Por Luiz Padilha e Anderson Gabino
Pilotos de caça de todo o país se reuniram ontem na Base Aérea de Santa Cruz (BASC), no Rio de Janeiro, para celebrar o Dia da Aviação de Caça, que está completando 71 anos de história.
Além da solenidade militar, as aeronaves F-5EM, A-1 e A-29 Super Tucano da Força Aérea Brasileira (FAB), realizaram passagens sobre a pista.
No stand montado para os convidados, os caças realizaram ataques aos alvos, com o emprego de armamento, onde os A-1, F-5 e A-29 despejaram suas bombas MK-82. No fim, 2 A-1 realizaram ataques com seus canhões DEFA sobre os alvos.
Não sabemos a razão, mas um dos F-5EM, o 4820, retornou com suas 2 bombas, pousando suavemente na pista 05 da BASC.
Prezados não estava na hora de refazer aquele teste do Super Tucano portando misseis IR em auto defesa contra aeronaves de alta performance? O teste foi contra o F-5, desta vez trocaria o Python III e colocaria o Python IV.
No teste original foi visto que ao mesmo tempo é difícil o Lock em aeronaves Turbo Prop voando baixo (confirmado com o Sidewider L nas Malvinas Harrier X Turbo Mentor da ARA e Harrier X Pucará da FAA) bem como por outro lado obter, após evasiva do Turbo Prop, parâmetros de lançamento para contra ataque do Turbo Prop portando míssil IR, energia e distância ao Fast Jet que o ultrapassou. O Python IV tem maior alcance e pode ser disparado antes pela mira do capacete na evasiva do Turbo Prop.
Eu acho que nas Malvinas se o Major Tomba em seu Pucará estivesse avisado da aproximação do Harrier do Lt Comander “Sharkey” (Tomba e seu ala já estavam combatendo outros 2 Harriers que os tentava derrubar) se portasse o mesmo Sidewinder L conseguiria uma manobra evasiva e após reversão enquadrar o Harrier.
No livro de Sharkey, diz que conseguiu atirar com os canhões de 30mm em um dos motores do Pucará, descreveu que para seu susto ultrapassou o Pucará e acelerando bruscamente buscou proteção para cima, naquele momento ele só pensava nos canhões de 20mm do Pucará que acabara de ultrapassar…O Pucará já estava com um motor em chamas, no segundo e terceiro ataque Sharkey tomou todo o cuidado para não repetir o erro, o Argentino insistia em ficar na cabine de seu Pucará, finalmente na 3ª corrida de 30mm o Major Tomba se Ejetou! Seu Ala Ten Micheloud conseguiu escapar de dois Harriers que o perseguiram e atacaram sem sucesso.
Em outra ocasião três Turbo Mentor da Marinha Argentina foram atacar Helicópteros Ingleses e por sorte o numero 3 ficou mais para trás e deu o alerta do mergulho de dois Harrier em cima deles, foi dada a ordem de ejeção de cargas externas (Pods de metralhadoras de 7,62mm e foguetes) e evasiva para as nuvens, os Harriers vieram rápido demais e os ultrapassaram, não conseguiram o Lock de seus Sidewinders nos Turbo Mentors, anos mais tarde um piloto Inglês e Argentino trocaram cartas, o Inglês disse que decidiram não usar misseis contra aeronaves de baixa performance, o que definitivamente não bate com a aproximação a mais de 500 Knots dos Harriers tanto que nem viram o numero 3 de primeira. Novamente terei que estar com uns 110 anos para ver a liberação das informações Inglesas da guerra…
O custo operacional de um F-5 deve ser muito menor que qualquer caça de 3ª ou 4ª geração, ouvi dizer que no BVR o Mirage 2000 tomava um banho do F-5M! Agora na curta distância o Mirage curvava mais. Agora será que alguém lembra do Phyton IV com mira no capacete? Sim o Mike tem isso e não interessa a geração que for, se nosso piloto ver o inimigo o míssil pode travar e, no mínimo, o inimigo vai ter que perder energia na evasiva e segundos depois terá um F-5 lhe caindo em cima com um segundo míssil ou com o canhão. Eu digo que com o R-99 a modernização Mike se torna um grande acerto!
