Por Guilherme Wiltgen
O Brasil assinou mais um contrato com a israelense IAI (Israel Aerospace Industries) para a conversão de uma terceira aeronave de reabastecimento B767 MMTT, dentro do programa KC-X2.
Em março de 2013, o Brasil optou pela substituição dos KC-137, operados pelo 2° Esquadrão do 2º Grupo de Transporte (2°/2°GT), pela conversão realizada pela IAI do Boeing 767-300ER em B767-300 MMTT (Multi-Mission Tanker Transport).
Assim como as outras duas aeronaves, selecionadas em 14.03.13, esta também será capaz de realizar reabastecimento em voo (REVO), transporte estratégico de carga e tropa e evacuação aeromédica, de acordo com os requisitos formulados pela Força Aérea Brasileira.
O mais animador de toda a história é ver que a Força Aérea devagarzinho está renovando todo seu inventário, recentemente tivemos o desfecho do FX-2 com o Gripen E depois tivemos o contrato dos B-767 REVO (que agora chegarão a três), foram comprados recentemente os C-295 (SAR) e mais alguns Legacy 500 para o Grupo Especial de Inspeção em Vôo, para um país sem ameaças francas estamos indo bem, ou ao menos já houve tempos piores…
Sim… e ainda comprou um Hermes 900 e está para comprar os Harpoon. Ah, os últimos Mi-35 estão para chegar. Só a modernização do AMX que está andando muito devagar.
Também gostaria de saber quando os KC-67 começarão a chegar…
A FAB está sem nenhuma aeronave do tipo, dependendo apenas dos já cansados C-130.
Pelo que li em outro blog: “…o KC 390 será um REVO tático, cumprindo a missão de Revo em níveis mais baixos e em missões táticas, deixando as missões de Revo estratégico e de deslocamento long range para os KC-67.”;
e
“…o 767 não será só reabastecedor. Aliás, isso é o que ele menos fará. Será o nosso principal avião de transporte estratégico como eram os KC-137.”
Bom saber que a FAB vai recuperar sua capacidade de transporte estratégico e REVO. Também achava o número muito pequeno. O número aceitável tinha que ser 3, ao menos.
São três Braulio, esse novo pedido de um avião se complementa com os outros 2 feitos ano passado.
Alguém sabe a autonomia de voo e capacidade de carga do KC-390XB-767?
É um senhor avião, excelente em todos os aspectos,a FAB realmente soube escolher. Quanto ao número mínimo adquirido, realmente 3 não é nada, se começar uma guerra não dão nem pra saída, mas o Brasil é isso aí, não é nenhuma novidade, vão servir para treino e manter a tripulação ocupada, só isso, não temos nenhuma pretensão de ser uma IDF (Forças de Defesa de Israel), é como uma velha história que Hitler teria dito que “O Brasil ele toma com um telefonema”, é por aí mesmo…
Boa tarde Padilha .
Você saberia informar as datas de entrega destas aeronaves ?
Não tenho essa info.
E quando começa a chegar as aeronaves?,e que fim deu os KC-137, foram ja desativados ou continuam na ativa esperando a chegada das 3 novas aeronaves ?
Dos quatro KC-137, três foram desmontados e vendidos como sucata, incluindo o que se acidentou no Haiti e o 2401 (Sucatão da Presidência), um permanece montado e inteiro mas ainda sem destino e sem voar.
O amigo PADILHA falou esta falado. Um grande abraço do MENDES.
Ainda acho bastante modesto esse pedido de (03) Aeronaves para esse fim. Uma pergunta aos amigos, essa terceira Aeronave será executada em Israel ou pela TAP – (Porto Alegre – RS) ? Alguém tem essa informação.
As notícias vão vir devagar. Neste momento ainda não sabemos.Espero que seja aqui no Rio, na TAP, antiga VEM.
Grato pela resposta Luiz, mais mesmo assim ainda acho bastante modesto só essas 03 aeronaves, ao meu ver, o mínimo aceitável para um país de dimensões continentais como o nosso, seria 10 aeronaves.
