Três aviões não-tripulados, supostamente de origem norte-coreana, movidos a gasolina e descobertos no território da Coreia do Sul, podem significar o surgimento de um novo elemento na política de pressão militar norte-coreana sobre o país vizinho.
O baixo nível tecnológico dos drones não deve induzir ao erro. O uso de tecnologias criadas com base em equipamentos civis importados poderá vir a ser adequado à execução de missões militares.
Nos exércitos de outros países, tais engenhos proporcionam informações tácticas transmitidas aos comandantes de campo em tempo real. Por isso, os drones são equipados com dispositivos de reconhecimento especiais – câmaras de alta resolução óptica, mini-radares e câmaras térmicas. Além disso, para proteger a transmissão de tais dados e comandar um engenho voador são necessários meios de comunicação sofisticados.
Mas, pelos visto, tal tarefa parece inexequível para a Coreia do Norte nessa etapa.
No entanto, as missões também são diferentes. Uma das missões de que os drones norte-coreanos são incumbidos tem sido a de exercer uma pressão político-militar e a realizar o reconhecimento estratégico, incluindo apoio aos agentes norte-coreanos residentes na Coreia do Sul. Acontece que a maioria dos alvos estratégicos desse país se encontra à distância de 100-150 km da potencial linha da frente, isto é, na zona de ação de drones ligeiros, usados geralmente ao nível de batalhão ou brigada.
Assim, um eventual uso de aviões não-tripulados em voos de observação é capaz de incomodar e irritar muito as autoridades militares sul-coreanas. Os engenhos podem transportar também carga útil, se tornando um instrumento eficiente de pressão. Em termos jurídicos, será muito difícil identificar a origem dos engenhos. Mas, mesmo no caso de provas irrefutáveis, a Coreia do Norte encontrará justificativas sobre “uma falha técnica de navegação”.
Ao que parece, os drones norte-coreanos não podem transmitir dados em tempo real, podendo, contudo, ser veículos de verificação de informações relativas à deslocação das tropas no terreno e aos trabalhos de fortificação. Em princípio, não se exclui a sua utilização no estabelecimento de contatos com agentes secretos, fornecendo-lhes dinheiro, armas e munições. Como a península de Coreia não é muito grande e as fronteiras são bem protegidas, tais missões podem ser eficientes.
Por isso, os sul-coreanos terão de gastar muita verba para melhorar o sistema de observação do espaço aéreo em baixas altitudes. Nesse domínio, poderá ser útil a experiência estrangeira, embora, no caso da Coreia do Sul, a tarefa de proteção aérea seja muito mais complicada. Em paralelo, os drones norte-coreanos irão lançar um novo desafio à China, que não está de maneira nenhuma interessada no agravamento da situação na península da Coreia.
FONTE: VR – Vassili Kashin
Nossa que porcaria de avião!
Mas qualquer aeromodelo com uma camera colada com fita e (ou) amarrada com barbante serve de drone espião, o que importa é a distância em que o rádio opera, ainda mais em um país pequeno. E volto a dizer, que porcaria!
Abraços
Sem dúvida, um aeromodelo vendido no mercado civil pode transportar explosivos ainda que de baixa intensidade, mas sua atuação pode ter resultados excelentes em fábricas , depósitos. linhas de transmissão , navios e aviões parados em portos e aeroportos.
Anotem , isso se chama resistência … IEDs que voam.