PEQUIM, 2 Fev (Reuters) – A China não se sente ameaçada por países do Sudeste Asiático e está otimista sobre a situação no disputado Mar do Sul da China, afirmou o Ministério das Relações Exteriores, advertindo o Japão para não “espalhar boatos” de que o país estaria planejando uma nova zona de defesa aérea.
A China deixou alarmados o Japão, a Coreia do Sul e os Estados Unidos no ano passado, quando anunciou uma zona de defesa aérea para o Mar da China Oriental, que abrange um grupo de ilhas desabitadas no centro de uma amarga disputa de propriedade entre China e Japão.
Na semana passada, o jornal japonês Asahi Shimbun informou que a China considerava a criação de uma zona semelhante – onde aeronaves estrangeiras devem relatar seus movimentos para a China – no Mar do Sul da China, o que levou o Departamento de Estado dos EUA a advertir contra tal movimento.
Em um comunicado divulgado na noite de sábado, o Ministério das Relações Exteriores da China deixou implícito não haver necessidade de tal zona no Mar do Sul da China, onde a China, Vietnã, Malásia, Brunei, Filipinas e Taiwan têm reivindicações concorrentes.
“De modo geral, a China não sente haver uma ameaça à segurança aérea a partir de países da ASEAN”, disse o ministério, referindo-se à Associação de Nações do Sudeste Asiático.
“A China se sente otimista sobre as relações com os países vizinhos do Mar do Sul da China e da situação geral no Mar do Sul da China”, disse o ministério , acrescentando que acreditava que as perspectivas para os laços com a ASEAN são “brilhantes”.
Enquanto o ministério afirmou que a China tinha o direito de definir zonas de defesa aérea sem sofrer críticas, o órgão criticou o Japão por tentar desviar a atenção dos próprios planos militares.