Expectativa é que fábrica saia do papel em 2014 e empregue mil pessoas. Governo anunciou compra de 36 caças suecos Gripen por US$ 4,5 bilhões.
O vice-presidente mundial da Saab, Lennart Sindahl, anunciou nesta quinta-feira (30), em São Bernardo do Campo, o investimento inicial de US$ 150 milhões para a construção da fábrica que irá produzir estruturas para o Gripen, o novo caça do Brasil.
Em dezembro, a presidente Dilma Roussef anunciou a Saab como vencedora de uma licitação internacional para a compra do novo avião de combate brasileiro. Serão adquiridas 36 aeronaves por US$ 4,5 bilhões. Sueca, a Saab saiu-se vencedora do processo, onde concorreram também a norte-americana Boeing, com o F-18, e a francesa Dassault, com o Rafale.
Segundo Jairo Candido, presidente do Grupo Inbra, a parceira da Saab no país, a fábrica será erguida em uma área proxima ao rodoanel, onde a cidade construirá um polo de indústrias de defesa.
A expectativa é que a fábrica já saia do papel em 2014 e que empregue mil pessoas.
O anúncio foi feito durante visita de representantes da Saab a São Bernardo do Campo. Sindahl afirmou que a proposta apresentada é que 80% do Gripen seja feito no Brasil.
“Vamos aprender com os suecos como se faz peças de um avião de outro nível”, disse Jairo Candido, cuja empresa já é responsavel por peças de aviões da Embraer.
A montagem e a integração das peças e sistemas dos aviões será feita pela Embraer.
Ainda não está definido quais serão as peças que serão produzidas no Brasil.
O investimento inicial de US$ 150 milhões será para as instalações físicas da fábrica e a transferência de equipamentos e máquinas.
“Seremos uma fábrica de aeroestruturas de nível 1, pois vamos aprender a fazer as partes importantes do avião, como a asa, a fuselagem. Isso o Brasil nunca fez. Até o momento produzimos peças de nível 2 e 3 (mais simples)”, disse Jairo Cândido, do Grupo Inbra.
O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho,diz que quando o ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, criticou o Gripen, afirmando que se tratava apenas de um avião “ainda no papel”, a Saab o pediu ajuda. “Vi aí uma oportunidade para desmistificar isso e uma oportunidade para trazer investimentos na região”, disse.
A previsão inicial é que o primeiro Gripen seja entregue em 2018
“Estamos vendo o Brasil como um parceiro em potencial. A escolha de São Bernardo do Campo para sediar esta indústria se deve a um conjunto de fatores, entre eles ao fato de várias empresas suecas já estarem instaladas na região. Temos uma parceria de confiança com a cidade”, afirmou o vice-presidente da Saab.
FONTE: G1
“(…) Recomendo pés no chão, olho vivo e faro fino. O “casamento” entre a SAAB e as empresas brasileiras parceiras, a Suécia e o Brasil, tende a dar muito certo. ”
BOA!!!… Convocar a dupla Olho Vivo e Faro Fino, então, foi ótimo!… 😉
Calma, gente. Deixemos o negócio andar. A definição do que será realizado ainda está distante. O contrato sequer foi minutado. O que existe ainda são meras propostas, “intenções” que, com a acuidade do pessoal da FAB, tenderão a tornar-se o que o país precisa, o Estado Brasileiro deseja (não o governo, frise-se) e o parque tecnológico brasileiro poderá absorver. Nada poderá ficar aquém, nem mesmo além, do que constou do certame vencido pela SAAB. Recomendo pés no chão, olho vivo e faro fino. O “casamento” entre a SAAB e as empresas brasileiras parceiras, a Suécia e o Brasil, tende a dar muito certo.
As instalações da Saab produzirão parte das peças, a Akaer e outras empresas outras partes, a Embraer outras e esta última integrará e montará os aviões brasileiros. A própria Akaer é fornecedora da Embraer, assim como a Inbra. Ainda estão definindo quem fará o quê e isso só saberemos com a assinatura do contrato. Isso é o que eu entendi.
Desculpa, mas eu quero entender, para quê a SAAB vai montar uma fábrica aqui se a AKAER (conforme sua propaganda) diz que vai produzir 80% da sua fuselagem, não seria mais fácil contratar a produção disso pela Embraer, que é quem irá montar a aeronave? Nada contra contra o reinvestimento de toda essa quantia no país, mas a ideia não fazer em parceira e não a montagem de uma subsidiária da fábrica aqui no país? Isso, inclusive, foi bastante criticado pela postura francesa nesse certame, de que estaria comprando aqui dentro empresas que “receberiam a ToT”, sei lá, tem algo estranho.
Até mais!!! 😉