Para equilibrar a balança comercial entre Brasil e Rússia, exigência de Putin, o Brasil vai comprar um sistema antiaéreo caro e que desagrada aos militares brasileiros.
A carne atormenta as relações comerciais entre Brasil e Rússia. Volta e meia, esse país, que é o segundo maior comprador de carne bovina, suína e de frango do Brasil, impõe limites à importação desses produtos por meio do embargo a frigoríficos que não estariam dentro dos padrões sanitários. Pode-se até criticar o excesso de zelo com a carne brasileira, mas não dá para negar a eficiência do governo russo em defender os interesses de seu país, ainda que os argumentos técnicos sirvam apenas como forma de pressão comercial. O mesmo não se pode dizer do governo brasileiro. No mês passado, o ministro da Defesa, Celso Amorim, assinou, com o seu equivalente russo, um compromisso para uma compra de armas que, em pelo menos dois aspectos, é um péssimo negócio. Pelo acordo, a Rússia vai vender ao Brasil três sistemas de defesa antiaérea do modelo Pantsir-S1, cada um com quatro ou seis veículos lançadores de mísseis terra-ar, ao custo de 1 bilhão de dólares.
O Ministério da Defesa garante que o preço ainda pode ser reduzido, mas a negociação já começou mal: no mês passado, o Iraque comprou o mesmo tipo de equipamento por um quarto do valor unitário que o Brasil está disposto a pagar.
Além de desperdiçar o dinheiro do contribuinte, o governo brasileiro conseguiu desagradar até a caserna com a escolha dos Pantsir-S1. Há pelo menos cinco anos as Forças Armadas pleiteiam um bom conjunto de baterias antiaéreas. Depois de muito estudo, em 2012 os militares distribuíram a trinta fabricantes estrangeiros um relatório com as especificações desejadas para o equipamento. Entre outras exigências, as baterias deveriam ser compatíveis com os radares usados no país, caber nos aviões de carga da Força Aérea Brasileira (FAB) e ser equipadas de mísseis com alcance de 30 quilômetros. Pois o Pantsir-S1 não atende a esses requisitos.
“Pagaremos um preço aviltante por um equipamento que nem sequer poderá ser integrado ao nosso sistema de comunicação militar”, diz um oficial do Exército que participou das discussões sobre as necessidades da artilharia antiaérea. Não faltam modelos da concorrência que, além de mais baratos, cumprem com as exigências.
A escolha do Pantsir-S1 foi feita depois de um encontro entre Putin e Dilma Rousseff em Moscou, em dezembro de 2012. Na ocasião, o presidente russo reclamou que a balança comercial entre os dois países era muito favorável ao Brasil — com um superávit de 1,3 bilhão de dólares em 2011. Comprar armas russas seria uma maneira rápida de equilibrar a balança. Duas semanas depois da reunião, o embaixador da Rússia em Brasília, Sergey Akopov. recebeu do comando logístico do Ministério da Defesa um pedido de informações sobre a representação comercial no Brasil da fabricante do Pantsir-S1.
No mês seguinte, os generais brasileiros foram informados de que a concorrência internacional havia sido sustada e que o Planalto tinha combinado diretamente com os russos a compra das baterias. O governo brasileiro também fez chegar aos concorrentes o recado de que a presidente já havia tomado uma decisão política e que não se dessem ao trabalho de apresentar suas propostas. Em julho deste ano, o governo publicou no Diário Oficial os novos requisitos do sistema, revogando o parecer técnico anterior das Forças Armadas. O alcance dos mísseis foi reduzido para 20 quilômetros e a compatibilidade com os aviões da FAB foi suprimida. Tudo sob medida para comprar o Pantsir-S1.
O governo alega que os russos prometeram “transferência irrestrita de tecnologia”, mas a verdade é que nem sequer foi dada a chance aos concorrentes de oferecer o mesmo. Além disso, a promessa é pouco verossímil, a julgar pela má fama do serviço de pós-venda dos fabricantes de armas russos. “Os governos que recorrem à indústria bélica russa são geralmente aqueles que não podem comprar armas de democracias ocidentais, como a Síria, ou cujos integrantes querem embolsar uma comissão sem ser incomodados”, diz Ilan Berman, especialista em Rússia do American Foreign Policy Council, com sede em Washington. Em tempo: nas últimas semanas, a Rússia revogou o embargo a uma dúzia de frigoríficos brasileiros.
