O Egito está considerando gastar até US$ 4 bilhões em avançados armamentos da Rússia, após a suspensão parcial da ajuda militar e entregas de equipamentos pelos Estados Unidos, informou um jornal palestino nesta quinta-feira.
Ainda de acordo com o jornal, Moscou teria oferecido à Cairo “um acordo histórico dando Egito uma opção para comprar o armamento mais avançado, sem quaisquer restrições”.
As fontes citadas, afirmam que um país do Golfo Pérsico, não revelado, concordou em fornecer o financiamento.
O relatório surge as vésperas de uma visita de uma delegação militar russa ao Egito, liderada pelo ministro da Defesa, Sergei Shoigu.
Uma fonte no Ministério da Defesa russo disse à RIA Novosti nesta quinta-feira que, a delegação iria visitar a Sérvia e Egito em novembro entre os dias 12 e 15. Esta mesma fonte disse que na delegação russa também inclui o primeiro vice-diretor do Serviço Federal de Cooperação Técnico-Militar, Andrei Boitsov e funcionários da Rosoboronexport,estatal russa de exportação de armas.
Rumores sobre o Egito voltando-se para a assistência militar da Rússia, para atender às suas necessidades de segurança, têm circulado na mídia desde a semana passada e intensificou-se em torno de uma recente visita de John Kerry ao Egito, que foi considerada como uma tentativa de consertar o enfraquecimento bilateral dos laços entre os dois países e evitar possíveis acordos militares com a Rússia.
A administração Obama anunciou em 09 de outubro que havia decidido “manter a entrega de certos sistemas militares de grande escala e ajuda em dinheiro para o governo (egípicio) pendente de progresso para uma sociedade inclusiva e um governo civil eleito democraticamente através de eleições livres e justas”.
De acordo com as autoridades americanas, a ajuda suspensa incluía a entrega de quatro caças F-16, dez helicópteros Apache, kits de tanques M1A1 e mísseis anti-navio Harpoon. O anúncio, bem como o apoio ao presidente deposto Mohammed Morsi pelos EUA, irritou as atuais autoridades egípcias, o que levou o interino ministro do Exterior, Nabil Fahmy, chamar as relações EUA-Egito de “turbulentas” e “instáveis”.
Fontes citadas disseram que Kerry ofereceu ao Egito restaurar todos os elementos da ajuda militar, no valor de US$ 1,5 bilhão por ano, e “restabeler as relações bilaterais ao nível anterior”, mas o ministro da Defesa egípcio, Abdel Fattah el-Sisi, rejeitou todas as propostas norte-americanas.
Para Moscou, a renovação dos laços militares com o Egito poderia significar um forte retorno para o Oriente Médio, enquanto a diplomacia dos EUA está a falhar em toda a região.
Durante a década de 60 e início de 70, a extinta União Soviética e o Egito, mantinham laços estreitos, enquanto o país árabe era liderado por Abdel Nasser. Mas, após a morte de Nasser, o novo presidente, Anwar Sadat, começou a reorientar o país em direção ao oeste e em julho de 1972, expulsou cerca de 20 mil conselheiros militares russos estacionados no Egito. Desde então, as relações bilaterais nunca mais chegaram ao nível de amizade anterior.
FONTE: RIA Novosti
TRADUÇÃO E ADAPATAÇÃO: Defesa Aérea & Naval
Eles doam e mantem ativas suas industrias de defesa.
Verdade, eles doam armamento e diga-se de passagem não é sucata, equipamento novo e estado de arte.
os americanos não vendem para o Egito, eles doam…
Nos tempos áureos da Guerra Fria e da posterior queda do Muro em 89, os americanos e a OTAN podiam se dar ao luxo de vender armas, anexando junto uma cartilha político-ideológica para o comprador. A impressão é de que não se deram conta de que tais épocas ficaram no passado.