MBDA e Avibras anunciam contrato para motorização do sistema de armamentos de combate antinavio Exocet AM39 garantindo aumento do conteúdo nacional do projeto H-XBR da Helibras
A Helibras e a MBDA, fabricante de mísseis francesa, anunciaram na manhã desta quinta-feira a entrada da Avibras, indústria nacional de armamentos, na motorização dos mísseis Exocet AM39 que equiparão oito dos 16 helicópteros EC725 da Marinha produzidos em Itajubá (MG). O contrato foi assinado diretamente com a Marinha do Brasil, MBDA e Avibras e garante mais um componente de conteúdo nacional na fabricação dos helicópteros encomendados pelo Ministério da Defesa para equipar as Forças Armadas
Juntas, as companhias realizaram com sucesso os primeiros testes de acoplagem de armamentos a um EC725 protótipo, que está recebendo os primeiros sistemas desenvolvidos localmente. Ocorrido na França, nas dependências da Airbus Helicopters, com equipes da Airbus, Helibras, MBDA e GAC, o teste verificou a capacidade de integração aeromecânica (análises físicas e aerodinâmicas) do Exocet AM39 Block 2 Mode 2, míssil ar-superfície da MBDA que será utilizado nas aeronaves destinadas à Marinha.
A entrada da Avibras no programa aumenta o índice de nacionalização do projeto H-XBR. O motor é peça fundamental do míssil e é construído inteiramente no país, com as características transferidas da MBDA para Avibras, porém com conhecimento e tecnologias brasileiras. “Não se trata de nacionalizar o que estava sendo feito no exterior, mas de desenvolver um conteúdo nacional, pois nós criamos no país um motor totalmente novo a partir das especificações da MBDA. Isso foi possível pelo conhecimento já adquirido pela companhia na modernização dos Exocet MM40, utilizado pelas embarcações da Marinha”, explicou Sami Youssef Hassuani, presidente da Avibras.
“Este é um programa inédito no Brasil e no Grupo Airbus e será o primeiro EC725 a ser equipado com essa configuração e míssil que estamos desenvolvendo aqui. A partir deste projeto, a Helibras está apta a atender qualquer país no mundo que necessite deste tipo de aeronave”, disse Eduardo Marson, presidente da fabricante de helicóptero. Na Helibras, a equipe de engenharia está totalmente dedicada à integração dos softwares do AM39 e desenvolvimento da versão naval no do EC725 que, após a integração total do armamento, deverá realizar os ensaios em voo.
A sinergia de trabalho entre engenharias e tecnologias também resulta em um grande ganho para a indústria nacional. “O simples fato dessas três empresas trabalharem juntas muda a maneira como a engenharia brasileira se desenvolve e possibilita outros projetos ainda mais complexos” disse Patrick de La Reveliére, vice-presidente de Vendas para a América Latina da MBDA.
O sistema Exocet AM39 B2M2 produzido pela MBDA é totalmente digital, composto de dois lançadores equipados com um míssil cada. O projeto também faz parte do contrato de cooperação industrial do programa H-XBR, que vai transferir tecnologia internacional às empresas brasileiras. O AM39 B2M2 deverá ser equipado com um novo sistema de propulsão criado, produzido e testado pela Avibras, localizada em Jacareí, no interior de São Paulo – o contrato para o projeto também acabou de ser assinado.
A Avibras já desenvolveu a tecnologia necessária em conjunto com a MBDA durante o programa de remotorização dos Exocet MM40 utilizados em navios da Marinha – esse desenvolvimento já passou por três lançamentos-teste bem-sucedidos, realizados a partir da Corveta Barroso, e espera-se que os novos programas ajudem a consolidar a capacidade da indústria de defesa brasileira para absorver, aprimorar e utilizar tecnologias de ponta.
O AM39 B2M2 é a versão de última geração do míssil Exocet AM39 e substituirá o AM39 B1, em operação nos atuais helicópteros da Marinha. O sistema ar-superfície produzido pela MBDA se tornou famoso durante sua primeira utilização em combate, na guerra das Malvinas. O Exocet foi continuamente modernizado ao longo dos anos, beneficiando-se da experiência acumulada pelo uso em situações operacionais reais.
DIVULGAÇÃO: Convergência Comunicação Estratégica
que dizer? o blog esta de parabéns excelente noticia, sempre acreditei na escolha de nossas forças armadas nota x 1000
Temos os melhores Helicópteros Navais possíveis e sistemas de armas com missies, Exocet, Sea Skua e Pinguim. Não esta mais que na hora de termos um porta helicópteros? Em compra de oportunidade o Illustrious não poderia ser esse navio?
Acho que melhor seria comprar um LHD, assim como a amrinha quer, de forma “emergencial”. Um Juan Carlos I ou Mistral(principalmente, é frances, e sabe da nossa ligação com eles) seríam os mais indicados para essa tarefa(Minha conclusão).