FONTE: Veja
Bem, se os 3 sistemas e cada um tiver 6 carros, então teríamos 18 veículos equipados por US$ 1 bilhão de verdinhas? Mais de US$ 50 milhões por veículos para uso de defesa de ponto? Sim, porque com alcance de 20 km na vertical ou 15km de horizontal, é um sistema de ponto, quando pelo meu pouco entendimento, proteger usinar hidrelétricas, instalações industriais e nucleares, cidades populosas, requer um sistema de área não é? Talvez essa seja a indignação dos milicos, uma defesa insuficiente de fato para aquilo que se requer. É como armar um soldado com pistola, quando necessitaríamos de modernos fuzis ou pior, comprar os melhores cavalos para a cavalaria, quando na verdade estes já não servem para nada. Aí não dá. Mas para defender a esplanada dos ministérios e o congresso, tá de bom tamanho. rsrsrsrsrssrs.
como vão colocar um pantsir no KC-390 ?
Brasil devia desenvolver seus próprio sistema,como o ASTROS só que com míssel terra-ar.
o interesse do meio de comunicação é deixar o pais sem defesa, tudo sucateado com tecnologia ultrapassada, ela joga contra o país e as forças amadas, tecnologia russo anti aéreo são boas e o Brasil esta precisando algo bom, agora veja para min não temn credibilidade nenhuma jornalismo de esgoto
A decisão do FX2 rodou, rodou e, diante do desastre, pesou a decisão técnica da Copac: o GripenNG era o favorito desde 2009 na FAB. Não vejo porque seguir o mesmo caminho com a artilharia anti-aerea…
Tudo bem …discussões à parte o Sr. Dr. Exm. Ministro Amorim, deixou claro na entrevista o negócio está fechado, mas se receber e não caber no pé devolve. Achei de uma infelicidade tremenda a afirmação do Sr. Ministro, parece uma coisa feita sem estudos, sem bases sólidas, dando uma forcinha moral para a revista mais descaradamente tendenciosa do mundo que se chama Veja. Sinceramente esperava resposta mais inteligente e mais sólida.
PERAÊ, LÁ VAI CONTA DE PADARIA DE NOVO…
A Veja faz uma confusão proposital para confundir os números.
O Iraque tem um negócio de U$ 4,3 bilhões que cobre 30 helis Mi-28N e 50 UNIDADES de Pantsir S1.
O Brasil tem um negócio de U$ 1 Bilhão de dólares de 3 BATERIAS avançadas de 6 carros de Pantsir S1.
Os 30 Mi-28 N que é um heli de ataque puro e mais barato que o nosso Mi-35 deve dar mais ou menos 500 milhões de dólares pelos valores na internet o que significa que as unidades Pantsir S1 iraquianas vão custar por volta de U$ 3,7 bilhões de dólares.
Para COMPARAR os dois negócios precisa-se de mais duas informações:
1) Existem 2 sistemas de bateria Pantsir um básico com 4 unidades e um avançado (e bem mais caro) de seis carros (mais um carro comando e um com radares e sensores de grande alcance) que pode controlar a distância mais 4 baterias básicas de 4 carros.
2) A aquisição do Iraque pelas notícias da RIA Novosti me deu a impressão de ser de prateleira e a do Brasil é dita com ToT focada nos caminhões de comando e de sensores de longa distância e os caminhões de base serão trocados por modelos nacionalizados.
Para MONTAR a confusão e dar a diferença de 4 vezes mais barato para o modelo Iraquiano o PIGpórter da VEJA não enxergou que foram adquiridas 50 unidades Pantsir S1 e não 50 baterias …
Pelo que entendi os Iraquianos adquiriram 2 grupos de baterias com uma bateria de 6 carros e mais 8 baterias de 4 carros que serão controladas remotamente.
Assim baterias avançadas 2 x 6=12 unidades e mais as suas baterias remotas 2 x (4 x 4) = 32.
No total são 12 + 32 = 44 unidades para completar as 50 unidades da compra os Iraquianos compraram uma terceira bateria de 6 carros para SPARE para garantir ter dois sistemas completos se houver algum problema nos carros de comando e sensores.
Ou seja vão comprar os mesmos 3 sistemas que nós vamos e mais 8 baterias básicas de 4 carros…
Pelas minhas contas quem está pagando sobrepreço são os Iraquianos !!!
