Por Rubens Barbosa Filho
A Helibras/Airbus Helicopters apresentou na LABACE duas aeronaves de sua extensa linha de produtos: O AS350B3e Esquilo e o EC130 T2.
Em sua versão mais recente da consagrada família Esquilo, o AS350 B3e é produzido na fábrica da empresa em Itajubá, no sul de Minas Gerais, e agrega tecnologia de ponta no sistema de aviônicos Glass Cockpit Garmin G500H, sustentabilidade com o motor Arriel 2D ECO, com 847 shp de potência máxima de decolagem, e a mesma versatilidade das versões anteriores.
Já o modelo EC130 T2 apresenta novos e atualizados recursos como o motor Arriel 2D com 952 shp de potência; a modernização da caixa de transmissão principal; incorporação de um sistema ativo de controle de vibração; melhoria no sistema de ventilação e desembaçamento do helicóptero; estrutura interna da cabine redesenhada com piso plano, atualização do cockpit com a interface homem-máquina reforçada; mais absorção de energia nos bancos, melhorando o peso e o equilíbrio no transporte de passageiros; tanque de combustível mais resistente ao impacto; porta do lado direito deslizante; e maior acessibilidade para manutenção dos sistemas elétricos e do ar-condicionado.
Além das aeronaves expostas, durante a feira, foram apresentados dois modelos da categoria bi-turbina. São as evoluções dos helicópteros EC135, chamada T3 ou P3 (de acordo com a motorização), e EC145 T2. As novas versões devem chegar ao mercado nacional em 2015.
A Helibras também anunciou na feira que recebeu da Receita Federal do Brasil a habilitação para operar o regime de despacho aduaneiro expresso chamado “Linha Azul”, que possibilita menor prazo na tramitação pela alfândega de processos de importação de peças e materiais.
A Airbus Helicopters está presente na América Latina há mais de 40 anos e agora tem uma rede de três subsidiárias que cobrem a região: Airbus Helicópters México (servindo 25 países na América Central, Caribe, Colômbia, Equador e Venezuela); Helibras no Brasil, servindo também o Paraguai; e Airbus Helicópters no Chile (servindo Cone Sul do continente: Chile, Argentina, Peru, Bolívia e Uruguai). O Grupo Airbus Helicopters emprega 1.200 pessoas em toda a região, um número que dobrou nos últimos quatro anos.
A empresa fincou sua bandeira na região desde 1978, estabelecendo a construção de helicópteros em sua subsidiária no Brasil.
De acordo com a Helibras, a cidade de São Paulo tem a maior frota de helicópteros urbana do mundo, com 725 helicópteros e 260 helipontos, à frente de Tóquio e Nova York, e que deve continuar crescendo nos próximos anos.
A empresa atualmente participa com 47% do mercado brasileiro de helicópteros a turbina e afirma que vendeu 30 novas aeronaves em 2013, em toda a América Latina, que conta com mais de 1.300 helicópteros da Airbus em serviço, representando 35% da frota da região. As ultimas vendas do ano representaram cerca de 13% das encomendas totais da Airbus Helicopters.
Encomendas militares na região continuam a dar frutos para a empresa também. As vendas recentes incluem o fornecimento de 50 EC725 para as Forças Armadas brasileiras; 15 EC725 para as Forças Armadas mexicanas, sete AS350/550 para o Equador e seis Super Puma C1ES AS332 para a Bolívia.
A Helibras atualmente fabrica em suas instalações helicópteros que terão até 50% de conteúdo local, e apontou para o contrato para a construção da variante militar do EC225, como um dos principais indutores para o aumento da presença e capacidades da empresa, tendo sido investidos mais de US$ 430 milhões para suportar esse contrato, tanto em termos de estrutura física quanto de pessoal. A linha de montagem do EC725 também poderá ser usada para a fabricação de EC225 para o mercado Offshore.
Durante a Copa do Mundo FIFA no Brasil, a Helibras aumentou significativamente a sua capacidade, para dar suporte a uma frota de 36 aeronaves do Exército Brasileiro e 120 outras aeronaves da marca, usadas para apoiar o evento. A empresa estabeleceu um armazém de peças especiais, deslocou técnicos para cidades sedes, incluindo Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Manaus, que lá permaneceram durante todo o período dos jogos e também disponibilizou peças de reposição e ferramentas para apoiar as aeronaves.
De acordo com a fábrica, os 36 helicópteros do Exército, empregados no evento, estiveram no ar por quase 700 horas durante os jogos e tiveram uma taxa de disponibilidade melhor do que 93%, outros seis helicópteros do Exército foram mantidos em reserva para o caso de indisponibilidade de alguma aeronave no período.
Muito bonito esse heli, lembra o Gazelle.
obs. não sei se são derivados ou possuem alguma ligação