Alguns estão questionando sobre a impossibilidade da tripulação em escapar da aeronove, mas se esquecem o quanto é levada a sério a segurança de voo na Aviação Naval brasileira. Todo esse projeto (isso não é uma gambiarra) foi acompanhado de perto pela DAerM (alem da DGMM e DSAM) e não vai impedir o escape em segurança dos seus tripulantes. Tenham certeza de que todos os envolvidos possuem competências suficientes para desenvolverem esta complexa solução de engenharia, então, não acreditem em tudo que se escreve, ou se fala, por aí.
FA
As criticas feitas em cima do EC-725 são geralmente motivadas por razões ideológicas, tenho absoluta certeza de que se esse helicóptero fosse yankee 70% das críticas feitas a ele não existiriam.
Seja como for a MB ta de parabéns pela competência e seriedade. Tenho orgulho da nossa MB!
Esse objeto de formato esférico, embaixo do EC-725, seria o FLIR?
Embaixo do nariz será o Flir e mais atrás será o radar. Igual ao do nosso Seahawk.
Augusto,
O FLIR do “Alfa” será no mesmo local dos demais. Veja a foto do HM-4 no slide show do DAN, ela mostra bem a sua posição no nariz.
FA
Daria para fazer um Squad de caça na ilha de trindade né? Usando helis ASuW e ASW teríamos como dar uma ajuda na defesa da costa em caso de conflito?
Marcelo, o problema do arquipélago de Trindade é não possuir espaço suficiente para a construção de uma pista de pouso para os caças. E, mesmo que espaço houvesse, seria como operar de um porta-aviões “fundeado” quase no meio do oceano. E detalhe: sem pista alternativa. Seria Trindade ou… Atlântico. Pelo alcance, até o resgate por helicóptero seria uma operação extremamente crítica, tanto para o ejetado quanto para a tripulação de resgate. Ao menos o PACAU (1°/4° GAv) possui a BAMN e a BABV.
Tipo, squad de caça ficou estranho. Tipo, seria um squad com helis AsuW e ASW. Acho que daria para colocar uma dezena de helis lá não?
Agora entendi. Não conheço a Ilha da Trindade (só pelo Google Earth), então fica em tese mais fácil construir um pátio e hangaretes do que uma pista. Mas deixo aos experts a questão de autonomia desses vetores de asas rotativas para a ASW.
O problema é o seguinte, eu gosto desse helicóptero e gosto mais ainda desse míssil, se consertarem o problema do rotor/transmissão e todo o sistema de radar e míssil funcionar, pra mim nota mil.
Mas que consertem e aperfeiçoem.
O que se falou que a integração de míssil era impossível no EC725 está ai prova pelo menos na foto não ficou uma gambiarra. Nós deveríamos ter baterias costeiras de míssil também para complementar nossa defesa.
Isto é uma gambiarra.
Agora nesta foto,já da para considerar uma coisa mais decente.
http://i1.ytimg.com/vi/tGRv7Rs1nY0/maxresdefault.jpg
Nessa foto ele leva equipamentos completamente diferente de um Exocet. O que faz a diferença se chama PESO e TAMANHO. O que leva a outro problema chamado CG.
Ou seja, estamos falando de um vetor para a guerra. Este helicóptero tem que ser funcional e não lindão.
Se os chilenos usam há anos e operam bem e detalhe: Estão satisfeitos, porque para nós, o “feio” virou problema?
Pensem e não se deixem levar por opiniões que são feitas em outros Blogs e fóruns.
Pensem!
E nem russo
A posição dos Exocet no EC725 é idêntica aos CougarSH32 da Armada Chilena, que foi objeto de uma antiga reportagem na Revista Força Aérea. Nâo se soube de problemas com portas, caronas etc… por lá, de modo, que os velhos do restelo continuam a procurar cabelo em ovo!
Terão que adicionar um bom radar ao EC-725 para tirar o máximo proveito da plataforma, pois se ele precisar chegar em cima do alvo para lançar um Exocet o Phalanx arrebenta ele primeiro! Aproveitando o comentário, seria ótimo se tivéssemos um navio de assalto anfíbio porta helicópteros com pelo ao menos uns seis Caracals armados à bordo já ofereceria algum perigo não é mesmo?
Li em um monte de lugares sobre as portas de correr, que elas ficariam inoperantes e que em caso de emergência seria um problema sair dali.
Mas eu estive pensando, em uma missão anti-submarino não há necessidade de uma grande tripulação, só o piloto e o co-piloto! E se caso tiver que levar mais gente que pulem por cima do missil caramba.
Abraços!
Este HEli só vai operar contra meios de Superfície.
Não. Ele levará torpedos também e uma vez que tenha a área onde lançar, ele o fará. Mas veja que a função primária será anti-superfície. Para a guerra anti-submarina temos o MH-16 Seahawk.
Sou fanboy do Exocet AM39 Block 2 Mode
2 desde o ocorrido nas malvinas foi incrível cara o que os argentinos fizeram imaginem ai os hermanos com + destes vixxxx
Por que se fala tão mal desse heli e do contrato?
Porque não é yankee.
Arma de respeito. Torço para que a integração seja de qualidade.
boa noticia, vamos esperar mais porque na Marinha a coisa anda,
Agora eu vi um ganho.