Se as demandas internacionais do nosso país aumentarem, certamente precisaremos de mais aeronaves. Neste momento, 3 são suficientes.
É que a ideia é usar o KC-390 também nessa função, apesar da capacidade inferior do produto nacional.
Negativo. O KC-390 nunca fará o que o 767 faz.
A FAB necessita de uma aeronave para voos intercontinentais. O KC-390 pode fazer, mas nunca com a economia e o desempenho do 767. Fora a capacidade de carga/pessoal dele.
São aeronaves que se completam, e assim, a FAB terá pernas para todo o tipo de missão que surgir.
Fui simplório no meu comentário.
Quis dizer que o KC-390 também será utilizado para reabastecimento aéreo e não que ele substituirá o 767 ou que faça tudo que o 767 faz.
No mais, concordo plenamente que ele não faz o que um 767 – principalmente em capacidade de carga e alcance. E sim, eles se complementam cabendo à FAB escolher qual será o mais adequado para cada missão.
Abraço.
Padilha acho que foi mais ou menos oque ele disse. Iriamos usar o KC390 nesssa função também, porém não poderíamos fazer isso para vÔôs intercontinentais….
Pelo menos um dos 767 incluídos no contrato inicial da IAI com o Brasil serão convertidos pela sua divisão Bedek, com o restante a ser adaptada no país pela TAP Manutenção e Engenharia Brasil. Para ser conduzida sob supervisão israelense, a conversão local é parte de um esforço IAI para aumentar sua cooperação com empresas locais no Brasil.
Concorrenciazinha mais esdrúxula, aonde aeronaves novas e usadas estiveram concorrendo, detalhe, apresentaram aeronaves usadas somente da Boeing, daí fica a pergunta, por que não ofereceram outras aeronaves usadas também, tipo Airbus A-330-200? Foi uma concorrência aberta ou por Carta Convite, tipo, pediram RPF e RFI somente para a Boeing, Airbus e IAI?
Wellington. A FAB escolheu a aeronave que ela sempre quis. O outro concorrente, A-330 MRTT foi analisado e a FAB escolheu o Boeing 767.
Como foi, se foi por carta, e-mail, convite, isso não importa agora. O importante é que a FAB vai ter a aeronave que ela escolheu.
Que diga-se de passagem, é uma senhora aeronave para o fim a que se destina.
Padilha, meu amigo, sei disso, a questão é, será que foi a FAB ou algumas cabeças?! Não discordo que é uma senhora aeronave, mas frente ao A330-200 ela perde feio, claro que é melhor do que é e foi o B707 e deixará a FAB num outro patamar, melhor do que está agora, mas se podíamos comprar algo melhor custando algo parecido, por que não? Veja, a própria TAP, além da própria TAM, são aptas a fazer a manutenção dessa aeronave da Airbus. O que eu não gosto é que, se o melhor equipamento for estadunidense (Harpoon), então que se faça pedido dele por que é o melhor, mas se o pior (menos melhor, se é que existe isso), também for estadunidense (B767), então que se deva adquirir também? A FAB tem que usar critérios mais sólidos e manter a coerência destes, não dá pra ficar selecionando apenas porque é made in USA ou Boeing. Ou se escolhe porque é melhor, ou se escolhe porque é o mais em conta (ou menos caro). Ter atitudes dispares só provoca mais desconfiança.
Até mais!!! 😉
A escolha foi feita e quanto ao A-330 ser melhor, conheço vários pilotos que não compartilham com sua opinião.
A FAB sabe o que quer e a escolha não partiu de “cabeças” e sim de quem entende.
Ótima notícia. Três é de fato a quantidade mínima.
Certo.
Isso quer dizer que os outros dois contratados anteriormente estão sendo adquiridos/modificados? Pergunto porque vejo muitos comentários afirmando que o processo está parado, mas nenhuma notícia de fato a respeito disso.