Governo vai pagar R$ 2,5 bi por artilharia capaz de atingir alvo até 20 km. Similar ao que teria abatido avião na Ucrânia pode chegar para Olimpíadas.
O Brasil fará na Rússia, em agosto, um teste do sistema de artilharia antiaérea de médio alcance Pantsir-S1, capaz de abater alvos entre 200 metros e 20 km de distância entre 5 km e 15km de altitude. Segundo o ministério da Defesa, o pedido para um novo teste foi feito pelo governo durante a visita ao país nesta semana do presidente russo, Vladimir Putin.
Pelo acordo, uma comitiva de militares viajará a Moscou para acompanhar um teste real das Forças Armadas russas do uso da artilharia antiaérea durante um exercício. O objetivo é identificar quais são as necessidades do Brasil neste equipamento e também como a indústria nacional irá aprender a integra-los a outros sitemas de combate e proteção aérea já usados no país.
A falta de uma artilharia de média altura é uma lacuna na defesa brasileira, que começou a tratar com a Rússia em 2012 a aquisição do Pantsir. Para se ter a ideia da importância do equipamento, é o mesmo usado pela Síria na guerra civil com o objetivo de impedir a entrada em seu espaço aéreo de caças invasores.
Nenhum país da América Latina possui esta capacidade atualmente, que é obrigatória a todos os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Foi um sistema russo semelhante a este, chamado de Buk, que teria sido usado para derrubar o Boeing da Malaysia Airlines com 295 pessoas a bordo na Ucrânia na quinta-feira (17).
Negociações
As negociações avançaram após um compromisso bilateral assinado por Putin e a presidente Dilma Rousseff durante o encontro dos Brics (que engloba ainda Índia, China e África do Sul) em Fortaleza (CE). O texto prevê um trabalho conjunto para que empresas brasileiras tenham conhecimento da tecnologia e desenvolvam sistemas de integração para a artilharia de média altura, além de também um novo teste de campo em agosto, na Rússia, durante um exercício das Forças Armadas em que haverá uso real do sistema Panstir.
O governo brasileiro pretende pagar no máximo R$ 2,562 bilhões por um conjunto de cinco baterias antiaéreas: três do modelo Pantsir, ao custo total de R$ 1,82 bilhão, uma para a Aeronáutica, outra para a Marinha e outra para o Exército; e duas do modelo Igla, de baixa baixa altura (atingem alvos a até 3km), que os militares já possuem e que serão renovados, ao custo de negociação máximo de R$ 42 milhões.
O acordo prevê ainda transferência de tecnologia irrestrita e também a aquisição de três sistemas de controle e alerta de média altura, por R$ 700 milhões, que serão fabricados no Brasil.
Olimpíadas
O objetivo do governo era ter o material a tempo para as Olimpíadas mas, segundo a Defesa, é praticamente “improvável” que a artilharia de média altura esteja em operação em dois anos. A fase de negociação está em fase final para ajustes de detalhes técnicos e especificações de requisitos que o Brasil precisará para utilizar o equipamento.
A partir do novo teste na Rússia e na definição das especificações e que será assinado o contrato. A expectativa é que isso ocorra até o fim do ano.
“A possiblidade de pelo menos parte dos equipamentos chegar para as Olimpíadas existe. Vai depender de como as negociações vão evoluir até o final deste ano. Seria antecipado bater o martelo agora a esse respeito”, afirma o general José Carlos de Nardi, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, e que está à frente do processo.
“Não há exigência do Comitê Olímpico Internacional nesse sentido (de se ter artilharia de média altura para os jogos). A aquisição de novos sistemas de defesa antiaérea visa atender a uma necessidade identificada pelo Ministério da Defesa brasileiro”, explica o general.
Militares já haviam feito um teste do equipamento em 2013, quando uma portaria do ministro Celso Amorim autorizou as tratativas. A dispensa de licitação para a compra foi “baseada no comprometimento da segurança nacional”, segundo portaria assinada por Amorim.
A aquisição vai reforçar a proteção do território do território nacional, mas ainda não há informações sobre onde as baterias deverão ser instaladas. O Brasil possui cinco grupos de artilharia antiaérea posicionados no Rio de Janeiro, em Praia Grande (SP), em Caxias do Sul (RS), em Sete Lagoas (MG) e em Brasília, para defender o Planalto. Eles contam com mísseis Igla-S, com alcance de até 3 km de altitude.
FONTE: BBC Brasil
Esse “presente” veio de nossa balança comercial com os Russos, muito favorável ao Brasil, então Ivan deixou bem claro, ou compra isso ou paro de comprar sua carne!
Eu achava melhor um esquadrão de Mig29K para o São Paulo sem pacotes de transferência de tecnologia mesmo! Ou em ultima análise perguntaria aos agraciados, no caso o Exército do que precisam? O último agraciado deste já famoso tapa-buraco de balança comercial foi a força aérea com seus MI-35…Ah ok a marinha será a próxima então fica a idéia para 2015-2016 do esquadrão de Mig, para claro complementar os A-4, cada macaco no seu galho vamos usar o Mig para supremacia aérea e interceptarão para a frota até pq não da para usá-los no peso máximo com nassas catapultas, isso não e problema, com seis mísseis ar-ar e tanque extra ele não vai nem chegar perto do peso máximo e deve dar em nossas catapultas! vai ter um monte de gente querendo ver como voaremos neles!
