Já usado no agronegócio local, a aeronave não tripulada recebeu uma nova tecnologia, que captura imagens com maior precisão. A fabricante, AGX Tecnologia, pretende explorar mercados de óleo e gás e mineração
Em meio a extensas áreas dedicadas à agricultura no Meio-Oeste dos Estados Unidos, em Indiana, que integra o cinturão do milho americano, um grupo de pesquisadores testou uma nova versão do drone brasileiro Arara II. Com um sensor hiperespectral da Headwell Photonics, usado pela NASA e pelo Exército americano, o Veículo Aéreo Não-Tripulado (Vant) decolou em West Lafayette, sobrevoou os campos congelados nessa época do ano, fotografou a área e depois enviou estes dados para análise. Tudo em poucos minutos, embora o equipamento,movido a gasolina de aviação, tenha autonomia de 5 a 7 horas.
A um custo de US$ 75 mil, o sensor da Headwell Photonics, aliado ao drone nacional, deve inaugurar uma nova fase nos negócios da empresa AGX Tecnologia. Isso porque a inovação consegue capturar nas imagens elementos específicos, como características da vegetação (a quantidade de massa folhear da planta que, quanto mais alta, significa maior produtividade), estágio da plantação, se há excesso de nitrogênio (que, usualmente, demanda coleta de amostras e análise em um laboratório, o que pode levar semanas e não ficar pronto antes da colheita) para a correção desses fatores em tempo real.
As imagens são processadas rapidamente e a análise desses dados possibilita a correção do problema antes da colheita, aumentando potencialmente a produção agrícola. “Imagine um prisma, que é a incidência da luz na água. A olho nu, o prisma tem sete camadas de cores, que formam o arco-íris. Mas entre essas camadas existem muitos tons que são invisíveis. Fotografar essas camadas invisíveis é o que esse equipamento faz”, resume o presidente da AGX, sediada em São Carlos, no interior paulista, Adriano Kancelkis.
A tecnologia usual de fotografia embarcada nos drones chama-se RGB, que divide as imagens nas cores vermelho, verde e azul. Já a nova tecnologia divide cada fotografia em 328 imagens, cada uma com uma tonalidade específica, o que aumenta o detalhamento. O equipamento também pode ser usado para detectar poluentes e até manchas de óleo em rios e oceanos. Tanto que, no radar do executivo, já estão os setores de óleo e gás e, também, mineração.
Isso porque, na área de mineração, a aplicação consegue mensurar a quantidade de minério de ferro ou bauxita, por exemplo, presente nas plantas, o que ajuda a calcular as quantidades destes minérios. A parceria para a integração da tecnologia ao drone brasileiro surgiu a pedido de uma pesquisadora da Purdue University, a doutora Melba M. Crawford, que dirige o Laboratory for Applications of Remote Sensing (LARS). Para a empreitada, além da empresa paulista, da USP São Carlos e da Embrapa, que já são parceiras da companhia, o Instituto de Tecnologia de Aeronáutica (ITA) somou-se ao time.
Com a parceria feita com a universidade americana — que tem em Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na lua, seu mais célebre aluno — a brasileira deve receber um certificado e ampliar sua atuação, hoje restrita à América do Sul, aos Estados Unidos. Fundada há 11 anos, a AGX, que não pertence ao grupo X, foi adquirida por Adriano Kancelkis em 2009. No ano passado, a companhia faturou R$ 12 milhões—os drones partem de R$ 200 mil — e a expectativa para este ano é duplicar o montante. Atualmente, estão em operação no país mais de 25 drones.
FONTE: Brasil Econômico
Bizarro , um drone brasileiro que não pode voar comercial e oficialmente aqui no Brasil por restrições da nossa burocracia aérea vai “soltar suas asas” nos EUA….
Sr. Giltiger… esse é o nosso país… tropeça nas próprias pernas…. vai observando pra você ver se esta empresa não vira uma Troller da vida. Quando formos dar conta ela já vai ter sido absorvida.