Operadores da aeronave de patrulha P-3 Orion participaram de treinamentos teóricos e práticos
O Esquadrão Orungan (1º/7º GAv) realizou, entre os dias 04 e 11 de abril, o Estágio de Sobrevivência no Mar com o apoio da Base Naval de Aratu localizada na praia de Inema, Salvador (BA). No total 26 operadores da aeronave de patrulha P-3 Orion, entre oficiais e graduados do efetivo do Esquadrão e da Base Aérea de Salvador (BASV), das mais diversas especialidades, participaram da atividade. O objetivo do estágio era ambientar os tripulantes da aeronave P-3 ao regime de sobrevivência no mar em caso de pouso forçado.
A atividade foi dividida em duas etapas, sendo a primeira uma instrução teórica realizada na sede do Esquadrão Orungan, onde os tripulantes tiveram a oportunidade de manusear os equipamentos dos kits de sobrevivência no mar embarcados na aeronave P-3. Além de receber informações sobre sua forma de operação, os participantes aprenderam ainda sobre técnicas de sobrevivência a serem aplicadas num bote a deriva e na situação de náufrago.
A segunda etapa consistia de uma atividade prática realizada na Base Naval de Aratu. Os alunos, que foram divididos em três grupos, puderam experimentar na prática a sensação de estar à deriva num bote por 18 horas.
O Tenente Engenheiro Saulo Brazão dos Santos Pessoa, Operador ESM da aeronave P-3 explicou a importância desse treinamento. “O interessante desta atividade é possibilitar a cada um experimentar as dificuldades presentes numa situação de deriva em alto mar, testando seus próprios limites físicos e psicológicos assim como proporcionar o congraçamento das equipagens”.
FONTE: Agência Força Aérea
O pessoal que opera os P-3 Orion deveriam ter as balsas salva-vidas BIA-12-CII NAUTIFLEX acondicionadas nos aviões, semelhantes as utilizadas nos navios.
As Balsas Salva-Vidas Infláveis NAUTIFLEX são homologadas pela Diretoria de Portos e Costas do Ministério da Marinha do Brasil (DPC 100/11) e atendem as seguintes normas e regulamentos: NORMAM 05/DPC – Normas da Autoridade Maritima para Homologação de Materiais e Autorização de Estações de Manutenção. As balsas assim homologadas são as chamadas balsas ”Classe II” e podem ser empregadas mar aberto desde que em águas jurisdicionais brasileiras.
As Balsas Salva Vidas Nautiflex Classe II ficam armazenadas em um resistente casulo construido em fibra de vidro, com acabamento em gel super resistente e de alto brilho. De fácil operação e instalação, pode ser fixado até 9m de altura com uma boça de 20m ( se instalada em navios ). O dispositivo de Escape Automático proporciona ainda mais segurança e rapidez no aciomanento do equipamento.
Os casulos tem dimensões:
Tipo: Cilindrico
Comprimento: 1,00m
Altura: 0,57m
Largura: 0,54m
A balsa inflada fica com tamanho de:
Comprimento: 3,170m
Boca: 2,880m
Todas as balsas salva-vidas infláveis possuem um saco de equipamentos de emergência(palamenta), dotadas dos seguintes itens:
1- Âncora flutuante com cabo para reboque.
2- Remos Flutuantes.
3- Aro flutuante com retinida 30m.
4- Bomba manual para enchimento.
5- Conjunto para reparos.
6- Cuia flutuante.
7- Faca de segurança flutuante.
8- Lanterna com pilhas.
9- Jogo pihas sobressalentes.
10- Lâmpada sobressalente.
11- Comprimidos contra enjoo.
12- Estojo de 1° socorros à prova d’água.
13- Sacos para enjoo.
14- Conj. Apetrechos para pesca.
15- Facho manual.
16- Foguetes c/ pára-quedas.
17- Fumigeno flutuante laranja.
18- Espelho de sinalização.
19- Instruções relativas à sobrevivência.
20- Esponja.
21- Meio de proteção térmica.
22- Ração sólida.
23- Ração líquida.
24- Copo graduado.
25- Refletor de radar.
26- Apito.
27- Instruções sobre medidas a tomar.
28- Tabela de sinais de salvamento.
Cair no mar sem estes itens, pode ser extremamente perigoso, inclusive em função de ataques de animais, exposição ao sal, falta de água potável, e se não vier socorro em 18 horas, por vários motivos, estes itens vão proporcionar mais conforto e possibilidade de melhores condições de sobrevivência aos eventuais náufragos. Acho que dotar os aviões com esse equipamento de certa forma simples, já representa grande cuidados com as tripulações dos P-3.
Esse treinamento realizado na Base Naval de Aratu, conforme citado, é muito básico e não reflete as reais condições de uma necessidade de maior permanência no mar, com uma aeronave sinistrada. Vale a precaução superdimensionada, o mar é insólito e extremamente agressivo ao ser humano.