Brasil 18 unidades Pantsir S1 a 1 bilhão de dólares… (Brasil x 3) 54 unidades Pantsir S1 a 3 Bilhões de dólares…
Iraque 50 unidades de Pantsir S1 a 3,7 bilhões de dólares… Só se explica a distorção se o preço dos 30 Mi-28N está abaixo do real…
Quanto a caber ou não no KC-390 a afirmação que NÃO CABE é baseada no veículo de base original russo. Como vai ser trocado o veículo por um de fabricação nacional este requisito poderá ou não ser alcançada nesta adaptação.
MUITO PROVAVELMENTE os sistemas serão fornecidos pela Rússia separados para serem adaptados aos caminhões base NO BRASIL e esta exigência que torna virtualmente impossível que os sistemas estejam 100 % na Copa do Mundo…
Mas eventualmente nada impediria usá-lo estacionário mesmo para a final da copa…
SE os componentes da primeira bateria chegarem a TEMPO…
Gilberto,
O Ministro Amorim ,em nenhum momento disse que o veículo vai ser trocado por um nacional.
Acredito que os 3 sistemas comprados vão ser totalmente Russos,a não ser ,como o ministro mencionou,a troca do radar de comando e comunicação,que o Brasil dispõe de tecnologia.
Maiores informações do fabricante no site.
http://www.kbptula.ru/index.php?option=com_content&view=article&id=56&Itemid=410&lang=en
Para derrubar esse festival de besteiras da VEJA bastaria escrever que cada viatura do Pantsyr é um sistema completo e autônomo, com radar de busca e engajamento, sistema eletroótico com TV e IR, tudo orgânico; e obviamente pode trabalhar sozinho ou ligado via data link com pelo menos outras seis viaturas.
Todos os outros sistemas dependem de um radar externo único, que ao ser destruído inutiliza toda a bateria.
No caso do Pantsyr, se uma viatura for inutilizada, as outras seguem operando normalmente.
Além disso, os mísseis ACLOS do Pantsyr são mais simples, baratos e fáceis de fabricar, e tão ou mais eficientes que qualquer outro dentro do envelope de uso deste sistema.
Os SAMs que usam mísseis originalmente criados para combate aéreo são muito mais caros, caso do Spyder, NSAMS(?), SAMP-T, MICA-VL, e outros.
Resumidamente, a VEJA fez uma conta de padaria e ainda errou o resultado.
Muito bem Padilha, desmontou um por um os argumentos falaciosos do folhetim. É por isso que o DAN é um dos site mais integro da atualidade.
prp, na verdade eu apenas fui o intermediário.
Essa matéria da Veja, na forma completa tem uma tabela com vários erros. Por exemplo, cita bateria do PantSir S1 mais caro (US$330 mi) que o Aster 30 Samp/T (US$130 mi) !! Caramba, só mesmo a Veja para dizer tal absurdo. Os sistemas com Aster 30 são um dos mais caros e capazes, com caríssimos mísseis com guiagem ativa e de longo alcance (até 120 km de alcance, e não meros 30 km);
http://www.mbda-systems.com/products/gbad/aster-30-samp-t/3-2/
Uma bateria de Pantsir S1 tem uns 6 x 12 = 72 mísseis (CLOS, de baixo custo de fabricação), enquanto que só 72 mísseis Aster 30 custariam mais de EUR 100 mi, fora veículos, sistemas de radares AESA, controle, comunicação, etc. Uma bateria de Aster 30 Samp/T. Na Internet, citam US$400-450 mi o custo de uma bateria de SAMP/T Aster 30 com 6 lançadores e 96 mísseis Aster 30, radares, etc.
Enfim, a matéria da Veja é uma reporcagem, nem checou dados básicos conhecidos publicamente, fez afirmações sem provas, etc.
Perfeito o comentário Padilha. Não é possível ser tão leviano, tão reducionista em um assunto tão complexo. A segurança de uma Nação não pode ser colocada à reboque de interesses de lobistas e/ou forças político-partidárias. O texto todo é eivado de segundas intenções e está muito longe do bom jornalismo.
Boa ! Quando essa revista VEJA fala que é um negócio ruim pode ter certeza que pelo contrário, é bom! Mesmo que seja um pouco de verdade melhor ter isso do que não ter nada! Eles querem que nós ficamos fracos belicamente ou compremos tudo do EUA , causando uma dependência maior e embargos que eles fazem com a gente.
