No início de 2014, a Força Aérea Portuguesa (FAP) receberá o último de 39 caças de superioridade aérea Lockheed Martin F-16AM/BM Fighting Falcon localmente modernizados no âmbito de um programa conhecido por MLU (Mid Life Update), marcando assim a finalização do mesmo. A aeronave do tipo monoplace F-A16AM Fighting Falcon irá para as instalações da empresa Portuguesa OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal em Alverca, onde receberá a pintura final.
A modernização do caça, tem como objetivo manter a sua efetividade durante os próximos 25 anos. A FAP contou principalmente com a cooperação das empresas OGMA-Indústria Aeronáutica de Portugal, Lockheed Martin e Pratt and Whitney.
Desde a chegada das aeronaves na década de 90, estas receberam mísseis ar-ar AIM-120C5 AMRAAM e AIM-9Li Sidewinder, sistemas de precisão GBU-12, GBU-49 e GBU-31 para bombas de emprego geral, sistemas de designação de alvos AN/AAQ-28(V) Litening e o sistema JHCMS de pontaria montado no capacete. Além de permitir o emprego de novos sistemas de armas, a modernização incluiu atualizações estruturais, atualização do radar para a versão APG-66(V)2, conversão dos motores para a configuração PW-F-100 220E, integração de um novo computador de missão, capacidade de identificação amigo ou inimigo e um sistema de posicionamento de nova geração.
A FAP recebeu originalmente dos Estados Unidos, dois lotes de caças no âmbito dos programas Peace Atlantis I e II, o primeiro de 20 aeronaves F-16A/B Block 15 Fighting Falcon de nova produção contratados através do programa FMS (Foreign Military sales) dos Estados Unidos e 25 caças 16A/B Block 15 Fighting Falcon anteriormente usados pela Forças Aérea dos Estados Unidos e cedidas a Portugal como artigos de defesa excedentários ou EDA (Excess Defense Articles).
Os F-16AM/BM Fighting Falcon são operados pelas esquadrões 201 “Falcões” e 301 “Jaguares” e a partir da Base Aérea Nº5 de Monte Real. Um total de 9 aeronaves seguirão para a Força Aérea Romena a partir de 2016, onde substituirão os MiG-21 LancER na Base Aérea Nº86 de Feteti.
A venda a terceiros de parte dos caças, já estava planeada em 2006 no âmbito do programa de alienação de equipamentos, já que o sistema de forças nacionais prevê o emprego de 30 caças.
FONTE: defensa.com – Victor M.S. Barreira