O Gripen NG vai usar os mísseis A-Darter, produzidos no Brasil pela Mectron em parceria com Avibrás e Opto Eletrônica. O teleguiado já passou por três fases de testes e entra na pré-produção em 2014. Na África do Sul, o equipamento vem sendo integrado ao Gripen JAS-39.
Em adição ao comentário dos amigos Fred e antonio gomes:
Quanto a combate aéreo, creio que cinco parâmetros sejam fundamentais: manobrabilidade, velocidade, raio de ação, poder de fogo e capacidade de detectar ao longe. Contudo, hoje pode se acrescentar a furtividade e a capacidade de defender-se da guerra eletrônica…
Todos os itens são importantes. Contudo, a furtividade demanda maior atenção. De fato, de pouco adianta a aeronave ter todos os cinco primeiros atributos se ela possuir um elevado RCS ( reflexo a ondas de radar ).
Com o avanço dos sistemas de detecção e dos mísseis, ocorre que a única maneira de escapar de sistemas de defesa moderno é não ser visto por ele. E nesse sentido, o Gripen NG trará inovações importantes, muito embora não represente a quinta geração ( stealth ). O Gripen original já é uma aeronave de um RCS extremamente discreto, bastante adequado aos dias atuais. É de se esperar, portanto, que o NG, com os refinamentos aerodinâmicos que certamente estarão presentes ( além da adoção de tecnologias no estado da arte ), terá uma furtividade maior ou pelo menos conserve a furtividade que seu antecessor possui ( relembrando que jamais chegará a tipos especificamente projetados para serem stealth, como o F-35 ).
Em outras palavras, uma aeronave de caça dotada de um radar avançado, com mísseis competentes e com a maior furtividade possível, tenderá a superar os caças ultra manobráveis ( mas que possuem RCS maior ). Sendo mais furtivo, poderá ver sem ser visto. Dotado de um radar LPI ( capacidade que permite baixa provabilidade de ser detectado por RWR ) terá a provabilidade de iluminar um alvo sem que esse saiba que está sendo iluminado. Me arrisco a dizer que seu radar poderá até ter menos alcance, desde que seja LPI. Evidente que quanto maior o alcance, melhor. Mas se o caça for amparado por uma competente aeronave de alerta aéreo antecipado, poderá utilizar os dados provenientes dessa para controlar o espaço de batalha e atacar primeiro ( aliás, o Gripen foi pensado desde a origem para isso; para trabalhar em rede com sensores no céu e em terra ). E dotado de mísseis melhores, sempre terá a possibilidade de atirar primeiro ( afinal de contas, caça nenhum será mais rápido ou mais manobrável que um míssil… ). Esse ultimo item, aliás ( mísseis ), eu considero de importância suprema. De nada adianta ter o ultra-super-caça se ele não terá mísseis competentes…
Evidente que sempre haverá a possibilidade de um dogfight, mas mesmo nesse caso a tecnologia também faz a sua parte, com miras em capacete e mísseis off-boresight, que compensam bem qualquer parâmetro inferior em manobrabilidade…
Quanto a capacidade de fazer ataques eletrônicos para defender-se, embora muito importante, não creio que supera a importância da capacidade stealth. E a razão é que as emissões eletrônicas, embora possam neutralizar as ações eletrônicas adversárias, também delatam a presença de quem as emite; isso contando que nem sempre pode se lograr êxito em conter um inimigo eletronicamente… Assim sendo, o mais conveniente seria ultrapassar as defesas em total silêncio eletrônico…
Por fim, a persistência em combate poderia ser acrescentado como um parâmetro a parte. A aeronave que tem maior persistência, evidentemente poderá ter uma maior presença sobre a zona a ser defendida; o que é fundamental se o que se deseja é a superioridade aérea em território hostil. Contudo, se o objetivo é a defesa de território amigo, com a possibilidade de se contar sempre com pistas de pouso secundárias e com a presença sempre garantida por um número razoável de aeronaves, me arrisco a dizer que os demais itens da lista sobem em importância…
Será que o Brasil (FAB/Gov) ainda tem interesse em participar do projeto do caça 5G russo? Se não estou enganado o MD sinalizou uma participação, fora do FX. Não há o que se queixar agora, com o encerramento do FX, os ganhos serão muitos. Mas não será interessante e muito bom para o Brasil participar com os russos e indianos de um projeto que tem tudo para dar certo?
