Por Luiz Padilha
Enfim, um final feliz para as 3 corvetas F2000 da classe Nakhoda Ragam, encomendadas pela marinha de Brunei à BAE Systems.
Em 1995, a marinha de Brunei encomendou 3 corvetas, de uma variante do projeto F2000, que foram lançadas em janeiro de 2001, Junho de 2001 e Junho de 2002, pela BAE Systems. Os navios receberam os nomes de KDB Nakhoda Ragam, KDB Bendhara Sakam e KDB Jerambak.
A marinha de Brunei se recusou a aceitar os navios e a disputa pelo contrato, foi parar na Corte Internacional de Arbitragem, sendo a mesma decidida a favor da BAE Systems. Brunei foi obrigado a aceitar os navios, mas não os comissionou, contratando o estaleiro alemão Lürssen para encontrar um comprador para os mesmos.
No fim de 2012, a marinha da Indonésia fechou um acordo com a BAE Systems para a aquisição das corvetas, vindo a adquirir as três unidades e pagando um quinto do valor original por unidade .
Até o momento, não foram informados os nomes dos novos navios na marinha da Indonésia. Estes são esperados para entrarem em serviço entre 2013 e 2014.
Veja abaixo as características dos navios:
Tipo: Corveta
Deslocamento: 1.940 toneladas
Comprimento: 89,9 m
Boca: 12,8 m
Calado: 3,6 m
Propulsão:
4 x MAN B & W / Ruston motor diesel (total de 30,2 MW)
Velocidade máxima: 30 nós
Autonomia: 5.000 milhas náuticas (9.000 quilômetros) a 12 nós
Tripulação: 79 podendo receber mais 24
Sensores e sistemas de processamento:
Diretor de tiro electro-óptico RADAMEC 2500
Sonar de casco Thales Underwater TMS 4130C1
Radar de superfície BAE Systems Insyte AWS-9 3D E-ar e F-band
Radar BAE Insyte 1802SW de banda I/J
Radar de navegação Kelvin Hughes Tipo 1007
Radar de busca de superfície Thales Nederland
Armamento:
2 lançadores quadrúplos de mísseis Exocet MM40 Block II
1 lançador vertical de 16 células MBDA (BAE Systems) Seawolf superfície-ar
1 canhão Oto Melara de 76mm.
2 metralhadoras MSI DS 30B REMSIG 30 milímetros
2 tubos de torpedos triplos BAE Systems 324 milímetros
Contramedidas Thales Cutlass 242
Convoo sem hangar para operar até 1 S-70B Seahawk
Mas que pé direito, hein? 1,65/70? Acho que isso deve ter gerado toda problemática em Brunei. Mas são que belos navios em sua categoria, ah! são. Mas alguns 30 cm, como dito e poderíamos ter adquiridos para o nosso poder naval. Porque do jeito que estão nossos navios, aff, ninguém merece. Temos poder naval? Será mesmo que temos? Pelo menos poder ser base para a nova corveta da marinha, porque está difícil sair as escoltas de 6.000 tons, tá igual ao fx2 da força aérea. Que só acabou agora, com o mosquito sueco, como é mesmo: gripe nova geração? rsrsrsrs. Se for igual ao da dengue, estamos bem! Quase imbatível…Enquanto isso a força de defesa naval do Japão, com 46 mil homens, dá show sobre a nossa com 65 mil. E olha que o orçamento do Japão não chega a ser lá essas coisas e a mão de obra deles é bem mais cara. Fazer o que né!
Padilha, esses navios não tem uma altura padrão de pé direito?E mesmo que fosse construído para 1,65/170m, a lógica manda deixa um espaço de pelo menos uns 30 cm meio metro,acho estranho o teto ter uma altura “cravada” ao biotipo dos marinheiros de um país, mesmo porque haverão exercícios com outras marinhas, o país pode querer vende-los depois, muito estranho…..
Isso na época foi amplamente divulgado. O maior impecilho era esse.
Os navios foram construídos para aquela marinha.
Padilha , amigo , não seria possível fazer corvetas com o projeto modificado , é claro ,das novas OPVs ? Desde já agradeço pela resposta .Aproveito para parabeniza – lo pelo blog .
Não tem geito, o brasileiro não gosta mesmo de planejar e aprender. É por causa de compras de oportunidade que temos uma frota velha e nos tornamos incapazes de planejar nossos próprios navios. Até quando? Quer dizer que é só aparecer algum navio disponivel no mercado que ja temos que imediatamente compra-lo? Não é assim, a marinha tem que saber se o navio em questão atende as necessidades locais. Além disso acabamos de comprar a classe Amazonas! Uma oportunidade criticada.
O escasso dinheiro que seria usado para compra de oportunidade seria melhor empregado para a nova versão das Barroso (planejamento e construção).
O JEITO André é comprar quando aparece, navios 0Km. Nossa marinha possui uma frota velha porque sempre compramos refugo usado. Neste caso, como nos OPVs, estamos falando de navios 0Km.
Bom Luiz, se nossa frota estiver velha mas pelo menos modernizada as atenções devem se voltar pra a nova produção. A midia não vive reclamando do mau uso da coisa pública? A fragata Dosworth era relativamente nova quando deu baixa, com menos de dez anos de incorporação em nossa marinha, enquanto temos navios bem mais velhos operando.
Não sou inteiramente contra comprar navios em momentos oportunos, mas desde que seja exceção e não regra como tem sido. Além disso temos que pensar em outros projetos que dependem de verba e ser eficiente nas prioridades. Por exemplo, agora que temos a classe Amazonas e o direito de produzir outras unidades desse modelo porque o prosuper segue com essa categoria na concorrência? Retirar essas patrulhas da disputa reduz custo, ou acrescenta-se mais uma fragata ao projeto, ou então outro tanque no lugar das patrulhas ja pensando na baixa do Marajó e a médio prazo do Almirante Gastão motta, que tem a incorporação na marinha do Brasil mais antiga que a F47.
tai uma boa oportunidade perdida pela nossa marinha. Além de qualidade o Brasil precisa também de quantidade
Henrique e Marcelo.
Esses navios são ótimos, porém, eles foram construídos para marinheiros com baixa estatura, ou seja, para nós brasileiros, seriam navios onde só poderiamos tripular com marinheiro com no máximo 1,65/70. Se passasse disso bateriam com a cabeça no teto.
A marinha de Brunei tem marinheiros baixos e os navios foram construídos atendendo esta característica. Logo, por isso esses navios levaram esse tempo todo para arrumar clientes.
Mas, olhando as especs dos mesmos, “EU” rsrsrsrs comprava e cortava o teto aumento o mesmo em 30cm. Fácil né?
kkkkkkkkkkkkkkkk
Mais uma compra de oportunidade perdida!!!
No meio deste imbroglio todo, poderiamos ter comprado estes navios pelo 1/5 do preço.
Estes navios poderiam ja entrar como corvetas com alta capacidade de operação da Amazonia Azul.
E substituindo a Bosisio, a Defensora, a Inhauma que ja estão no osso.