Especialistas a bordo de um navio de carga transformado em um neutralizador de armas químicas e avaliado em milhões de dólares, disseram nesta quinta-feira (10/04) que estão prontos para começar a trabalharem no estoque sírio de armas químicas, no meio do mar Mediterrâneo já em maio, eles só estão na espera do tempo acalmar na região e que a Síria entregue o material no prazo combinado.
O ex-navio contênier Cape Ray, ancorado ao sul da Espanha, foi preparado para o recebimento de equipamentos (o valor que gira algo em torno dos 10 milhões de dólares) que irão receber e processar cerca de 560 toneladas de agentes químicos dos mais perigosos e de vários tipos da Síria e levá-los ao alto mar, disseram as autoridades.
O governo sírio, que está em luta contra grupos rebeldes há três anos, concordou em entregar o seu arsenal, que inclui precursores de agentes nervosos letais como gás sarin, de mostarda e enxofre, no âmbito de um acordo internacional apoiado por Washington e Moscou.
A bordo do Cape Ray, a equipe especializada irá transformar boa parte desse material em uma mistura de substâncias químicas bem menos tóxicas, prontas para serem eliminadas em terra. O processo, dizem os encarregados da tarefa no navio, é bastante simples, tendo como o principal elemento para neutralizar os agentes a água quente.
Mas as coisas podem ficar mais complicadas se o mar estiver agitado, “Tudo depende do balanço do navio e eles testaram isso”, disse o porta-voz da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), Michael Luhan, que está executando a operação de eliminação junto à Organização das Nações Unidas.
“Eles fizeram alguns testes com o Cape Ray antes de zarpar e estão confiantes de que devem ser capazes de manter as operações em um mar relativamente calmo”, acrescentou.
Se o mar estiver calmo, o Cape Ray – com uma escolta de segurança de 10 países – irá para algum lugar em águas internacionais e levará cerca de 60 dias para neutralizar os agentes químicos, disse o contra-almirante Bob Burke, diretor de operações navais dos Estados Unidos na Europa e África.
Mas se as condições das águas forem bem agitadas, o processo poderá se estender por até 90 dias, apesar de o clima nesta época do ano ser geralmente muito bom, acrescentou.
Aconteça o que acontecer, não haverá nenhum risco para as águas azuis do mar Mediterrâneo, insistiram eles. “O navio irá armazenar cada gota de efluentes do processo de destruição. Nem uma gota vai para no mar”, afirmou Luhan.
FONTE : br.reuters.com
cabeamento exposto oferecendo risco de curto circuito e esses plugs para motores são muito ruins pois causam aquecimento na conexão, o quadro se agrava quando o produto bombeado é químico e na maioria das vezes explosivo ou venenoso, muitas valvulas manuais e muitos flanges onde podem ocorrer vazamentos do elementos quimicos oferecendo um alto risco de contaminação para toda a tripulação, isso ja com a instalação parada, imagina flutuando em um mar agitado, a chance de acontecer algo ruim é muito grande.