Se Avibras tiver acesso ao projeto talvez eles farão engenharia reversa igual a China e melhorem a capacidade do Astros II ou um melhor com outro nome XD
A Avibras e a Mectron terão acesso a essa tecnologia, o objetivo é que esse equipamento seja fabricado no Brasil, utilizando para isso o caminhão Man 8×8, o radar da Embraer em conjunto com essa transferência de tecnologia !
Transferência de tecnologia kkkkkkkkkkkkkkkkkk aaaa man para né a Rússia não transferem nada somente vendem e a preços salgado vice .
O EB já não enviou militares para testar esse sistema outro teste agora deve ser a vez da FAB depois MB eles vão testar até tiver próximo das Olimpíadas ai fecham o contrato vai ser aquele desespero para entregar tudo na última hora como costume.
Não seria melhor desenvolver o sistema de média altura aqui no Brasil com associação se necessário, pois temos como desenvolver, mas a longo prazo; e partir agora para um sistema de longo alcance, pois estamos trocando de governo e isto pode levar a cancelamentos ou postergações. Sei que é bem mais caro adquirir um sistema de longo alcance, mas se deixar para depois pode ser inviável, tendo em vista as prioridades de cada governo já que defesa não é política de Estado, mas de governo; e cada um que entra determina o que vai fazer primeiro.É preciso aproveitar a oportunidade e comprar um S – 400, Aster ou Arrow (israelense), mesmo que seja apenas uma bateria, enquanto o governo acena com recursos e completar o que falta de recursos para pagar um sistema desses com pagamento em minérios, carne (bovina, suína), soja, laranja, arroz ou aquilo que interesse de produtos primários ao país que vender ao sistema.
Não é ruim adquirir esse equipamento mas deveríamos pensar num equipamento com maior alcance, tecnologicamente melhor que o BUK.
Pois é…anunciaram uma esquadra para ser baseada próximo a foz do Amazonas…´caso invadam o país o local escolhido seria as praias do Nordeste…notadamente Natal…também indago porque o NE não é provido de elementos como a Cavalaria mecanizada…uma base de submarinos…uma base aérea decente…grupamentos de artilharia antiaérea…acho o NE bastante desguarnecido…
“…também indago porque o NE não é provido de elementos como a Cavalaria mecanizada…”.
Concordo.
Desguarnecido pela forças armadas e pessimamente coberto pela imprensa. É raro ver qualquer notícia associada a defesa ou geopolítica que fale do NO ou NE. Só para ficar em um exemplo, a tropa de caatinga, apresentada como especializada, mal é citada em matérias jornalisticas. Creio que isso ainda é resultado da concentração dos principais órgãos de imprensa no Sudeste, que ainda se auto referencia para tudo no Brasil.
Roberto e Henrique, esta pergunta, do porquê, o Nordeste e o Norte do País, estarem desguarnecidos , há muito tempo , deve ser feita para os políticos do Nordeste e do Norte. Êles tem a maioria dos votos na Câmara Federal. Potanto, podem aprovar, ou, reprovar qualquer projeto nacional, inclusive os de defesa.
Já que tão dando uma olhadinha no Pantsir-S1, da uma olhadinha no S-350 também 🙂
Não sei pq o nordeste não tem um grupo de artilharia antiaérea ?!?!!?!??!
Espero que traduza em um investimento que possa gerar mais aquisições com o devido grau de nacionalisação a um custo menor. Pq não também migrar para uma plataforma de defesa naval de ponto e de área. Seria eficaz.
o Brasil precisa o mundo tem sua história escrita com sangue, e muitas das vezes de inocente sem condição de defesa, portanto que sejam bem vindo
Caramba, uma manchete dessas numa hora dessas chega a ser incriminatória !
Gostaria de saber se uma bateria corresponde a apenas uma unidade do equipamento ou cada bateria são várias unidade?
se n me engano são 6 unidades
Wesley Alves da Fonseca,
Uma bateria corresponde a várias unidades. No caso específico do Pantsir, salvo engano, a composição original é de seis unidades de tiro por bateria.
Wesley existem duas configurações distintas, uma simples composta por quatro unidades lançadoras que trabalham de forma autonoma, ou seja , limitadas pelo alcance de seu próprio radar e que também podem trabalhar interligadas via data link e outra configuração “full” que contempla além das quatro unidades lançadoras um posto de comando e uma unidade de radar e sensores que pode ser interligada a até outras quatro baterias simples aumentando exponencialmente a área de defesa a nível estratégico. Essa é a versão adquirida pelas forças armadas do Brasil.
Obrigada pelas explicações. Valeu.
” O acordo prevê ainda transferência de tecnologia irrestrita e também a aquisição de três sistemas de controle e alerta de média altura, por R$ 700 milhões, que serão fabricados no Brasil.” .
Do que se trata este último parágrafo?
Alguém sabe dizer?
RL,
Referente aos sistemas de controle e alerta, creio que seria um sistema para cada bateria a ser adquirida do Pantsir. O sistema de controle e alerta teria por finalidade coordenar o fogo das demais unidades de tiro, provendo vigilância e controle a nível estratégico, em comunicação direta com o comando, sendo equipadas com um radar de vigilância específico e um veículo de comando.
Eis uma foto: http://oi39.tinypic.com/6s3osk.jpg
É exatamente isso, trata-se da versão completa da bateria anti aérea Pantsir, e esses sistemas de controle podem estar integrados a “n” unidades de lançamento.
E temos por acaso de longo alcance?? também não é uma lacuna, por tbm já não negociar uma S-2000 ou S-3000 com a Russia e fazer mais uma base anti-aérea no nordeste, por exemplo no Ceara, Bahia ou Pernambuco ???