Aquisição da aeronave GRIPEN-NG para a Força Aérea Brasileira (FAB)
1 – O que motivou a escolha dos caças suecos Gripen NG para a Força Aérea Brasileira (FAB)?
A motivação teve caráter técnico. A partir da análise realizada pela FAB, chegou-se à conclusão de que a aeronave sueca era a melhor opção, tanto do ponto de vista operacional quanto do ponto de vista de custo. Dos três finalistas da concorrência, o caça sueco apresentou o melhor preço. Pesaram também na escolha aspectos relativos à transferência de tecnologia e às contrapartidas comerciais (offsets) oferecidas pela proposta sueca. A propósito do assunto, eis o que dispõe a Estratégia Nacional de Defesa (END):
“Consideração que poderá ser decisiva é a necessidade de preferir a opção que minimize a dependência tecnológica ou política em relação a qualquer fornecedor que, por deter componentes do avião a comprar ou a modernizar, possa pretender, por conta dessa participação, inibir ou influir sobre iniciativas de defesa desencadeadas pelo Brasil”.
2 – Quantos caças serão adquiridos e qual o valor total da aquisição?
A oferta vencedora engloba o fornecimento de 36 (trinta e seis) aeronaves. Os investimentos são da ordem de US$ 4,5 bilhões, em um cronograma de desembolso que se estenderá até 2023.
3 – Como ocorrerão as negociações contratuais e quando se iniciam os desembolsos?
Com a decisão tomada, iniciam-se agora as discussões relativas aos contratos comercial e de suporte logístico. Também serão tratados os detalhes do acordo de offset entre a FAB e a empresa vencedora. Paralelamente, serão iniciadas as tratativas relativas ao contrato de financiamento, que cobrirá toda a aquisição. O prazo previsto para os acertos relativos a essa primeira etapa é de nove a doze meses. Portanto, não haverá desembolso imediato de recursos orçamentários.
4 – Quando deverá ser assinado o contrato de compra e quando a FAB receberá as primeiras unidades?
A primeira aeronave tem previsão de chegada em torno de 48 meses após a assinatura do contrato de financiamento que deve ocorrer em dezembro de 2014. Considerando que os prazos serão cumpridos, a primeira aeronave deverá ser incorporada à FAB no final de 2018.
5 – E até lá, como será feita a defesa aérea brasileira?
Até a chegada dos Gripen NG, a defesa aérea ficará, principalmente, a cargo dos caças F5-M que foram recentemente modernizados pela Embraer. Além disso, existe a possibilidade de o país vencedor do FX-2 colocar à disposição da FAB, como solução intermediária, um quantitativo de caças Gripen, modelo CD, para reforço da proteção do espaço aéreo brasileiro, em condições e prazos a serem definidos.
6 – O contrato de aquisição cobre apenas a compra dos aviões?
O contrato cobrirá também a logística inicial, o treinamento de pilotos e mecânicos e a aquisição de simuladores de voo. O contrato também contempla, como visto, os projetos de transferência de tecnologia e de offset, alinhado com o que dispõe a Estratégia Nacional de Defesa (END).
7 – O contrato prevê o desenvolvimento dos aviões de combate de 5ª geração?
A 5ª geração já existe em alguns países, mas os custos de desenvolvimento são naturalmente altos. O importante é que os aviões que estão sendo comprados no âmbito do FX-2 atendem, plenamente, as necessidades de defesa aérea do nosso País nesse momento. Obviamente, o Brasil estará atento ao desenvolvimento nesta área, inclusive no que se refere a potenciais parceiros.
8 – Qual a função dos novos caças no contexto da defesa aérea brasileira?
A tarefa primordial da FAB no contexto amplo da defesa é manter a soberania no espaço aéreo nacional para defender o País, impedindo o uso desse espaço para a prática de atos hostis ou contrários aos interesses nacionais. Para realizar essa tarefa, a Força precisa dispor de capacidade de vigilância, controle e defesa do espaço aéreo, com recursos de detecção, interceptação e destruição. Os caças Gripen NG são aviões supersônicos multimissão que cumprirão tarefas de interceptação, interdição e eventual destruição de alvos que possam atentar contra a soberania nacional. As aeronaves são projetadas para emprego em missões ar-ar, ar-mar e ar-solo. Elas também são dotadas de um sistema de reabastecimento em voo que permitirá a realização da defesa do espaço aéreo nos pontos mais remotos do Brasil.
9 – A aeronave já existe? Quais outros países a operam?