Estou doido para ver o Brasil com seus GRIPEN’s NG , em grande quantidade sendo fabricados no Brasil e exportados para África , Oriente Médio e alguns parceiros da AL , vendendo sem a importação de tecnologia. E espero que o Brasil com isso dê um passo largo para lançar seu satélite próprio ou em conjunto quanto com a China , quanto a Argentina.
Já li por aí que num combate aéreo é muito importante “ver” primeiro o inimigo e “disparar” mísseis primeiro…. Ou seja, um bom radar e bons mísseis BVR deve ser decisivo, não ? Sendo assim, se o Gripen brasileiro tiver um poderoso radar (AESA?) e mísseis METEOR , será difícil ser abatido por qualquer caça inimigo que tenha mísseis inferiores, não ? Aí pode vir Rafale, SH, Eurofighter….. Se bem que Rafale e Eurofighter Typhoon devem usar METEOR também….. Quanto aos SU-30 venezuelanos, se tiverem mísseis com maior alcance, aí eu não sei…..
Esta sendo desenvolvido para o Gripen NG um radar AESA. Chama-se ES-05 RAVEN e a empresa que o está desenvolvendo é a Selex Galileo, que é a mesma que integrou os radares Grifo dos F-5M da FAB e está a desenvolver o radar Captor-E para o Eurofighter Typhoon ( Tranch 3 ).
Trata-se de um radar inovador, a ser desenvolvido com um recurso “swashplate”, que permitiria um maior angulo de cobertura que os radares AESA produzidos até então.
O Gripen armado com A-Darter e Meteor será um caça de respeito.
Muita gente continua batendo na tecla do alcance do Gripen NG, insistindo na sua inferioridade frente ao Rafale e F18 SH, dando uma pesquisada, concluí que isto é bastante relativo as configurações especificas das missões de voo.
Alguns exemplos de configurações de missão para os três concorrentes do finalizado FX-2:
—
– O alcance de combate do Rafale, em uma configuração com 04 tanques subalares e mais 8 Micas AAM, é de 1000 milhas náuticas, quer dizer, 1852 km de raio.
Outra configuração de missão do Rafale:
Combat radius:
– 1,100 km: with 3 tanks 4,300 L fuel + 4 MICA AAM + 1,000 Ib bombs
—
– Já o Super Hornet tem raio de combate de 722km nas configurações descritas abaixo:
“(390 milhas naúticas) Interdiction with four 1,000 lb bombs, two Sidewinders,
and two 1,818 liter (480 U.S. gallon: 400 Imp gallon) external tanks,”
O Super Hornet pode carregar até 5 tanques externos de combústivel e este alcance pode aumentar bastante, com 3 tanques o SH tem raio de missão de ataque de 520 mn, com 4 bombas de 1000 libras:
– O Gripen NG é previsto ter na configuração de Patrulha Aérea de Combate,com 4 mísseis BVR, dois WVR e dois tanques externos, um raio de combate de 700NM (milhas náuticas), ou seja, 1.300km, a partir da base de operaçãos, com mais de 30 minutos “na estação”
—
Ou seja: APESAR DE QUE COM MENOR CAPACIDADE DE CARREGAMENTO DE ARMAS, na prática o Gripen tem um mesmo alcance relativo que o SH e o Rafale.
Más se o Gripen tem uma menor capacidade de carga útil, ele tem maior velocidade máxima do que o Rafale e SH, poderá chegar mais rápido e fugir mais rápido.
Além de que, com capacidade de supercruise, voará mais rápido gastando menos combustível…
E realmente, o Gripen tem um perfil de missão mais de defesa do espaço aéreo do que ofensiva. Lembrando que para missões de penetração e ataque em baixa altura,inclusive ataque naval, teremos 43 modernizados A1-M,com previsão de operação até 2030.
Fico imaginando uma missão de ataque, terrestre ou naval, com meia dúzia de A1-M, escoltados por mais 6 Gripens NG em configuração de combate aéreo + E-99 ou P-3AM, todos operando em rede…
O fato concreto é que o Gripen NG ampliará e muito, a capacidade e versatilidade de combate da FAB.
