O Museu TAM conta a história do P-16 Tracker, avião militar usado no conflito entre Brasil e França por causa do crustáceo
Num dia quente em 1961, pescadores pernambucanos perceberam uma movimentação em alto-mar: barcos com bandeira da França fisgavam lagostas ilegalmente em águas brasileiras. A Marinha foi alertada, flagrou a contravenção e expulsou os franceses do país. O problema é que eles se recusaram a ir embora – dando início ao embate conhecido como Guerra da Lagosta, que durou dois anos.
O conflito não teve tiros. Ficou restrito ao campo diplomático e, em certos momentos, ganhou contornos surreais. Para justificar a pesca na região, o governo francês alegou que a lagosta é um peixe “porque se desloca aos saltos”. A resposta do comandante brasileiro Paulo de Castro Moreira Silva. “Por analogia, o canguru é uma ave.”
Enquanto os diplomatas discutiam as classes animais, navios pesqueiros franceses foram apreendidos pela Marinha. Em represália, a França enviou dois navios de guerra para escoltar seus pescadores. No sábado de Carnaval de 1963, a Força Aérea Brasileira deslocou quatro P-16 Tracker para Recife. Os aviões de guerra vigiaram os navios franceses por 17 dias, até que eles deixassem as águas brasileiras.
Conhecida inicialmente como “Sentinel”, a aeronave em pouco tempo passou a ser chamada de “Tracker” e ganhou o mundo. Catorze países adotaram em suas forças armadas para ser usado no combate a submarinos.
Um exemplar do P-16 igual aos que participaram da Guerra da Lagosta está em exposição no Museu TAM. Ele conta a história do Grumman P-16 Tracker e dos conflitos em que esteve envolvido.
Fonte: Revista TAM nas Nuvens
O P-16 não foi usado na 2ª guerra contra submarinos alemães.
Celso,
O S-2 Tracker fez seu primeiro voo em 04.12.52, portanto, não foi utilizado durante a IIGM.
FA
O texto está sugerindo isso ou ….estou com incapacidade de interpretação.
O texto está afirmando isso, mas não corresponde com a realidade, e você não está com qualquer tipo de incapacidade de interpretação (e nem de visão)! rsrsrsrs
FA
Pois é, Marcelo,
Se esse evento se repetisse hoje, que navios de guerra a MB teria para enviar, de imediato, para o local?
Creio que a Barroso, uma ou duas Niteróis, não sei quantas Inhaúmas e algum navio de apoio.
Muito menos do que aquela época. E olha que naquela época, boa parte dos navios da esquadra ficou pelo caminho.
Saudações.
Precisamos aproveitar este evento histórico, para analisar todos os parâmetros que facilitaram os acontecimentos:
1 – Recurso natural disponível no mar:
2 – Falta de um patrulhamento efetivo neste mar:
3 – Capacidade (equipamentos e dinheiro) de um pais qualquer para ir até este local para recolher este recurso sem qualquer aviso;
4 – Informações lentas e tardias para uma analise bem fundamentada dos eventos, para uma pronta resposta;
5 – Resposta FIRME, através de uma perseguição, cercamento e confisco de todo o recurso em seus barcos, eventualmente ate dos barcos.
6 -Resposta máxima com a operação de uma esquadra pronta, moderna e com recursos para isto.
Fazendo uma avaliação simples, parece que não foi aprendida a lição da “Guerra da Lagosta” pelos últimos governos nacionais.
Segundo informações, existem aproximadamente 800 barcos de pesca atualmente roubando o nosso pescado…
Eles (governos brasileiros) estão preocupados em proteger e vigiar torcedores de futbol e fuliões de carnavais meu camarada, por que a fonte de riquezas pra eles é os nossos bolsos, os de quem trabalha e tenta progredir e proteger neste país!
“Segundo informações, existem aproximadamente 800 barcos de pesca atualmente roubando o nosso pescado… ”
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Isto porque o Brasil não tem e nunca teve! Capacidade de monitoramento pleno de suas vastas aguas jurisdicionais.
Por isto a importância da implantação de um projeto como o SisGAAz…
Mas para o DESGOVERNO sai mais barato fazer vistas grossas para a pesca ILEGAL,INFELIZMENTE o país NÃO é nada sério .
É vero Marcelo!… Meu falecido avô já fazia parte do almirantado da época e também vivenciou de perto este episódio… E, EU começo`à achar que ele morreu de desgosto ao final da década de noventa (1999; e já reformado) por perceber os rumos sem leme e sem remos que as “nossas” (minha é que não é) políticas para estratégia de defesa, entre outras, estavam tomando… OU, pela falta delas!… Pois, com toda certeza, para um Militar Instrutor nada mais desolador do que sentir que não conseguiu cumprir com a sua missão ao ver que as lições estão mal resolvidas ou NÃO foram bem compreendidas…
Não posso deixar passar a oportunidade de dar um testemunho.
Tive o privilégio de, em uma visita programada pela EN, ouvir o já Almirante Moreira sobre o acontecido.
Ele relatou que, durante as conversações, a França alegou não violar o acordo que tinha com o Brasil de não explorar os recursos na superfície da plataforma continental, que a lagosta se movimentava aos pulos e que, neste momento, quando ela “pulava”, era quando os pesqueiros franceses a capturavam. Então, a lagosta era capturada como peixe, e não como crustáceo na superfície da plataforma continental.
Então, ouviram a famosa resposta de que “então canguru é passarinho”.
Esta resposta teria motivado a famosa frase da delegação francesa, e não de De Gaule, de que o Brasil não era um país sério.
Quem não foi sério na ocasião?