O Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA) recebeu, na tarde de quarta-feira (16), as três primeiras aeronaves A-29 Super Tucano com o sistema de geração de fumaça instalado.
O projeto foi desenvolvido pela Empresa Brasileira de Aeronáutica – EMBRAER, em Gavião Peixoto (SP), local onde os aviões fizeram seus primeiros testes históricos de voo com o sistema, desenhando seus trajetos no céu com a fumaça branca.
O Chefe da Seção de Material do EDA, Márcio Aparecido Tonisso, explicou que “o sistema, agora, entra na fase de testes operacionais em voos de treinamentos, sendo avaliado constantemente pela equipe técnica com a finalidade de corrigir eventuais discrepâncias, buscando sempre aperfeiçoá-lo”. E acrescentou: “a fumaça é muito importante para o EDA não só pelo traçado que faz durante as manobras realizadas pelas aeronaves, facilitando a visualização por parte do público, como serve de referência para os pilotos que, em voo, tem a ajuda na identificação da posição dos outros aviões durante uma demonstração”.
O líder do projeto na EMBRAER, o Engenheiro de Desenvolvimento do Produto, Fabrício Feres Battaglin, explica que o projeto teve início em agosto de 2012. “Eu vi uma mobilização impressionante da equipe da EMBRAER, como nunca havia visto dentro desses dez anos que já trabalho aqui, quando anunciamos à equipe que trabalharíamos para ajudar a Fumaça. Continuar vendo o EDA com essa nova aeronave genuinamente brasileira e apresentando um projeto desenvolvido por nós me faz sentir extremamente orgulhoso de fazer parte dessa história”.
Ele ressalta que o sistema de geração de fumaça também seguiu um estudo paralelo sobre tecnologia de informação e modernização de sistemas, “pois tivemos a preocupação também de criar um software específico para a elaboração de escrita com a fumaça”. Outra preocupação que vale ressaltar é a utilização de “um óleo ecologicamente correto, devido à fumaça não ser poluente nem agressiva à natureza”, completou.
Também integrante do projeto, o Engenheiro de Desenvolvimento de Produto, Gabriel Machado, comenta como foi diferente participar da experiência. “Em comparação aos meus trabalhos diários de engenharia, este foi diferente de qualquer outro que já desenvolvi. Nunca imaginei que, um dia, iria colaborar para a Esquadrilha da Fumaça. Já vi duas demonstrações do Esquadrão e, a de São José dos Campos (SP), eu, infelizmente, não tive tempo de tirar foto com a equipe. Quando soube que ia trabalhar para o EDA, achei sensacional, pois a Esquadrilha é referência no mundo inteiro e motivo de orgulho para todos nós”.
A instalação do sistema de geração de fumaça nas aeronaves da Esquadrilha está acontecendo de acordo com a coordenação logística existente entre o EDA, o Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA-LS) e a EMBRAER.