Inaugurada hoje em Nova Deli a feira Defexpo 2014, o maior certame indiano de armamentos e equipamentos para o Exército e Marinha de Guerra.
As compras de armamentos soviéticos e russos efetuadas ao longo de muitos anos, colocam a questão premente da substituição de sistemas obsoletos e da sua consequente modernização. Hoje em dia, um dos temas-chave é o destino dos tanques T-72, fornecidos ainda nos anos 70-80, e dos carros de combate mais modernos, os T-90.
O consórcio Rosoboronexport e a empresa Uralvagonzavod expõem na feira o BMPT-72, viatura de apoio de blindados Terminator, que utiliza o chassi do T-72, exposto pela primeira vez na Feira ERA-2013 em Nizhny Tagil. Tal modernização dos tanques T-72 se considera uma opção eficaz no quediz respeito ao uso de chassi antigos. Ao mesmo tempo, a Rússia é capaz de propor variantes de utilização do T-72 sem a alteração fundamental das suas características: para além do BMPT-72, a Uralvagonzavod já tinha demonstrado algumas modificações com uma elevada proteção, adaptada para combates de rua e um sofisticado sistema de comando de fogo.
A Marinha de Guerra da Índia, possuindo uma grande quantidade de equipamentos militares soviéticos e russos, também se mostra interessada em programas de modernização: as fragatas do projeto 11.356 e submarinos diesel do projeto 877 que, aliás, constituem a base do poderio das Forças Navais da Índia, requerem, de forma igual, uma modernização abrangente. Ao contrário dos submarinos, já em vias de aperfeiçoamento, as propostas para o efeito ainda não foram preparadas.
Um dos temas básicos será ainda a questão da manutenção técnica do porta-aviões Vikramaditya, entregue recentemente pela empresa russa Sevmash. É bem provável que o atraso na entrega de complexos israelenses de defesa anti-aérea Barak-8, destinados a este vaso de guerra, seja aproveitado por projetistas russos para a promoção de sistemas análogos russos.
Além disso, se mantém uma incógnita na escolha de protótipos para o submarino indiano convencional PL do projeto75I. A Rússia participa de uma concorrência com o seu projeto Amur-1650, sendo essa uma versão de exportação do projeto 677 Lada. Frente aos problemas que se acumularam na produção de submarinos do projeto francês Scorpene pela Índia, o submarino russo tem boas chances de ganhar.
Perspectivas de desenvolvimento
A próxima década, pelo visto, não será fácil para os produtores e exportadores de armamentos russos, apesar de existirem perspectivas quanto às novas gerações de plataformas de material bélico. No Exército, as plataformas de blindados, nas quais foram criados veículos de várias marcas, têm sido substituídas por equipamentos de nova geração.
Com base neles, deverão ser criados carros de combate, veículos blindados e de transporte de pessoal. Um fator-chave do êxito será não apenas um elevado poder de fogo, a sua alta velocidade e proteção, mas também a eficiência de sistemas de comando e outros parâmetros e dispositivos, inclusive os econômicos, relativos à resistência, à durabilidade e à transferência de tecnologias para a produção sob licença.
A história de cooperação com a Índia vem demonstrando que os armamentos russos correspondem aos rigorosos critérios apresentados por esse país, embora a concorrência no ramo tenha sido acirrada. O consórcio Rosoboronexport tem revelado a flexibilidade perante as elevadas exigências apresentadas pela Índia. A atual feira irá demonstrar até que ponto esse trabalho é eficiente.
FONTE: Voz da Rússia
Incrivelmente uma país que esta se esforçando tanto em produzir e render com defesa chamado Brasil, nunca vejo nessas exposições. O Brasil tem que ir vender seus produtos na Ásia e Oriente Médio, no oriente médio os sauditas principalmente!!!
Sabe a LAAD? então, acho que é maior que isso aí. E exportamos sim nossos sistemas, mas não temos grandes tecnologias a exportar. Os mísseis AAM MAA1 Piranha de curto alcance e o MAR1 aintiradar foram exportados aos montes para o paquistão, que inclusive é inimigo da india.