Deve está batendo uma ansiedade nos nossos pilotos doidos para chegar 2018 para por mão nas maquinas novas alguns vão ter essa sorte outros ainda continuaram voando essas tranqueiras até 2025. Anos e anos voando numa peça de museu dessa o piloto deve ficar desanimado mesmo com a modernização esses caças não consegue nos proteger de nada.
Concordo com vc em relação a ansiedade dos pilotos, mas os F5 EM da FAB não são tão ruins assim, com o Upgrade que foi realizado neles os deixou em paridade tecnológica com a maioria dos caças de 4ª geração como o F16, Mig 29 ou o próprio Mirrage 2000, o que difere e o deixa em alguma desvantagem é o raio de ação e a manobrabilidade mas essas desvantagens podem ser compensadas com as tecnologias introduzidas na suite eletrônica da aeronave como capacidade BVR, data link, capacidade de interferência radar e com o apoio de nossos AWACS R-99 os F5 podem ser tão perigosos quanto os SU-30 Venezuelanos . Lógico que queremos que venham logo os Gripens NG mas não podemos cuspir no prato em que comemos…
Não sei de onde alguém tirou esta afirmação de que os F5-EM/FM estão em paridade tecnológica com caças da 4ª geração. Uma coisa e diminuir a defasagem, outra é a paridade. O alcance BVR dos F5 é de aprox. 37mn, em comparação, um F16C/D com os APG/68V5 tem mais que o dobro deste alcance. Todos os caças de 4ª e 4ª++ possuem comandos de voo FBW, radar pulso-Doppler, capacidade para múltiplos misseis. Há uma situação que não existe modernização nenhuma que ira alterar, o fato do F5 ser um projeto da década de 50, e ainda não inventaram modernização que intervenha no projeto original da aeronave. Se o Brasil quer mesmo ter importância Geopolítica, tem que investir para alcançar este objetivo, ou então assume a incapacidade de se estabelecer e desiste desta utopia. acordar deste sonho e começar a investir verdadeiramente em tecnologia, para que sabe daqui a 50 anos possamos começar a colher os frutos, projetando e produzindo os nossos meios de defesa.
Pousar com duas bombas armadas deve ser dureza!
Nas Malvinas o Capitão de Corveta Zubizarreta atacou com seu A4Q (Marinha Argentina) uma fragata na Bahia de San Carlos e nenhuma de suas 4 Hawkeyes de 500 lbs saiu, ele as trouxe de volta, infelizmente durante o pouso em pista molhada com gelo e vento lateral estourou um pneu perdendo-se o controle da aeronave na pista, devido ao perigo de explosão ele imediatamente comandou uma ejeção que foi falha, ficando no meio da pista, vindo a falecer mais tarde no Hospital, o avião varou a pista parou numa barreira danificando seu trem de pouso dianteiro e sem acionar nenhuma espoleta.
Várias aeronaves Argentinas voltaram com bombas vivas nas Malvinas, os mecanismos de disparo e ejeção das bombas falhava, quando não se acha o alvo ou se aborta a missão as bombas deveriam ser alijadas, quando o mecanismo de disparo falhava era possível ejetar os cabides mas em situação de combate com poucas peças de reposição, devido aos embargos, era comum arriscarem trazendo o pacote completo de volta, Bombas vivas, Cabides e Tanques Externos, as bombas eram desarmadas com todo o cuidado pelos especialistas em local distante das outra aeronaves,
Existe um livro do árduo trabalho desse pessoal de terra do esquadrão de Mirage V, não raro em situação adversa fora dos Hangares armando e desarmando bombas em frio congelante, as bases Argentinas mais perto das Malvinas estavam lotadas de Aeronaves de Combate e de toda a Tralha necessária para funcionamento dessas, Hangar era só para as aeronaves que estavam em Manutenção, em reparo de combate e dos afortunados que chegaram primeiro, no caso lá um esquadrão de Skyhawk A4C.