Negociação por 18 aviões com mais de 20 anos de uso estaria em fase final; Espanha fica de fora
O governo da presidente Cristina Kirchner estaria na reta final de uma negociação para comprar 18 aviões de combate israelenses Kfir Block 60, construídos pela Indústria Aeroespacial de Israel (IAI), segundo fontes próximas à transação. O passo da Casa Rosada formalizaria o abandono das negociações com a Força Aérea da Espanha para a aquisição de 16 aviões Mirage F-1, também de segunda mão.
Um dos motivos da opção pelos aviões israelenses seria a tentativa de Buenos Aires de reduzir a tensão com o governo de Israel após Cristina fechar um pacto com o Irã, há um ano, para uma investigação conjunta sobre o atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994. Do lado técnico, o argumento é que Israel tem o modelo de melhor qualidade.
No ano passado, quando anunciou as conversações com a Espanha, o governo Kirchner destacou que a compra desses aparelhos, com 39 anos de uso, incluiria o treinamento dos pilotos argentinos. A transação era estimada em US$ 220 milhões. O negócio provocou, na época, uma série de críticas por parte de oficiais da aeronáutica e de integrantes da oposição. O ex-ministro da Economia, Roberto Lavagna, chegou a condenar a aquisição sem licitação prévia. “Os caças foram usados primeiro pela Jordânia e, depois, pela Espanha. Estão com quase 200 mil horas de voo”, acusou Lavagna, integrante do gabinete do ex-presidente Néstor Kirchner.
Os Kfir são aparelhos com mais de 40 anos de fabricação. Foram amplamente revitalizados e contam com os motores americanos J-79 da General Electric, um radar eletrônico AESA moderno, além de armamento atualizado. A transação envolve alguma transferência de tecnologia. Mas os Kfir custariam mais do que os Mirage, já que para tê-los seria necessário desembolsar US$ 500 milhões.
Do total de aparelhos negociados, seis seriam entregues prontos. O restante seria montado na Argentina, nas instalações da Fábrica Argentina de Aviões Brigadeiro San Martin. O trabalho teria a colaboração de técnicos israelenses.
A negociação chamou a atenção da Grã-Bretanha, que em razão das Malvinas – arquipélago controlado pelos britânicos, que as denominam Falklands, mas reivindicado pela Argentina – está atenta a rearmamentos no país. Apesar das ameaças de retaliação comercial do governo Kirchner, a Argentina nunca fez qualquer intimidação militar. A diplomacia britânica teria solicitado a Israel informações sobre os Kfir.
Resgate do poder de fogo da aviação
Os caças israelenses Kfir Block 6o são muito superiores aos anteriormente escolhidos Mirage F-1 da Espanha, vítimas de senilidade tecnológica e da manutenção precária. Embora tenham sido produzidos nos anos 80, os Kfir em oferta foram modernizados pelo fabricante. Ganharam um sofisticado radar de varredura abrangente, capaz de detectar alvos a longa distância no ar e em terra, além de dirigir mísseis até o impacto final. Têm motores e sistemas eletrônicos novos, velocidade de 2.400 km/h, com capacidade de reabastecimento em voo. Sob as asas, estão até 6,3 toneladas de cargas de ataque,”mais dois canhões de 30 mm. Os 18 caças vão equipar dois ou três esquadrões e podem trazer de volta o poder de fogo da aviação de combate argentina. Só isso já vaie os US$ 500 milhões do contrato.
FONTE: O Estado de São Paulo
A Argentina é um depósito de velharias.
Los hermanos acertaram concordo plenamente. Os Mirage F1 espanhois estavam muito velhos e nunca fariam uma melhora neles pra entregar a Kirchner, por causa da OTAN e da Rainha é claro. Vai ser um caça bom o Kfir e eles deveriam adquirir mais depois.
Tomara que consigam comprar, dá dó ver nossos hermanos na penúria completa, nós quase chagamos lá, não fosse a recente decisão pelo Gripen, com certeza seríamos nós os irmãos pobres dsa américa dos sul. O F-5 é um tremendo avião para a guerra da Coréia e Vietnam, no atual cenário é miserável! os milhões que gastaram na última atualização seriam nelhor empregados se tivéssemos adquiridos uns F-16 de segunda mão. Quanto ao A-1, tudo foi perdido, todo ferramental para fabricação e montagem apodreceu, do acordo de transferência e produção de um caça brasileiro ficamos na mesma de 40 anos atrás, somente alguns militares e algumas empresas enriqueceram, Brasil teu nome é CORRUPÇÃO.
Discordo totalmente. O A1M será a mais poderosa arma de retaliação e contraataque do Hemisfério Sul.É só procurar informar-se. Usamos nossos aviões anos a fio, isso nos dá vantagem sobre os usuários novatos.
A 1 M é um bom avião, com grande alcance, fácil de manter e de operar. Na RED FLAG, os A 1 originais, enfrentaram com sucesso F-16. Considero muito bom modernizá-los.
O AMX é um excelente avião para a realidade da América Latina: Robusto, fácil de manter, baixo consumo, e o principal na arena de combate moderna: Baixo RCS!
Acredito que em uma guerra prolongada, seria nosso único jato.
O único senão é que seu projeto foi concluído no final dos anos 80, daí minha crença que não seria mal uma modernização profunda (não só na suíte aviônica), tendo em vista as novas tecnologias (em especial as de furtividade). Talvez uma substituição dos RR Spey fosse bem vinda.
Esses kirf se comprados pelos argentinos devem vim bichados para os ingleses saberem sua localização.
Opa, será que teremos agora uma america do sul bem equipada ???
Vcs acham que esses Kfir são tão bons quantos nossos F-5M e os futuros Grippes J-39 ???
ou são uma especia de A-4 da MB ???
Luiz Gabriel,
De uma maneira geral, pode se dizer que esses Kfir block60 seriam sim melhores que os F-5M; principalmente pelo seu radar AESA, que daria um adversário duro em combate a média distância ( sendo ameaça até mesmo para os F-16 block 52 chilenos ). Mas não chegariam nem perto do desempenho de um Gripen NG…
Kfir block 60 é uma grande eletrônica em uma célula de desenho antiga adaptada ao J-79, menos manobrável do que o Mirage III com o ATAR. Prefiro o F5- M, menor, mais manobrável, ,menor assinatura radar, mais polivalente, mais fácil de manter, ainda que com motor subdimensionado. Dúvido que os ingleses permitam o radar Elta 2052 nos aviões argentinos, no máximo um 2032 capado!