Após sucessivos atrasos, DCTA programa para este ano voo tecnológico, sem satélite acoplado, para avaliar resultado de mudanças no projeto após o incêndio em 2003 que matou 21 pessoas em Alcântara
O IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), de São José dos Campos, programou para este ano o primeiro voo tecnológico de um protótipo do VLS-1 (Veículo Lançador de Satélite), para testar o sistema de navegação do veículo espacial.
O sucesso desse teste é considerado uma das etapas fundamentais para o voo do VLS-1 com carga útil, ainda sem previsão.
Vinculado ao DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), o IAE é o responsável pelo programa de desenvolvimento do foguete nacional para lançamento de satélites, que integra o Programa Espacial Brasileiro.
Depois de duas tentativas frustradas de voo do veículo espacial e da destruição do terceiro protótipo do VLS e da TMI (Torre Móvel de Integração) por um incêndio em 2003, que vitimou 21 técnicos do IAE no Centro de Lançamento de Alcântara (MA), o projeto passou por revisão geral.
Operações
Tenente-Coronel Alberto Walter da Silva Mello, gerente do Projeto do VLS-1, explica que estão previstas duas operações para o VLS-1 ao longo deste ano.
Uma para testes funcionais de todos os sistemas embarcados e meios de solo, denominada Santa Barbara.
A outra de lançamento com o voo tecnológico do VSISNAV (um protótipo do VLS), que servirá para qualificar o sistema de navegação para veículos espaciais, os propulsores da parte baixa do VLS-1, incluindo-se a separação de primeiro e segundo estágios e a estabilidade de queima do motor do veículo sob aceleração.
É esse sistema que permite o controle da trajetória do veículo sem o auxílio de qualquer sinal externo, um das dificuldades enfrentadas pelo VLS.
Recursos
De acordo com o tenente-coronel, a continuidade do projeto e a inserção de carga útil em órbita utilizando-se o VLS-1 dependem da complementação de recursos orçamentários.
“Também do sucesso do lançamento do VSISNAV em 2014. A previsão atual é que o próximo protótipo, denominado XVT-02, seja lançado em 2016”, declarou.
No ano passado, o governo federal destinou R$ 15,5 milhões para o projeto do VLS-1, mesmo montante previsto para ser liberado este ano, segundo o tenente-coronel.
Para o SindCT (Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia do Setor Aeroespacial), o Programa Espacial Brasileiro não tem a “atenção merecida do governo federal, que não aporta recursos suficientes para o programa”.
“O governo prefere destinar verba para a ACS (Alcântara Cyclone Space) em vez de aplicar recursos no desenvolvimento de um foguete nacional”, disse o presidente da entidade, Ivanil Elisiário Barbosa.
A ACS é uma empresa pública binacional de capital brasileiro e ucraniano constituída em 2006 com o objetivo de comercialização e lançamento de satélites utilizando o Foguete espacial ucraniano Cyclone-4 a partir do Centro de Lançamento de Alcântara.
Segundo o dirigente sindical, em reunião ocorrida no final do ano passado com o pessoal que trabalha no Projeto do VLS-1, no IAE, a gerência do programa garantiu que os recursos para o voo tecnológico do protótipo do veículo espacial este ano estão garantidas.
Torre de Alcântara já está em operação
A nova TMI (Torre Móvel de Integração) do Centro de Lançamento de Alcântara foi finalizada e está em funcionamento, informa o gerente do Projeto VLS-1, tenente-coronel Alberto Walter da Silva Mello.
Ele ressalta que, para a operação de lançamento, ainda faltam ligações específicas entre a casamata e a torre, envolvendo cabos e fibras óticas.
“Esta infraestrutura é necessária para comunicação entre o veículo lançador e os meios de solo e para configuração dos parâmetros de voo”, explicou o tenente-coronel.
Segundo o gerente do Projeto do VLS-1, a conclusão dessa etapa está prevista para o primeiro trimestre deste ano.
A nova TMI custou cerca de R$ 44,1 milhões e seu projeto foi revisado e aperfeiçoado no quesito segurança. A torre ficou pronta em 2012.
Ela contempla equipamentos que não existiam na primeira e que permitem uma fuga rápida de pessoal em caso de acidente, como o que destruiu a primeira, que foi consumida pelo fogo em minutos.
Um dos equipamentos que se destacam na configuração da nova TMI é o túnel de escape acoplado à torre que possibilita evacuação rápida.
A nova TMI mede 33 metros de altura, o equivalente a um edifício de nove andares, possui 10 metros de largura e 13 metros de comprimento e pesa 380 toneladas.
Empresa participa do projeto do VLS
A Mectron, de São José dos Campos, é a responsável pelo desenvolvimento e fabricação das redes elétricas (equipamentos eletrônicos de bordo) do VSISNAV – Veículo Lançador do SISNAV, que vai testar o sistema de navegação do VLS. Os equipamentos sob responsabilidade da empresa são todos os computadores e equipamentos eletro-eletrônicos de bordo que compreendem suas redes de controle, serviço, segurança e telemetria.
Técnicos concluem reprojetos do VLS
No ano passado, os técnicos do projeto do VLS-1 finalizaram os reprojetos, os desenhos e as fabricações dos módulos e componentes para o veículo. Segundo o IAE, também estão sendo concluídos os carregamentos dos cinco propulsores dos primeiro e segundo estágios, totalizando mais de 30 toneladas de propelente ativo. Fases importantes do embarque do VLS-1 para Alcântara (MA).
PROJETO DO VLS-1
Teste – IAE programou para este ano o voo tecnológico de um protótipo do VLS-1
Navegação – O voo servirá para testar o sistema de navegação do veículo lançador
Fundamental – Esse sistema é considerado fundamental para o voo real do VLS-1
Sem previsão – Por enquanto, não há previsão de quando ocorrerá o voo do VLS-1 com carga útil. O veículo servirá para a colocação de satélites em órbita
Sistema – Também será realizado operação para testar os sistemas embarcados e meio de solo do protótipo do VLS-1
Torre – A construção da nova TMI (Torre Móvel de Integração), do veículo espacial, no Centro de Lançamento de Alcântara (MA) foi finalizada
Sistema – A nova torre contempla sistema de segurança que permite fuga em caso de incêndio
Destruição – A torre anterior foi destruída em 2003 por um incêndio
FONTE: O Vale – Chico Pereira
A torre de lançamento do VLS não se incendiou, ela foi destruída pelos americanos que não querem o Brasil na corrida espacial
Sou ateu… Maaasssss, nessas horas da atual conjuntura tá valendo apelar para todos os santos pro bichão decolar rumo ao céu… E, pago até penitência se o foguetão brasuca chegar lá!… hehehehe 😉
Eu também Nelson!
Se esses testes derem certo. Devemos partir com mais força para o projeto principal!
esta ACS que tanto suga recursos que poderiam ser investidos no VLS é no minimo suspeita….
sucesso a FAB em sua nova tentativa
Bom.. esse lançamento sem pacote, parece uma versão beta, testes in loco, vai ser uma boa forma do IAE e o DCTA mostrar que toda a preocupação com a segurança vai render bons frutos. Combustível e materiais são caros, os cara tão testando tudo a exaustão, pra não dar problema.
link interessante que achei de um dos ensaios: http://www.youtube.com/watch?v=6_8Vmh-vT_c
Me IRRITA profundamente tanto DESCASO com o VLS ,é INCOMPETÊNCIA em excesso .