Para equilibrar a balança comercial entre Brasil e Rússia, exigência de Putin, o Brasil vai comprar um sistema antiaéreo caro e que desagrada aos militares brasileiros.
O título afirma que o sistema a ser comprado é caro e que desagrada aos militares brasileiros. Em um trabalho científico, como um artigo, esta é a tese proposta pelo autor e que teria que ser demonstrada, completamente provada ao final do trabalho.
Ela foi? Deixo a pergunta em aberto agora.
A carne atormenta as relações comerciais entre Brasil e Rússia. Volta e meia, esse país, que é o segundo maior comprador de carne bovina, suína e de frango do Brasil, impõe limites à importação desses produtos por meio do embargo a frigoríficos que não estariam dentro dos padrões sanitários. Pode-se até criticar o excesso de zelo com a carne brasileira, mas não dá para negar a eficiência do governo russo em defender os interesses de seu país, ainda que os argumentos técnicos sirvam apenas como forma de pressão comercial.
O artigo não informa que a questão dos embargos russos diz respeito a utilização de um produto nos frigoríficos brasileiros chamado de ractopamina, utilizada para o crescimento e engorda de suínos e bovinos. Este produto é proibido em diversos países, entre os quais a Rússia.
O mesmo não se pode dizer do governo brasileiro. No mês passado, o ministro da Defesa, Celso Amorim, assinou, com o seu equivalente russo, um compromisso para uma compra de armas que, em pelo menos dois aspectos, é um péssimo negócio. Pelo acordo, a Rússia vai vender ao Brasil três sistemas de defesa antiaérea do modelo Pantsir-S1, cada um com quatro ou seis veículos lançadores de mísseis terra-ar, ao custo de 1 bilhão de dólares. O Ministério da Defesa garante que o preço ainda pode ser reduzido, mas a negociação já começou mal: no mês passado, o Iraque comprou o mesmo tipo de equipamento por um quarto do valor unitário que o Brasil está disposto a pagar.
O artigo não cita que neste preço estaria incluída a compra de duas baterias do míssil Igla – S, a última e mais moderna versão do mesmo, que o míssil Igla já é utilizado pela FAB e pelo EB e que o compromisso prevê a transferência de tecnologia e fabricação integral do mesmo no Brasil.
Também não cita que no próprio site do MD está escrito que para o Pantsir está prevista a transferência de tecnologia, dita como irrestrita, e a nacionalização progressiva de seus componentes.
A comparação entre a compra iraquiana e brasileira não foi fundamentada em dados oficiais, sequer o valor unitário do equipamento adquirido pelo Iraque foi informado.
Então, o que estamos comprando e o que o Iraque comprou? Pode ser comparada uma compra com a outra ou estamos comparando laranjas com bananas?
Além de desperdiçar o dinheiro do contribuinte, o governo brasileiro conseguiu desagradar até a caserna com a escolha dos Pantsir-S1. Há pelo menos cinco anos as Forças Armadas pleiteiam um bom conjunto de baterias antiaéreas. Depois de muito estudo, em 2012 os militares distribuíram a trinta fabricantes estrangeiros um relatório com as especificações desejadas para o equipamento. Entre outras exigências, as baterias deveriam ser compatíveis com os radares usados no país, caber nos aviões de carga da Força Aérea Brasileira (FAB) e ser equipadas de mísseis com alcance de 30 quilômetros. Pois o Pantsir-S1 não atende a esses requisitos. “Pagaremos um preço aviltante por um equipamento que nem sequer poderá ser integrado ao nosso sistema de comunicação militar”, diz um oficial do Exército que participou das discussões sobre as necessidades da artilharia antiaérea. Não faltam modelos da concorrência que, além de mais baratos, cumprem com as exigências.
Está claro, pelo próprio artigo, que existe a necessidade urgente de aquisição de um sistema AAe.
Para isto, o MD constituiu um grupo de trabalho composto por representantes das 3 Forças, sob a responsabilidade do Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, General-de-Exército De Nardi, que é oriundo da Artilharia Anti-Aérea, para a escolha do equipamento a ser comprado.
Nada disto é citado no artigo.