O Gripen existe, hoje, nas versões A, B C e D. O Gripen NG (NEW GENERATION) é uma evolução tecnológica destas duas últimas consagradas versões. O desenvolvimento do modelo NG deverá proporcionar à indústria brasileira ganhos diversos advindos da transferência de tecnologia inédita para o setor aeroespacial. Um dos aspectos a serem destacados nesse campo é a abertura dos códigos-fonte dos sistemas de armas que serão utilizados na aeronave. Entre os países cujas forças aéreas já operam com o Gripen podemos citar a Suécia, Hungria, República Tcheca, África do Sul e Tailândia.
FONTE: MD – Ascom
Boa noite Padilha.
Saudações a todos…
Tenho uma duvida que NÃO SAI DA MINHA CABEÇA ( me tira o sono MESMO ) é em relação a temas como o radar por exemplo. Nós teremos acesso ao “código fonte” dele?
Se sim, poderemos utilizar este conhecimento para aprimorar e desenvolver outras versões? Se não estou enganado este radar vai estar aos cuidados da Atech Negócios em Tecnologia S.A que é de propriedade da EMBRAER MASSSS indo outro item da aeronave para uma empresa “parceira” como a israelense por exemplo, não é meio “temerário” termos este custo para adquirirmos estas transferências tecnológicas e passarmos para ELES esta responsabilidade de adquirir este conhecimento? E se nós ( ou eles ) tivermos algum tipo de desentendimento por um motivo “X” num futuro qualquer, como fica este conhecimento? como ficam estas questões?? me perdoem SE ESTA PERGUNTA PARECE INGÊNUA DE ALGUMA FORMA mas eu acompanho estes assuntos a muitos anos por este e outros meios de comunicação e fico TENSO quando vejo estas empresas QUE NÃO SÃO BRASILEIRAS DE VERDADE e estão sob controle de estrangeiras GANHANDO TODA ESTA CAPACITAÇÃO sem que eu saiba se a FAB a COPAC ou mesmo o governo estão pensando nestes temas. Eles pensão nisto FAB, COPAC, GOVERNO ETC??? ou eu que não entendi algo??? Obrigado pela compreensão de todos 😉 imagino que esta deva ser uma duvida de muitos por aqui e em algum nível, quanto mais TÉCNICA puder ser esta resposta mais seguro vou me sentir rs… OBRIGADO A TODOS PELA COMPREENSÃO E ABRAÇOS…
Prezado Henrique.
Em primeiro lugar, o Brasil precisa ter capacidade humana para absorver esse conhecimento, ou tecnologia. No momento, as empresas estrangeiras que atuam no Brasil com as empresas brasileiras estão buscando isso. Não é tarefa fácil e muito menos da noite para o dia que se obtém M/O capacitada para aprender-fabricar-manufaturar esses equipamentos aqui no Brasil. Temos exemplos de empresas aqui no Brasil correndo atrás disso(aqui no site temos vários posts a respeito).
Entenda que essas empresas que vc diz não serem brasileiras de verdade, na verdade são multinacionais com participação majoritária brasileira. Foram criadas justamente para que as empresas estrangeiras pudessem produzir no Brasil o que nossas FFAAs necessitam.
Desculpe qualquer imprecisão de minha parte, e tenha em mente que: Os alunos somos nós!
Quanto a desentendimentos, creio que isso passa ao largo, pois nos dias atuais o que indica o caminho são os lucros.
padilha quis dizer se os 4,5 bilhoes serao pago de uma so vez pelo governo dilma ou sera parcelado en varios anos.
Basta acompanhar as notícias postadas aqui no DAN.
O pagto será feito quando o último caça for entregue. Será pago parcelado com financiamento internacional. Leia todos os posts que vc encontrará. Não importa qual presidente estará em exercício, o que importa é finalmente termos saido da inércia.
Abs
responde ae editores
padilha quem vai pagar o fx2(saab) é a dilma?
Quem vai pagar é o Brasil. O presidente em exercício só fez o que todos esperávamos. DECIDIR.
Gostaria muito de saber se já existe negociação sobre o pacote de armas/sensores.
Obrigado.
O futuro será dos caças ou dos drones? Um caça poderia coordenar um esquadrão de drones de combate para efetuar o dogfight sem risco de perdas humanas, enquanto que o caça tripulado lançaria os mísseis BVR à distância segura. Mais seguro ainda estaria o avião AEW para alertar o caça da aproximação de ameaças!
Drones com inteligência artificial e capacidade de combate só depois de 2040.
Ainda é muito perigoso deixar Defesa Aérea apenas com drones, pois podem ser hackeados (como acontece já hoje e inclusive hackear satélites) ou jammeados e simplesmente caírem, pois não possuíram controles.
Se você manda uma leva de drones para um país que consegue hackear satélites, podem redirecionar as aeronaves e faze-las com que ataque o próprio dono das aeronaves.
Drones e aeronaves não si substituem, mas si complementam.