Por Guilherme Wiltgen e Luiz Padilha
Quando o USS Dallas (SSN 700) entrou hoje pela manhã na Baía de Guanabara, foi impossível não lembrar do filme “A Caçada ao Outubro Vermelho”. No filme, o submarino da Classe Los Angeles, recebe a bordo o analista da CIA Jack Ryan (inerpretado pelo ator Alec Baldwin) que convence o seu Comandante a contactar o Capitão Mark Ramius (Sean Connery), Comandante do Outubro Vermelho, um novo submarino soviético cuja Propulsão magnetoidrodinâmica o deixa indetectável, de que o mesmo tinha a intenção de desertar e não atacar os EUA.
Com seus 110,3m de comprimento, o submarino norte-americano impressiona pelas sua dimensões. Deslocando 6.900 toneladas, o Dallas completou nesta última sexta-feira (18), 33 anos de seu comissionamento na US Navy (18.07.1981).
Em 2013, a US Navy anunciou que iria retirar o Dallas do serviço ativo mas, no entanto, determinou que a sua aposentadoria seria adiada para o ano fiscal de 2017, quando finalmente será transformado em um navio-museu, passando a pertencer ao acervo do Dallas Maritime Museum, ao longo das margens do Rio Trinity, no Texas.
Se você analisa 10 milhões isoladamente aí sim, é uma economia “pífia”
mas de dez em dez acaba-se poupando centenas de milhões.
A US Navy encolheu de tamanho e existem muitos desafios à frente, por
exemplo a diminuíção implacável na força de submarinos que irá ocorrer
na próxima década, a falta de navios anfíbios, hoje abaixo dos 33 que
considera-se o mínimo, número insuficiente de aeronaves para os NAes,
o chamado “fighter gap” que só irá piorar, etc.
Quanto ao futuro USS Gerald Ford, a estória começou a mais de 10 anos
atrás, quando então a situação era bem mais confortável e há necessidade
de algo mais atual que a classe Nimitz.
A US Navy opera diferentemente de outras marinhas, o desgaste nos navios
e tripulações é maior e mal estão dando conta do recado, pois não se engane
quanto a quantidade de meios pois muitos não estão disponíveis devido à
pesadas e longas manutenções.
Se até postos de comando, esquadrões, bases, estão sendo extintas ou reava-
liadas, até mesmo o ciclo de operações dos navios deverão ser mudados, uma
economia mesmo que de “apenas” 10 milhões está sendo buscada a todo o
custo.
Ao invés do USS Dallas, a US Navy irá retirar o USS Norfolk, pois o USS Dallas já
havia passado por uma manutenção prévia necessária para a desativação, enquanto
o USS Norfolk ainda teria que passar por tal procedimento, o que deverá poupar
uns 10 milhões de dólares.
Tenho uma revista Sea Classics antiga que conta que o USS Houston é que fez o
papel do USS Dallas, o motivo é que a filmagem ocorreu na costa oeste e o USS
Dallas pertencia e pertence costa leste.
Para os EUA, cujas forças armadas possuem um orçamento anual na casa dos US$ 700 bi, acho que o Pentágono não se importa com um gasto pífio de US$ 10 mi, Agora se isso fosse no Brasil a história seria outra!.
US$ 10 milhões é economia a ser considerada em qualquer lugar do planeta, inclusive nos EEUU. Por falar em economia, já ouviu falar no “sequestration” nos recursos das FFAA de lá? Creio que não, pois se o tivesse não diria que não se importam ou que 10 milhões é um gasto pífio.
Sds
Mesmo em um período de crise econômica, os EUA dificilmente reduzem drasticamente o seu orçamento militar, prova disso é terem, mesmo na crise, construído o mais caro porta-aviões da história, e terem investido US$ 400 bi só no desenvolvimento do F-35, e a intenção de compra de umas 2.000 unidades da aeronave, levando assim mais bilhões de dólares.
O “sequestration”, não é funcional apenas nas FA’s dos EUA, ele funciona em todos os setores, ou seja, esse “projeto” iria reduzir o orçamento de várias outras áreas do governo dos EUA, e pela cultura deles, o setor “menos prejudicado” seriam as Forças Armadas.
Portanto mantenho minha afirmação: Para as forças armadas dos EUA um gasto de US$ 10 mi é pífio.
Obs: Se os EUA quisessem economizar o orçamento militar, cancelariam projetos futuros(ou pelo menos os deixariam menos ambiciosos), e não na manutenção de exércitos e frotas já existentes.