Quanto ao sistema de comunicação militar, o artigo não informa que qualquer que seja o sistema AAe escolhido o mesmo terá que ser adaptado, pois mesmo os sistemas ocidentais da OTAN não são compatíveis com nossos sistemas de comunicação, especialmente o Datalink BR da Embraer que será adotado pelas 3 Forças. Isto não é um problema de monta, pois sistemas russos foram integrados na defesa Anti-Aérea de países da OTAN, como a Grécia, ou países que usam sistemas ocidentais, geralmente americanos, como a Coreia do Sul.
O autor menciona uma frase atribuída a um oficial do EB, mas não cita o nome. Frases atribuídas a uma fonte sem nome não devem ser consideradas como fato. O o autor não identifica o oficial em questão, qual sua especialização, que formação o mesmo possui para criticar a escolha.
“Não faltam modelos da concorrência que, além de mais baratos, cumprem com as exigências.” Falar em modelos mais baratos sem entrar no mérito das ToT’s é um erro primário. Trata-se, visivelmente, da opinião do autor, que não está balizada por nenhum argumento técnico.
A escolha do Pantsir-S1 foi feita depois de um encontro entre Putin e Dilma Rousseff em Moscou, em dezembro de 2012. Na ocasião, o presidente russo reclamou que a balança comercial entre os dois países era muito favorável ao Brasil — com um superávit de 1,3 bilhão de dólares em 2011. Comprar armas russas seria uma maneira rápida de equilibrar a balança. Duas semanas depois da reunião, o embaixador da Rússia em Brasília, Sergey Akopov. recebeu do comando logístico do Ministério da Defesa um pedido de informações sobre a representação comercial no Brasil da fabricante do Pantsir-S1. No mês seguinte, os generais brasileiros foram informados de que a concorrência internacional havia sido sustada e que o Planalto tinha combinado diretamente com os russos a compra das baterias. O governo brasileiro também fez chegar aos concorrentes o recado de que a presidente já havia tomado uma decisão política e que não se dessem ao trabalho de apresentar suas propostas.
Aqui a incoerência do artigo atinge o auge.
Depois de escrever que “em 2012 os militares distribuíram a trinta fabricantes estrangeiros um relatório com as especificações desejadas para o equipamento” passa a citar uma suposta “concorrência internacional”. Se existia esta concorrência, onde foi publicada a mesma?
O autor propositadamente mistura pesquisa de mercado, pedido de informação, com concorrência internacional, deixando subtendido que houve quebra, interrupção, de uma licitação, quando nada disso ocorreu.
Escreve, mais de uma vez, que esta compra é feita para compensar uma balança comercial desfavorável aos russos, sem nunca provar esta afirmativa.
O encontro de Dilma e Putin: este ocorreu em dezembro de 2012, mas o autor não menciona a visita à Rússia pelo Gen. De Nardi justamente para avaliar o Pantsir e outros sistemas de defesa AA.
Em julho deste ano, o governo publicou no Diário Oficial os novos requisitos do sistema, revogando o parecer técnico anterior das Forças Armadas. O alcance dos mísseis foi reduzido para 20 quilômetros e a compatibilidade com os aviões da FAB foi suprimida. Tudo sob medida para comprar o Pantsir-S1.
Cada Força tinha seus requisitos próprios e foi o MD, no cumprimento de suas atribuições, que constituiu um grupo de trabalho que reuniu as 3 Forças e escreveu um Requisito Conjunto. Se requisitos anteriores foram alterados, foi com a anuência das Forças, que participaram do processo. O autor do artigo não entra no mérito do motivo de tal alteração dos requisitos.
Nada disto é dito no artigo.
O governo alega que os russos prometeram “transferência irrestrita de tecnologia”, mas a verdade é que nem sequer foi dada a chance aos concorrentes de oferecer o mesmo. Além disso, a promessa é pouco verossímil, a julgar pela má fama do serviço de pós-venda dos fabricantes de armas russos. “Os governos que recorrem à indústria bélica russa são geralmente aqueles que não podem comprar armas de democracias ocidentais, como a Síria, ou cujos integrantes querem embolsar uma comissão sem ser incomodados”, diz Ilan Berman, especialista em Rússia do American Foreign Policy Council, com sede em Washington. Em tempo: nas últimas semanas, a Rússia revogou o embargo a uma dúzia de frigoríficos brasileiros.