Amigos,
Em adição ao comentário dos amigos Fred e antonio gomes:
Quanto a combate aéreo, creio que cinco parâmetros sejam fundamentais: manobrabilidade, velocidade, raio de ação, poder de fogo e capacidade de detectar ao longe. Contudo, hoje pode se acrescentar a furtividade e a capacidade de defender-se da guerra eletrônica…
Todos os itens são importantes. Contudo, a furtividade demanda maior atenção. De fato, de pouco adianta a aeronave ter todos os cinco primeiros atributos se ela possuir um elevado RCS ( reflexo a ondas de radar ).
Com o avanço dos sistemas de detecção e dos mísseis, ocorre que a única maneira de escapar de sistemas de defesa moderno é não ser visto por ele. E nesse sentido, o Gripen NG trará inovações importantes, muito embora não represente a quinta geração ( stealth ). O Gripen original já é uma aeronave de um RCS extremamente discreto, bastante adequado aos dias atuais. É de se esperar, portanto, que o NG, com os refinamentos aerodinâmicos que certamente estarão presentes ( além da adoção de tecnologias no estado da arte ), terá uma furtividade maior ou pelo menos conserve a furtividade que seu antecessor possui ( relembrando que jamais chegará a tipos especificamente projetados para serem stealth, como o F-35 ).
Em outras palavras, uma aeronave de caça dotada de um radar avançado, com mísseis competentes e com a maior furtividade possível, tenderá a superar os caças ultra manobráveis ( mas que possuem RCS maior ). Sendo mais furtivo, poderá ver sem ser visto. Dotado de um radar LPI ( capacidade que permite baixa provabilidade de ser detectado por RWR ) terá a provabilidade de iluminar um alvo sem que esse saiba que está sendo iluminado. Me arrisco a dizer que seu radar poderá até ter menos alcance, desde que seja LPI. Evidente que quanto maior o alcance, melhor. Mas se o caça for amparado por uma competente aeronave de alerta aéreo antecipado, poderá utilizar os dados provenientes dessa para controlar o espaço de batalha e atacar primeiro ( aliás, o Gripen foi pensado desde a origem para isso; para trabalhar em rede com sensores no céu e em terra ). E dotado de mísseis melhores, sempre terá a possibilidade de atirar primeiro ( afinal de contas, caça nenhum será mais rápido ou mais manobrável que um míssil… ). Esse ultimo item, aliás ( mísseis ), eu considero de importância suprema. De nada adianta ter o ultra-super-caça se ele não terá mísseis competentes…
Evidente que sempre haverá a possibilidade de um dogfight, mas mesmo nesse caso a tecnologia também faz a sua parte, com miras em capacete e mísseis off-boresight, que compensam bem qualquer parâmetro inferior em manobrabilidade…
Quanto a capacidade de fazer ataques eletrônicos para defender-se, embora muito importante, não creio que supera a importância da capacidade stealth. E a razão é que as emissões eletrônicas, embora possam neutralizar as ações eletrônicas adversárias, também delatam a presença de quem as emite; isso contando que nem sempre pode se lograr êxito em conter um inimigo eletronicamente… Assim sendo, o mais conveniente seria ultrapassar as defesas em total silêncio eletrônico…
Por fim, a persistência em combate poderia ser acrescentado como um parâmetro a parte. A aeronave que tem maior persistência, evidentemente poderá ter uma maior presença sobre a zona a ser defendida; o que é fundamental se o que se deseja é a superioridade aérea em território hostil. Contudo, se o objetivo é a defesa de território amigo, com a possibilidade de se contar sempre com pistas de pouso secundárias e com a presença sempre garantida por um número razoável de aeronaves, me arrisco a dizer que os demais itens da lista sobem em importância…
Minhas desculpas por um comentário tão longo.
Saudações a todos!
Será que o Brasil (FAB/Gov) ainda tem interesse em participar do projeto do caça 5G russo? Se não estou enganado o MD sinalizou uma participação, fora do FX. Não há o que se queixar agora, com o encerramento do FX, os ganhos serão muitos. Mas não será interessante e muito bom para o Brasil participar com os russos e indianos de um projeto que tem tudo para dar certo?
