seguida participaram da III Mostra BID Brasil, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães.
Fotos: FAB e Jorge Cardoso
Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa
Sempre pensei em uma OTAN do atlantico sul. Seria legal ver Brasil, Africa do Sul e a Argentina bem das pernas militarmente, fechando o atlantico. SEria muito maneiro!
Em alguns setores eles estão na ponta, em outros NÓS estamos na ponta. Não temos que nos envergonhar nenhum pouco de nosso patamar científico-tecnológico!
A Africa do sul está anos luz na nossa frente em matéria de desenvolvimento tecnológico
Vejo essa busca por aproximação com um certo entusiasmo, poi entendo que ambos os países têm aspectos e interesses muito semelhante no tocante, principalmente, ao desenvolvimento político, social, econômico e tecnológico. Mercados em expansão e tecnologias com certas semelhanças, portanto há a efetiva probabilidade de desenvolvimento de boas parcerias.
Como membros efetivos do grupo dos BRICS e por serem, dentre esses, por motivos óbvios, os que menos recursos disponibilizam para o desenvolvimento dos seus respectivos parques de defesa, essa parceria seria moldada nas idéias, projetos e na força do capital humano e parque tecnológico que ambos possuem e os custos seriam rateados equitativamente pelos partícipes, o que favoreceria os resultados no processo de desenvolvimento e produção dos itens pretendidos.
Aumentar a parceria com a Africa do Sul seria uma boa alternativa já que as relações entre os dois países são bastante produtivas, o Agile Darter (Denel/Mectron) é prova disso.
Ambos os países optaram pelo Gripen o que traz uma gama de possibilidades de desenvolvimento de armamentos em conjunto. Uma das opções que poderia interessar ao Brasil é o projeto do Míssil R-Darter (BVR) e dos mísseis SAM Unkhonto, em contrapartida poderíamos lhes oferecer o VANT Falcão e as baterias de mísseis ASTROS 2020 além de aumentar a cooperação de patrulhamento naval no Atlântico Sul pelos dois lados com repasse simultâneo de informações.