“Os governos que recorrem à indústria bélica russa são geralmente aqueles que não podem comprar armas de democracias ocidentais…” – afirmação desmontada com os exemplos da Grécia e Coreia do Sul citados anteriormente. Podemos citar outros países, como os EUA que compraram helicópteros russos para uso no Afeganistão.
Quanto a afirmação de que “…ou cujos integrantes querem embolsar uma comissão sem ser incomodados”, isto teria que ser provado, ainda mais por uma revista que denuncia sistematicamente casos de corrupção no governo, o que não foi feito.
Sobre o pós-venda dos russos: o Brasil já comprou mísseis portáteis Igla e hélis Mi-35 da Rússia, portanto conhece muito bem o suporte pós-venda. O autor, no mínimo, deveria fazer uma análise do suporte de pós-venda dos equipamentos comprados da Rússia e apresentar argumentos válidos que demonstrassem os problemas citados, sem isso, nada além de uma opinião pessoal.
Ao final do artigo, volto a minha pergunta inicial, se o mesmo provou a tese proposta pela revista: de que o sistema a ser comprado é caro e que desagrada aos militares brasileiros.
Isto foi feito?
A compra iraquiana envolve helicópteros de ataque. Esta revista dá uma prova de analfabetismo técnico ao falar de um processo de aquisição militar como se falasse de comprar tijolo no depósito. Um contrato deste tipo envolve uma enorme quantidade de variáveis que influenciam o preço final. Produção local, disponibilização de literatura e códigos, treinamentos e quesitos de suporte, etc,etc. A matéria da Veja é lixo ideológico travestido de informação.
Como sempre a Veja fazendo Lobby, boa parte das informações desta matéria da Veja são falsas ou distorcidas, principalmente a parte que diz que o Pantsir-S1 não poderá ser integrado ao nosso sistema de comunicação militar.
O Valor de comprar do Pantsir-S1 é caro justamente porque ele será integrado ao sistemas de comunicação Brasileiros e também ele será customizado com diversas melhorias solicitadas pelo Exercito.
Uma outra parte que a Revista Veja tentou distorcer as informações é referente aos misseis com 30 km de alcance que o Exercito a FAB e a Marinha desejam possuir,são duas negociações separadas totalmente independentes, o Exercito vai possui os dois sistemas o Pantsir-S1 com alcance maximo de 20 km e outro sistema com alcance de 30 km.
Se essa revista diz que é ruim, pode comprar que é bom…
Pelo que foi noticiado na imprensa no preço estava incluído a produção sob licença do pantsir inclusive com a participação da Avibras e mectron.
Engraçado como toda compra russa é ruim para o Brasil…. não acham? (ironic mode: on)…..
Willian,
Acho que toda compra onde estiver presente algumas contradições ,é de se esperar que haja criticas.Eu quando li a noticia do interesse no Pantsir,tambem não gostei.Eu esperava que o Brasil comprasse o S 300.O preço tambem ,como sempre,está mais caro do que foi ofertado para outros países.Se no preço inclui esta tal transferencia de tecnologia,aí pode ser o motivo da elevação.
Sim Fernando, inclui a futura produção e até poderemos ter um Pantsir nacional futuramente.
O que a imprensa tem feito de forma irresponsável ou mal intencionada é comparar preço de prateleira dos concorrentes com o preço tendo o Tot que os russos vão fornecer.
O preço inclui milhares de munição 30 X 165 mm, treinamento, dezenas de mísseis 57E6-E, capacitação, transferência de tecnologia e compra de 2 baterias do Igla-S.
Além disso, a nossa versão deverá ter modificações no sistema.
Está sendo negociado a fabricação nacional de ambos os sistemas.
A matéria é tendenciosa e possui dados errados. Os do Iraque foram mais baratos porque foi simples compra de prateleira e alguns mísseis, sem ToT, capacitação e munições 30 x 165 mm (eles já produzem).
A Argélia comprou os Pantsir-S1 pelo mesmo preço que nós, junto com ToT, capacitação, munições e treinamento.
Então vamos esperar pra ver a transferencia de tecnologia.Eu sou muito cético em relação à isso.
Interessante esta informação sobre a compra da Argélia. Você poderia repassar a fonte desta informação?
Li em outro Blog na é poca ,acho em 2010,que a Argélia iria comprar 38 sistemas por 500 milhoes de dólares.
Da uma olhada neste video.
http://www.youtube.com/watch?v=-4nEvckMc2c