Estou doido para ver o Brasil com seus GRIPEN’s NG , em grande quantidade sendo fabricados no Brasil e exportados para África , Oriente Médio e alguns parceiros da AL , vendendo sem a importação de tecnologia. E espero que o Brasil com isso dê um passo largo para lançar seu satélite próprio ou em conjunto quanto com a China , quanto a Argentina.
Já li por aí que num combate aéreo é muito importante “ver” primeiro o inimigo e “disparar” mísseis primeiro…. Ou seja, um bom radar e bons mísseis BVR deve ser decisivo, não ? Sendo assim, se o Gripen brasileiro tiver um poderoso radar (AESA?) e mísseis METEOR , será difícil ser abatido por qualquer caça inimigo que tenha mísseis inferiores, não ? Aí pode vir Rafale, SH, Eurofighter….. Se bem que Rafale e Eurofighter Typhoon devem usar METEOR também….. Quanto aos SU-30 venezuelanos, se tiverem mísseis com maior alcance, aí eu não sei…..
Antonio o binômio R-99/Gripen E/F será muito mais poderoso do que ter 10 SU-30. Pode acreditar!
antonio gomes,
Esta sendo desenvolvido para o Gripen NG um radar AESA. Chama-se ES-05 RAVEN e a empresa que o está desenvolvendo é a Selex Galileo, que é a mesma que integrou os radares Grifo dos F-5M da FAB e está a desenvolver o radar Captor-E para o Eurofighter Typhoon ( Tranch 3 ).
Trata-se de um radar inovador, a ser desenvolvido com um recurso “swashplate”, que permitiria um maior angulo de cobertura que os radares AESA produzidos até então.
É isso ai Fred!
O Gripen armado com A-Darter e Meteor será um caça de respeito.
Muita gente continua batendo na tecla do alcance do Gripen NG, insistindo na sua inferioridade frente ao Rafale e F18 SH, dando uma pesquisada, concluí que isto é bastante relativo as configurações especificas das missões de voo.
Alguns exemplos de configurações de missão para os três concorrentes do finalizado FX-2:
—
– O alcance de combate do Rafale, em uma configuração com 04 tanques subalares e mais 8 Micas AAM, é de 1000 milhas náuticas, quer dizer, 1852 km de raio.
Outra configuração de missão do Rafale:
Combat radius:
– 1,100 km: with 3 tanks 4,300 L fuel + 4 MICA AAM + 1,000 Ib bombs
—
– Já o Super Hornet tem raio de combate de 722km nas configurações descritas abaixo:
“(390 milhas naúticas) Interdiction with four 1,000 lb bombs, two Sidewinders,
and two 1,818 liter (480 U.S. gallon: 400 Imp gallon) external tanks,”
O Super Hornet pode carregar até 5 tanques externos de combústivel e este alcance pode aumentar bastante, com 3 tanques o SH tem raio de missão de ataque de 520 mn, com 4 bombas de 1000 libras:
http://www.fas.org/man/dod-101/sys/ac/slide08.gif
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– O Gripen NG é previsto ter na configuração de Patrulha Aérea de Combate,com 4 mísseis BVR, dois WVR e dois tanques externos, um raio de combate de 700NM (milhas náuticas), ou seja, 1.300km, a partir da base de operaçãos, com mais de 30 minutos “na estação”
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Ou seja: APESAR DE QUE COM MENOR CAPACIDADE DE CARREGAMENTO DE ARMAS, na prática o Gripen tem um mesmo alcance relativo que o SH e o Rafale.
Más se o Gripen tem uma menor capacidade de carga útil, ele tem maior velocidade máxima do que o Rafale e SH, poderá chegar mais rápido e fugir mais rápido.
Além de que, com capacidade de supercruise, voará mais rápido gastando menos combustível…
E realmente, o Gripen tem um perfil de missão mais de defesa do espaço aéreo do que ofensiva. Lembrando que para missões de penetração e ataque em baixa altura,inclusive ataque naval, teremos 43 modernizados A1-M,com previsão de operação até 2030.
Fico imaginando uma missão de ataque, terrestre ou naval, com meia dúzia de A1-M, escoltados por mais 6 Gripens NG em configuração de combate aéreo + E-99 ou P-3AM, todos operando em rede…
O fato concreto é que o Gripen NG ampliará e muito, a capacidade e versatilidade de combate da FAB.
*Desculpem pelo longo comentário…
Ótimo comentário,gostei muito.