A Marinha indiana está ativamente investigando no mercado, alguma maneira de atualizar os seus submarinos com sonares e torpedos avançados, em um futuro próximo. Segundo o “The New Indian Express”, a marinha “escolheu a empresa alemã Atlas Elektronik para ajudá-la a atualizar os seus torpedos pesados SUT, as armas mais confiáveis que podem atingir alvos de superfície e submarinos, para os quatro submarinos Tipo 209 da classe Shishumar, construídos pela HDW, também de origem alemã.”
A Atlas Elektronik é também uma das empresas que podem ganhar um contrato para fornecer _a Marinha indiana um Sonar Ativo rebocado (ATAS). O sistema ATAS equiparia navios (não submarinos), incluindo os destróiers da Classe Delhi e as fragatas da Classe Talwar. Segundo o Indian Express, “a empresa vencedora do contrato seria obrigada a transferir a tecnologia do sistema ATAS para a empresa Bharat Electronics Limited (BEL) para produzir mais 10 mais sonares para os destróiers da Classe Kolkata, fragatas da classe Shivalik e para as corvetas da Classe Kamorta“.
As atualizações dos torpedos visam 64 torpedos SUT, adicionando cerca de 15 anos a sua vida operacional.
A força de submarinos é fundamental para os objetivos estratégicos da Marinha indiana no Oceano Índico, e para a defesa nacional da Índia contra ameaças marítimas. O estrategista naval indiano, C. Uday Bhaskar, escreveu: ” Visto de forma holística, o submarino emerge como uma plataforma fundamental para o cenário que está se montando na região do Oceano Índico. A natureza da cooperação naval e de mísseis nucleares entre o Paquistão e o seu benfeitor, a China, aumenta a complexidade dos desafios que a Índia deverá enfrentar nos próximos anos.”
Embora a Índia tem feito alguns avanços impressionantes em suas capacidades de submarinos na última década, incluindo o desenvolvimento e construção de um Submarino nuclear, o Arihant (SSBN), também tem enfrentado alguns contratempos.
No início deste ano, o INS Sindhurakshak , um dos 10 submarinos diesel-elétricos mais velhos da Classe Kilo (russa), afundou no estaleiro naval de Mumbai após uma série de explosões. A controvérsia do acidente ofuscou o lançamento do INS Arihant, bem como o do porta-aviões da classe Vikrant ,desenvolvido localmente. Com o naufrágio do Sindhurakshak, a frota de submarinos da Índia é de 12 unidades, com apenas 6 a 8 aptos para o patrulhamento.
A intenção declarada da Índia para comprar seis submarinos da classe Scorpène ainda não se concretizou. Seu fracasso em adquirir submarinos está em linha com a tendência geral na Índia de má gestão e burocracia, atrasando a aquisição de armas.
De acordo com uma fonte ligada a Industria de Defesa, “A má aquisição indiana, aliada a ineficiência estatal, estão empurrando a força de submarinos do país em direção a uma crise de envelhecimento.” Durante a visita do primeiro-ministro Manmohan Singh a Moscou, no mês passado, foi noticiado que trataria da locação de um segundo submarino nuclear.
A Marinha da Índia está caminhando para o desenvolvimento de uma força de submarinos moderna e numerosa, nos próximos anos. Essas atualizações são um pequeno passo nessa direção.
FONTE: The Diplomat
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval